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Foto do escritorIury D'avila

Especial DC: Liga da Justiça (2017)

Atualizado: 6 de out. de 2019



O que falar do maior grupo de super-heróis da história? A liga da Justiça é a mais consagrada e conhecida reunião de seres superpoderosos que já montada considerando todas as mídias existentes. Porém esses personagens mesmo sendo um sucesso nos quadrinhos, nas animações e alguns ate na TV... A história no cinema não foi tão bela quanto essa galera merecia. Hoje vamos explicar para vocês toda a polemica por traz desse trabalho, que resultou no fim prévio do tão sonhado DC Universe.


Bom jovens, o enredo por traz de toda a organização desse filme vocês já sabem. A gente explicou casualmente nas análises de O homem de aço, Batman Vs Superman e Mulher-Maravilha. Só que todo o hype que foi depositado nesse filme, caiu da maneira mais dolorosa possível, pois não foi exatamente o resultado final que gerou a insatisfação do público, mas sim o modo como toda a construção do filme aconteceu. Inicialmente boa parte da turma já tinha o pé atrás por conta do pontos negativos visto em Batman Vs Superman. Aparentemente o Zack Snyder manteria aquele tom pesado, o que não era de agrado de muita gente. Logo depois veio a fase das teorias, e com muito conteúdo sendo liberado, o filme praticamente foi entregue para o público só no material de divulgação. Fora isso, prestes ao filme lançar, houve uma fatalidade bem pesada na família do diretor Zack Snyder e ele teve que deixar o projeto na fase de finalização. Com isso Joss Whedon foi contratado e foi ele quem finalizou o filme e fez alterações necessárias. E para afundar de vez tudo, ainda tivemos algumas regravações prestes ao lançamento do filme, onde muito atores precisaram ser chamados de volta, e a Paramount que gravava o novo missão impossível, não deixou o Henry Cavill raspar o bigode que ele usava naquele momento, por isso teve um trabalho de pós edição duvidoso nessa etapa do projeto que acabou gerando certo constrangimento para no público geral. Enfim, por essas informações da para perceber onde eu quero chegar, o fato é que tudo caminhou para culminar no resultado que a gente já conhece.


O roteiro traz uma trama pós Batman Vs Superman, quando Bruce Wayne resolve recrutar um equipe pessoas especiais para enfrentar um vilão de outro mundo que pretende conquistar a terra. O Lobo da Estepe vem para o nosso planeta buscar as caixas mãe, um artificio poderoso capaz de construir e destruir mundos. Junto com Diana Prince e os recrutas Barry Allen, Arthur Curry e Victor Stone, eles precisam encarar essa ameaça sem seu aliado mais forte, vulgo Superman.


Bom jovens, parece que qualquer aspecto desse trabalho é difícil de comentar por conta dos problemas duais que esse longa carrega. Já começando pela direção, como vocês já sabem, esse filme foi comandando por dois caras: Zack Snyder que é o diretor oficial e Joss Whedon que assumiu a função após o problema familiar do Snyder. A questão aqui a DC escolheu o Whedon para o trabalho, principalmente pelo seu histórico, pois ele tinha sido o diretor de Os Vingadores, e obviamente sabia trabalhar com equipes. Por isso quando o Joss assumiu, ele resolveu colocar sua cara, jogar sua marca no filme e alterar muita coisa do que o Snyder tinha planejado. E isso resultou em três problemas pesadíssimos: O primeiro foi a alteração da trama baseada nos trailers. O que foi vendido para o público, era outro filme, era outro conteúdo, com algumas cenas e arcos bem especiais que não foram desenvolvidos no corte final. não tem problema você vender o filme com trailers que enganam, o problema aqui é que o plano não era enganar. Claramente muita coisa que seria essencial foi cortada. O segundo problema foca na distinção do trabalho do Snyder e do Whedon. Tem cenas ali que claramente são a cara do Zack e tem outras que é oficialmente a cara do Joss. O filme trabalha em cima de dois modos de direção que não se completam. O Zack traz aquela versão sombria que ele prometeu, porém o Whedon tenta bater de frente com esse modelo, deixando as coisas mais leves com diálogos e cenas que são bem o estilo que ele adora. Obviamente o modelo que se sobressai é o do Snyder, porém é visível a segunda proposta por traz. E o terceiro problema gira em torno das cenas regravadas do Superman, que não pode tirar o bigode para gravar, por isso tivemos alguns momentos ridículos com um CGi feito as pressas em cima da boca do ator.


Outra coisa que foi um problema da direção, é quando falamos do tom do filme. Liga da justiça não se encontra, pois tem aquela proposta sombria, ao mesmo tempo quer ter um humor bem claro. Além disso a mistura de personagens que parece que veio de universos de diferentes não encaixam, cada um tem um modo especifico de reagir e eles juntos nas primeiras aparições não consegue entrar em sincronia. Na verdade todos os embates deles juntos são meio dispersos, com cada um trabalhando individualmente (Contendo algumas exceções, obviamente).


O roteiro desse trabalho apesar de ser redondinho, é marcado por uma simplicidade absurda e um desvencilhamento de proposta bem evidente. Mais uma vez voltando no assunto Snyder/Whedon, existe uma informação de que o corte final do Snyder teria três horas de filme... E o corte do Whedon teve duas horas. Ou seja, teríamos mais uma hora para desenvolver os personagens ali dentro, e adicionar mais conteúdo, no caso aquele dos arcos que a gente viu nos trailers. A versão do Zack Snyder na teoria seria bem mais elaborada, bem mais referenciada e completa. O que o Whedon entregou foi o básico, sem ousar nada.


Falando no geral de tudo, é necessário explicar que o resultado final de Liga da Justiça não é ruim, o Whedon não entregou um trabalho péssimo, o que aconteceu foi que o que a gente esperava do Snyder baseado no que ele prometeu, era um longa super grandioso. E mais... É a Liga da Justiça, não é qualquer grupo. O simples para um titulo dessa magnitude, se torna fraco. Se fosse qualquer outra história dentro dessa estrutura, tudo bem, seria ótimo, mas se tratando da Liga da Justiça, você tem uma liberdade maior e tem conteúdo para explorar, o oque não foi feito nessa produção.


O elenco desse trabalho traz um pessoal que a gente já conhecia do DC Universe, pois a maioria apareceu pelo menos em uma cena lá em BvS. O Ben Affleck (Argo) voltou como Bruce Wayne, a Gal Gadot (Mulher-Maravilha) também voltou fazendo a Diana, o Henry Cavill (O Homem de aço) de bigode apareceu novamente como Clark Kent, o Jason Momoa (Game Of Thrones) teve seu destaque como Aquaman, o Ezra Miller (Animais Fantásticos: Os crimes de Grindelwald) é o Barry Allen do cinema, o Ray Fisher (True Detective) é o Victor Stone, a Amy Adams (Vice) é a Lois Lane, o Jeremy Irons (Batman Vs Superman) é o Alfred e a Connie Nielsen (Mulher-Maravilha) é a Hipólita.


Com a visão negativa que caiu sobre a Liga da Justiça, a DC viu que o modelo de universo compartilhado não tinha dado tão certo para eles, como aconteceu com a Marvel. Depois de muitos erros, era a hora de dar um tempo e esquecer isso tudo para recomeçar com filmes que agora fazem parte do mesmo universo onde todos esses eventos aconteceram, mas que não conversam tanto entre si. Esse esquema começou com Aquaman em dezembro do ano passado, e segue agora com Shazam que estreia amanhã nos cinemas de todo o Brasil.



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