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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Supernatural (1ª - 10ª Temporada)

Atualizado: 11 de ago. de 2019



Hoje vamos tocar em um assunto complicado, uma questão que ronda e divide os fãs de supernatural ate hoje: A série deveria ter acabado após a quinta temporada? Vamos debater um pouco e tentar descobrir o que rolou ate supernatural chegar a seu fundo do poço e voltar.


Nessa análise eu vou comentar apenas da primeira temporada até a décima temporada, por motivos de desistência psicológica depois de assistir 200 fucking episódios da serie. Eu parei após aquele especial na decima temporada. Por isso eu não tenho como falar das demais que vieram depois. Quem sabe eu dia eu não volte a acompanhar essa série que eu amo tanto e venho aqui atualizar vocês com uma análise geral.


Supernatural ou Sobrenatural aqui no Brasil, é uma seria criada pelo grandíssimo Eric Kripke e produzida pela Warner que teve seu primeiro episodio transmitido em setembro de 2005. O elenco trazia dois nomes bem interessantes do mercado, Jared Padalecki (A casa de cera) e Jensen Ackles (Smallville) ambos já tinham feitos muitos trabalhos de nome antes, porém supernatural sem o menor pingo de duvida foi o maior deles.


A primeira temporada serie vem com uma proposta bem excitante: apresentar lendas e histórias da cultura americana em um mundo real, sombrio com elementos de suspense e no inicio um pouco de terror. O foco era mostrar uma criatura nova a cada episódio e assim ir expandindo o universo de monstro conforme a serie vai andando. Obviamente a serie tem um background que é o que move os personagens, porém nessa primeira ela só é explorada de verdade próximo ao final da temporada. A história dos irmãos Winchester que são filhos de um caçador e que tiveram sua mãe queimada no teto de casa por um demônio, faz você se ambientar no universo e te apresenta mais ou menos o que você vai encontrar ao decorrer dessa season.


A partir da segunda temporada é que de verdade vale a pena se aprofundar na trama. Dessa vez a história corre mais solta, com Sam descobrindo seus poderes, a história da arma de Samuel Colt, o demônio do olhos amarelos, tudo começa a de destrinchar. E muito disso só tem coerência por conta de toda a galeria de monstros que foi exposta na primeira temporada. Podemos muito bem dizer que a season um serviu como um "Prólogo" ambientando tudo e a segunda é onde a narrativa realmente começa.


A terceira temporada vem no coração dos fãs, é uma das mais interessantes principalmente em questão de personagens. A vilã Lilith foi uma introdução maravilhosa ao hall da serie. Sendo uma criatura da bíblia, foi praticamente ela que abriu essa porta de inspiração religiosa que depois dessa terceira temporada supernatural entra de cabeça. Outra que entrou muito bem foi a atriz Katie Cassidy (Arrow). Interpretando a Ruby, um demônio que se aproximou de Sam e começou a ajudar os rapazes. Ela abriu também outra porta para mostrar essa quebra de expectativa de um personagem mostrando várias camadas dele mesmo. Além disso a Ruby carregava uma faca que matava demônios, essa que foi a primeira de várias armas que apareceram ao decorrer da série.


A quarta e a quinta temporada andam muito juntas, elas são o que seria na teoria o final da série. Dessa vez a trama entra de vez no conceito religioso focado no cristianismo. Na quarta temporada o foco é o desejo de Lilith em libertar Lúcifer do inferno e a quinta temporada vem com Dean e Sam tendo conflitos de irmãos, pois só eles podem salvar o mundo naquela altura do campeonato... Porém os sacrifícios seriam grande demais para ambos. O principal destaque dessas temporadas é o modo de como elas são conduzidas, cada passo é realmente com o objetivo de conduzir a trama para um final eminente. Tudo é muito rápido, a história vai fechando os pontos que faltava, e tudo vai se revelando. A introdução dos anjos na quarta temporada com o Castiel (Misha Collins) permitiu uma extrapolação necessária para aquele momento da história. Chuck Shurley, que é apresentado como um "Profeta de deus" também dá uma liberdade enorme ao roteirista para explorar mais ainda coisas absurdas. A quarta e quinta temporada trazem um enredo que agrada bastante o grande publico, e ali seria um final quase perfeito se não fosse a última cena que entrega a única ponta solta e confirma uma continuação...


A partir da sexta temporada temos a série desandando cada vez mais.


A season seis vem com uma proposta do Sam sem alma que já é zuada por si só. Além disso o enredo fraco só confirmou que a temporada era uma das mais bagunçadas ate então. Mas ela ainda conseguiu ser melhor que a sétima... Temporada essa que iremos falar agora.


Chegamos na pior temporada ate o momento. A história dos Leviatãs que são os primeiros seres da vida, prometia muito...Mas decepcionou em tantas escalas diferentes que desempolga até na hora de comentar. Com uma construção péssima e uma finalização de temporada grotesca, esse foi o fundo do poço atingido por supernatural.


A oitava temporada começou bem, pelo menos redimiu o fiasco da trama que veio antes dela. Foi uma ideia maravilhosa explorar a palavra de deus. Quando se tratou do clima mais sombrio, foi algo muito bem sacado, com flashbacks muito semelhante aos que acontece em Arrow, tudo foi muito bem planejado. O ponto negativo ficou com a exploração insistente no purgatório. Esse que era um local quase impossível de ser acessado, se tornou um ambiente presente na temporada, o que deixou muita gente se questionando sobre a coerência da série.


A nona temporada com foco total nos anjos é uma das melhores entre as mais novas. A queda dos anjos no final da season oito é sensacional, e a variedade de situações exploráveis se torna bem mais variadas quando você tem nas mãos criaturas que podem proporcionar um ar novo para trama.


A decima temporada para mim é onde começa a se tornar difícil escrever algo criativo quando você já usou tanta coisa em nove anos. Os temas Já eram escassos desde a história do apocalipse na quinta, mas dessa vez foi onde realmente eu senti a necessidade de parar.


Eu creio que Supernatural foi uma das séries mais importantes da sua geração e com certeza marcou milhões de pessoa em seu auge. Hoje em dia sua audiência se mantém com um publico fiel, mas nem tanto para ser uma série relevante. Um dos principais motivos dessa queda foi a saída do criador após a quinta temporada. Eric Kripke deixou claro seu desejo em acabar com a série. Mas a ganancia da Warner fez a produção que poderia ser lembrada pelo seu auge, ser uma série apenas empurrada com a barriga na atualidade.

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