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Foto do escritorIury D'avila

Especial DC: Mulher-Maravilha (2017)



Após a apresentação de vários personagens relevantes da DC em Batman Vs Superman, era hora de expandir a mitologia já apresentada naquele longa. Com um caminho praticamente montado para a liga da justiça, faltava apenar do trio principal fixar Diana Prince naquele contexto, explicando um pouco do que foi mostrado sobre ela no filme anterior. Com essa proposta em mente, a DC foi fundo com a Mulher-Maravilha, e com um trabalho muito bem feito, conseguiu entregar um dos melhores filmes da DC nos últimos anos. Hoje vamos explicar para você um pouco da formula do sucesso que compõe o longa de uma das principais heroínas da história.


Um termo muito relevante chamado universo compartilhado, que se traduz no lado coeso do filme pode ser explicado por duas situações: Uma seria que o Zack Snyder, quando fez BvS já tinha um rumo totalmente planejado da Mulher-Maravilha e conversou com a Patty Jenkins sobre ideias dele para o filme de da Mulher-Maravilha e assim chegarem a um acordo e uma trama final. Ou temos a segunda opção, que seria a Patty quando foi dirigir Wonder Woman aproveitou cada detalhe das informações que tinha, e montou sua história genial baseada nesse fatos... Eu particularmente aposto na segunda opção. A questão aqui é o ponto envolvendo a fidelidade da trama. Mitologicamente o universo da DC compartilha suas informações com uma entrega surreal. Mulher-Maravilha foi o epicentro disso, pois ela conseguiu que sua história fosse muito bem escrita, só tendo como referencia BvS e obviamente a bagagem dos quadrinhos.


O roteiro conta a história da Princesa de Temiscira, Diana. A guerreira que teve sua vida presenteada por Zeus, acaba descobrindo que o mundo real, fora da ilha das Amazonas não era tão justo quanto deveria ser. E no meio da primeira guerra mundial, ela se junta com um capitão britânico chamado Steve Trevor, para tentar parar o homem que esta por traz de todo o conflito armado: Ares, o deus da guerra.


A direção desse longa é feita por uma incrível mulher chamada Patty Jenkins. Essa diretora conseguiu dar uma visão da Mulher-Maravilha que foi além do que o público em geral já tinha dela. Não só isso, como ela também reescreveu a visão geral das amazonas e Temiscira. As mulheres nesse longa, além de serem o centro geral de tudo, também são a imagem de uma personagem feminina poderosa. Houve muita polemica envolvendo esse fato, e eu não vou entrar em detalhes pois aqui não é esse o foco, a questão é que a Patty (Sem proposta politica, ou social, ou o que seja) fez essas garotas transmitiram uma força que era algo carente para um certo público. As Amazonas são a coisa mais incrível do mundo, e facilmente sustentariam o filme inteiro. Na verdade Mulher-Maravilha poderia ser ate melhor se o filme todo se passasse na belíssima Temiscira. O primeiro ato inteiro do filme se passa nessas terras, e além de ser cativante, e visualmente incrível. Os outros dois atos, assumem uma palheta de cores mais cinza por conta da guerra, porém ainda sim o tom se mantem daquele inicial, o que é outro acerto fantástico da Patty.


Outro detalhe que ganha o público e vai além da direção, é a parte sonora do trabalho. A trilha musical é fenomenal. Toca a musica tema da Mulher-Maravilha, que não é original desse filme, mas é o tema da personagem, e com certeza é uma das musicas mais icônicas do DC Universe. Além desse instrumental, nos temos também outras canções tocantes, que entram em momentos chaves e conseguem fazer o público entrar de cabeça e mergulhar em um deleite de cenas bem feitas. Outro ponto para a parte musical, entra no material de divulgação do filme que traz musicas fortes que são a cara da personagem.


O trabalho de montagem é outro que deve ser valorizado, o longa é bem organizado e visualmente muito bem conduzido. Nesse projeto, toda a parte de direção que envolve o arranjo do longa, ganha pontos; pois realmente, tudo em tela fica maravilho e você compreende de maneira fluida tudo que esta rolando em cena.


O roteiro é um dos tópicos especiais que caminha com perfeição ate quase o fim do filme. Podemos dizer claramente que 95% do texto desse longa é maravilhoso. No primeiro ato temos uma construção de personalidade da personagem Diana que é simplesmente maravilhoso. Diferentemente de O Homem de aço que é didático em um nível ridiculo, dessa vez você consegue aprender as coisas de maneira fluida com uma solução de roteiro válida. Na verdade quase todos os argumentos de roteiro são bem construídos, deixando assim o texto do longa bem mais inteligente. No segundo ato, temos um trabalho de diálogos que é sensacional. No inicio da trama a gente também consegue perceber os diálogos ricos, mas dessa vez o show de interação entre a Diana e o Steve fica sendo o foco magistral desse momento do filme. A relação dos dois protagonistas funciona muito bem, é maravilhoso e super divertido ver ambos interagindo um com o outro. No terceiro ato o roteiro caminha bem ate o momento do plot final. Do momento da principal revelação em diante, o filme da uma caída de qualidade que te tira um pouco do trabalho bem feito que estava sendo produzido ate aquele momento.


O elenco traz uma galera que faz uma performance legal, todo mundo faz bem seu papel. A Gal Gadot (Batman Vs Superman) esta muito bem, e faz uma ótima Diana Prince. O Chris Pine (Star Trak) é o Steve Trevor, o David Thewlis (Fargo) é o Sir Patick, a Elena Anaya (A pele que habito) é a Dr. Maru, a Robin Wright (House of Cards) é a Antíope, e a Connie Nielsen (Gladiador) é a Hipólita.


Mulher-Maravilha foi o último filme antes do tão aguardado Liga da Justiça. Agora que nós já saibamos da trajetória de Diana ate os tempos atuais, era momento de reunir ela com o resto da galera para o maior desafio da vida deles. E Essa história você vai ficar sabendo no próximo Especial DC que será sobre o controverso Liga da Justiça.

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