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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Power Rangers Super Ninja Steel (2018)

Atualizado: 20 de ago. de 2019



Desde que a Saban's recuperou os direitos de Power Rangers que estava com a Disney, o nosso querido Haim Saban vem fazendo a serie em um modelo bem peculiar que consiste em dividir uma temporada em duas partes e lançar cada parte em um ano. Em 2017 estrou a temporada Ninja Steel que foi finalizada agora no fim de 2018 com sua sequencia Super Ninja Steel. Hoje vamos analisar essa segunda trama da última temporada que a Saban produziu completamente, já que em 2019 a marca Power Rangers foi vendida e vai ser comandada pela Hasbro.


Bom jovens, como sempre, antes de tudo é sempre bom deixar vocês ambientados do que rola nas produções que nós vamos Comentar. No caso de hoje, Power Rangers dispensa apresentações, todo mundo já assistiu alguma temporada da franquia. Mas conforme a análise for caminhando, vocês vão perceber que esse essa temporada em especifico foi feita muito embasada na mitologia da saga. Antes da Saban vender a franquia para a Disney, a cada temporada que passava as amarrações entre as temporada iam ficando mais escassa. Na última história que a Saban fez antes da venda, que foi força animal, tivemos o Croosover com a temporada anterior (Força do tempo) e o especial "Eternamente Vermelho" que reuniu todos os Rangers Vermelhos ate aquele momento. Mas mesmo assim, comparado ao que foi de MMPR ate a temporada no espaço e depois em Galáxia perdida, a conexão era minima. Depois que a Disney assumiu, ela ainda tentou seguir a tradição de mitologia ate um certo ponto,  depois disso nem se importou tanto e nas sua últimas temporadas tinham apenas pequenos Easter Eggs, e alguns croosover (que na teoria deveriam ser obrigatórios porque já é marca registrada de Power Rangers). Esse estilo de fazer a serie seguiu a fim do domínio da Disney em 2009 com a temporada RPM. Quando a Saban voltou a produzir Power Rangers na temporada Samurai, ai sim esse esquema de uma trama durar dois anos ficou presente, e a volta da mitologia se tornou peça fundamental na temporada seguinte Megaforce/Super Megaforce, porém mesmo assim ainda o sentimento era diferente, nesse caso de Megaforce era uma total homenagem a Power Rangers, foi uma temporada exclusivamente pensada para esse objetivo. Ai veio Dino Charge/Dino Super Charge que apresentou uma nova dimensão para Power Rangers, a terceira linha do tempo que não era ligado com nada, e agora com Ninja Steel e principalmente Super Ninja Steel tivemos uma temporada que lembra realmente as clássicas, sem ter nenhum tipo de exagero. Eu considero Ninja Steel uma recriação moderna mais semelhantes a MMPR em sentindo de roteiro do que Megaforce, essa que foi uma temporada que deveria lembrar os primeiros Power Rangers.


A enredo continua a história dos Rangers após os heróis destruírem seu vilão Galvanax e acabarem com os Guerreiros Galáticos. Mas com a ajuda de Sledge (Vilão de Dino Charge) que atravessou um portal dimensional, a Madame Odius consegue consertar a nave e volta com o Show dos Guerreiros Galáticos. Nesse meio tempo também temos a descoberta do Super Aço Ninja que Sledge pretende usar para si mesmo,  mas no final nem ele, nem Odius fica com o poder, e o aço cai nas mãos nos Rangers, que fazem novas estrelas ninjas e voltam mais poderosos do que antes.


Para analisar Power Rangers, que se trata de uma série de ação infanto-juvenil, não podemos levar ao pé da letra características que normalmente seriam cruciais em outras séries. O roteiro geral,a trama principal, o arco central são todos vazios. Não tem profundamento, mas isso é nesse caso é aceitável. Você não precisa se aprofundar nos personagem para curtir Power Rangers. Essa falta de profundidade foi um problema nos primeiros episódios da temporada anterior, já que quando os protagonistas de Ninja Steel são apresentados, você não consegue simpatizar com nenhum deles. Nesse caso, mais de um ano depois, você já esta ambientado e não necessita desse apelo já que com o tempo você entende as características de cada um.


Como eu citei, Super Ninja Steel referência bastante as temporadas mais clássicas que vieram antes dela. Isso já tinha sido feito em Ninja Steel, mas numa frequência bem menor do que foi presente na temporada atual. O detalhe ai é que o roteiro em si desse ano permitia uma individualidade maior dos personagem para tramas mais separadas. Ano passado o conceito família era muito presente, isso que é uma herança do roteiro de Dino Charge, o fator pai, irmão, as relações, os segredos do aço ninja, era uma trama muito amarrada que não deixava espaço para essa liberdade da narrativa. Nesse caso de Ninja Steel, não temos tantos segredos, tantos mistérios, tantas relações, e ficou mais fácil conduzir a trama no modelo que é a cara de Power Rangers.


Os episódios especiais são bem interessante, na verdade acho que são os melhores dos últimos anos. O primeiro deles, claro é o grande Crossover da temporada que acontece no episodio 10. Esse era um episodio muito esperado e muito comentado, pois foi praticamente ele que centralizou aquilo que eu citei da mitologia de Power Rangers. Mas o detalhe é que eles não mexerem só com a série, os quadrinhos da saga também estavam presentes em forma de referência. E foi na verdade um episodio bem empolgante, trouxe de volta uma galera que nunca tinha aparecido fora de sua temporada, deu um grande espaço a dois dos mais clássicos Rangers, Tommy Oliver e Wes Collins que estão sempre presentes na saga. E o mais legal é o espaço que deram também para o Koda (Dino Charge Azul). Para quem não sabe o Koda é interpretado pelo Yoshi Sudarso que é irmão do Peter Sudarso, ator que interpreta o Ninja Steel Azul, Presto. Foi legal ver que o Yoshi fazia questão de estar presente atuando com o irmão dele. E isso se provou no episodio especial de Natal, onde o Koda apareceu de novo e foi muito legal ver a interação dos dois, tiveram seu espaço de irmãos e foi bem bacana a presença dele. O episodio de Halloween também é bem divertido, traz vilões conhecidos de outras temporadas e tem aquele clima nostálgico, que também é presente no próprio episodio de natal. O encerramento da temporada em questão de direção com certeza é a cereja do bolo. Tem um roteiro bem básico, mas a direção é sensacional, a criatividade artística deixa o episodio com um visual maravilhoso. Esteticamente falando é o mais bonito de todos.


O elenco dessa tem uma galera que manda muito bem, e outros que já não agradam tanto. O William Shewfelt (Almost Perfect) sabe fazer seu personagem nos momentos mais dramáticos, mas perde um pouco a linha quando lhe exige demais. Por fazer o Brody, o ranger Vermelho, ele deveria ser o centro, e chamar a responsa para seu personagem... Mas ele só domina essa função quando esta solo em cena, quando esta acompanhado, os outros personagem conseguem ter a mesma relevância ou ate mais que ele... Isso que é um problema quando estamos falando do RANGER VERMELHO. O Peter Sudarso (Two Bellmen Three) é outro que é um bom ator, mas tem seus baixos, ele interpreta o Presto, ranger azul. O Nico Greetham (General Hospital) é um bom ator, manda bem fazendo o ranger amarelo, Calvin, a Zoe Robins (A crônicas de Shannara) é uma ótima atriz, esta muito bem fazendo a ranger branca, a Hayley, o ator e também cantor Jordi Webber é quem faz o também cantor na serie Levi Weston, ranger dourado e finalizando o elenco de Rangers, temos a nossa querida atriz Brasileira, Chrystiane Lopes (Malhação). Ela faz a Sarah, ranger Rosa. Assim como os outros, ela tem seus atributos, manda muito bem em cenas individuais, mas não parece convencer bem quanto interage, principalmente de maneira mais animada com algum outro personagem. O elenco de apoio é onde temos os melhores atores. O Kelson Henderson (Power Rangers SPD) é um cara que atua demais e entende muito de Power Rangers. Já fez participação em várias temporadas e é um monstro atuando. O Chris Reid (matador) é outro puta ator. Ele faz o Victor Vincent, e por mais que o personagem dele seja totalmente cômico, ele manda muito bem durante a temporada inteira. Junto com ele nesse "Alivio cômico" temos o Caleb Bendit (Game Of Silence) que interpreta o Monty.


Bom galera, Power Rangers Super Ninja Steel é uma temporada divertida que agrada tanto a nova geração, quanto os velhos fãs. Eu acho ela bem mais legal do que a Ninja Steel de 2017, e com certeza é uma boa despedida da Saban para franquia. A partir desse ano, 2019 a Hasbro é que vai produzir as próximas temporadas, sendo a primeira Beast Morphes... E no fim do ano nos vamos voltar aqui para analisar como foi esse primeiro projeto de Power Rangers envolvendo a Hasbro.

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