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Foto do escritorIury D'avila

Nostalgia Marvel: Doutor Estranho (2016)

Atualizado: 23 de ago. de 2019



Fala meus magos do tempo, hoje no Sessão Cinema o assunto é magia... Pois é jovens, depois da guerra civil, a Marvel resolveu apresentar mais um personagem em seu universo compartilhado. Um dos grandes ícones dos quadrinhos finalmente iria ser adaptado para as telonas para começar interagir com nossos já conhecidos super-heróis. A vez dele chegou, do mago supremo... É hora do Doutor Estranho.


A Marvel ate esse momento em seus filmes tinha se limitado ate certos quesitos para expandir seu universo em algumas direções. E essa contenção se deu principalmente por falta de espaço na agenda de filmes para explorar alguns conceitos, ou por conta dos direitos vendidos. Sendo assim a Marvel não tinha 100% do controle sobre tudo, como ocorria nos quadrinhos. Os Guardiões da Galáxia em 2014 foram os responsáveis por tirar a Marvel do âmbito terrestre e expandir para o plano espacial. Dois anos depois com o Doutor Estranho, a empresa resolveu adentra no mundo mágico, entrar em um espaço onde ela ainda não tinha conquistado... E quem diria... Que esse passo dado seria fundamental para apresentar um dos personagens mais relevantes atualmente.


O enredo conta a história de um cirurgião chamado Stephen Strange que sofre um acidente de carro e acaba perdendo o movimento perfeito de suas mãos. O medico então gasta toda sua fortuna em busca de uma cura, porém é em vão e ele não consegue voltar a sua profissão. Em uma última tentativa desesperada, ele atravessa o mundo em busca de um ancião que lhe mostra um mundo que ele não conhecia onde ele acaba se tornando um mago supremo.


Para dirigir esse filme, um cara que sabe fazer projetos difíceis teve que ser chamado. Scott Derrickson assumiu a dificílima tarefa de passar o Doutor Estranho para o cinema. Era uma missão complicada, pois passar os conceitos mágicos dos quadrinhos para a TV, exemplificar a força do poder e trazer uma qualidade visual relevante, não era uma tarefa simples. Mas o Scott conseguiu acertar de maneira brilhante. Ele conseguiu fazer um filme lindo, complexo e compreensível visualmente. Ao mesmo tempo que o filme é uma parada completamente alucinógena, você entende o motivo e entende como tudo funciona. Além de tudo isso, o diretor faz um trabalho maravilhoso na construção do Stephen. Acho que ele não dirigiu bem todo mundo ali, mas o protagonista estava maravilhoso e muito bem conduzido.


Os efeitos especiais é literalmente o ápice do filme. Esse ponto positivo também vem carregado com um pouco do peso do diretor, mas a equipe que fez os acabamentos e montou o CGI é quem merece esses créditos. Você rodar quase o filme todo utilizando efeitos de alta qualidade é algo memorável. O único probleminha, que a gente precisa falar aqui, mas que não é exatamente um defeito do CGI é o tom da cena final do Dormammu. Eu acho quela cena da barganha muito bem feita, porém no escuro fica mais fácil né? A cena é feita em momento onde é mais fácil manusear o CGI e acho que isso fica bem claro na cena. Mas tirando esse fato, (que foi por escolha pois a cena condiz o problema apresentado) tudo esta belíssimo.


O roteiro é outro tópico que funciona bem em certos aspectos e em outros não. A motivação mais relevante é a do Stephen, e através da sua construção do personagem, o argumento fica totalmente aceito de maneira realista. Você não duvida em nenhum momento da trajetória do protagonista e acredita no seu sofrimento. Porém por outro lado eu acho esse filme comicamente um dos mais fracos do universo Marvel ate o momento. Nem todas as piadinhas funcionam bem, não acho os diálogos tão bem feitos, e creio que a personalidade do Doutor Estranho seja um fator relevante que foi utilizado bem, mas não em toda sua essência. Por isso o roteiro ganha em trama, porém não tem nada tão especial a mais que isso.


Depois de muito tempo, finalmente vemos rostos novos no elenco de um filme da Marvel. O Benedict Cumberbatch (O jogo da Imitação) que é um ator maravilhoso, esta fiel, idêntico e perfeito como Stephen Strange. O Benedict Wong (Perdido em marte) é quem faz o Wong nesse trabalho, A Tilda Swinton (As crônicas de Nárnia) esta surreal como Ancião, o Chiwetel Ejiofor (Perdido em Marte) faz o Barão Mordo, a Rachel McAdams (Meninas Malvadas) é a Christine Palmer, e o Mads Mikkelsen (Hannibal) é o Kaecilius.


Doutor Estranho foi o filme da Marvel que apresentou a quinta joia do Infinito. Após a do espaço, a do poder, a da realidade e a da mente já estarem ambientadas, a do tempo apareceu para ser protegida pelo Stephen Strange. Após ela, apenas mais uma faltava aparecer... A joia da alma. Esse filme além de expandir o UCM para o mundo mágico, apresentar um novo herói e uma nova joia, ainda garantiu uma sequencia com uma das cenas pós-créditos e fez uma ponte direta com mais um filme que viria pela frente. Ver o Thor interagindo com o Doutor Estranho em uma das cenas pós-créditos foi um extra para esperarmos o que viria pela frente. Porém antes de continuar a linha do tempo, a Marvel resolveu voltar um pouco para o passado e dar continuidade a saga no espaço, lançando assim a sequencia de Guardiões da Galáxia que iremos analisar no próximo Nostalgia Marvel.

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