Com filmes solos do Homem de ferro, Hulk, Thor e com aparições da Viúva Negra e do Gavião Arqueiro, faltava apenas o um homem ser introduzido no universo de heróis da Marvel. E como sempre dizem que os últimos são os primeiros, o último vingador é justamento o primeiro de todos eles. Hoje vamos mostrar como um personagem da segunda guerra mundial foi adaptado para o cinema e começou a fazer parte do maior grupo de super-heróis da atualidade.
O Capitão América querendo ou não é um personagem com muitas particularidades que limitam seus arcos e deixam ele em uma pequena zona de conforto. Zona essa que se for ultrapassada pode criar enredos que não são a cara do personagem. E esse primeiro filme tinha essa missão de ambientar o protagonista com uma postura que permitisse o melhor desenvolvimento do próprio. O primeiro Capitão America foi importante justamente por não esconder seu lado totalmente imparcial como o personagem é, e criar toda a base de uma mitologia em cima de uma história que se passa na segunda guerra mundial. Steve Rogers se tornou um dos personagem mais amados do cinema no mundo, principalmente pela sua trilogia de filmes que se desenvolveu em cima de uma construção de personagem bem importante que é feita justamente nesse primeiro longa.
O roteiro mostra a história do Jovem garoto Steve Rogers que tem o desejo patriota de ajudar seu país na guerra. Porém, por ser um rapaz pequeno, franzino e fraco, ele não é aceito e acaba ficando frustrado, principalmente porque seu melhor amigo Bucky Barnes consegue ingressar e viaja para defender a América. Steve então não desiste e serve de cobaia em uma experiencia que lhe transforma em um super soldado, ganhando força, velocidade, agilidade e entre outros atributos. Agora ele se torna a principal arma dos EUA contra a maior ameça dos seus rivais que era um homem conhecido apenas como Caveira Vermelha.
O roteiro do filme tem alguns pesos diferentes conforme o filme vai andando. O longa demora a engatar, tendo uma persistência gigante em preparar o personagem para se tornar o grande Steve Rogers que seria conhecido nos projetos futuros. Esse primeiro filme da trilogia, é todo conduzido focado apenas em mostrar o lado patriota do Steve Rogers e o quanto ele esta disposto a defender seu país. Um dos motivos do filme demorar a crescer é justamente esse foco pesado que o roteiro se compromete na personalidade do protagonista. Naturalmente esse longa já série difícil de ser conduzido, pois ele veio antes do primeiro Vingadores, e ele precisaria explicar algumas coisas, além disso por se passar na década 40, essas explicações e ligações já seria outro problema, além claro de desenvolver a trama e trazer todo o contexto que o Steve Rogers precisava. Por isso em um projeto complexo como foi esse, fazer um longa coerente e que ainda sirva de ponta para mais de um filme no futuro, foi um trabalho muito bem feito e que com uma leve vista grossa, as pequenas barrigas passam de lado.
O trabalho foi dirigido por um diretor experiente que sabia bem o que precisava fazer. Joe Johnston assumiu essa responsabilidade e entregou um ótimo trabalho, montou um ótimo alivio cômico quando precisava, construiu cenas muito bem trabalhadas e trouxe para o primeiro filme do Capitão uma cara bem mais pé no chão, que mesmo com a ficção presente, conseguiu um bom ambiente militar, mais "vida real" que foi um foi ponto que colaborou muito no projeto.
Outro tópico que a gente não pode deixar de falar são do efeitos visuais. Capitão América com certeza trouxe como sempre aquela carga de investimento que a Marvel faz no CGI, mas dessa vez com um filme que não exigia tanto desse recurso quanto os outros, foi onde eles mais acertaram. Mandaram bem também no figurino que estava sensacional e a maquiagem deu outro show, também estava muito boa.
O elenco desse trabalho traz o grandíssimo Chris Evans (Quarteto Fantástico) que dispensa apresentações, fez um puta, vivendo o querido Steve Rogers. O Sebastian Stan (Eu, Tonya) é outro nome muito grande que nos poupa de mais comentários, ele viveu o Bucky. A Hayley Atwell (Agente Carter) fez um ótimo trabalho interpretando Peggy Carter, onde ele foi tão bem que ate trabalhou numa série derivada da própria personagem. O Hugo Weaving (Matrix) foi quem deu vida ao Caveira Vermelha. O Toby Jones (Jogos Vorazes) é o responsável pelo Arnim Zola. O Tommy Lee Jones (MIB) é o Coronel Chester Philips e por último, porém não menos importante temos como sempre o Samuel L. Jackson (Corpo Fechado) reprisando o papel de Nick Fury.
Capitão América: O primeiro Vingador mostra muito do potencial que a Marvel tem em pensar os filmes como um só. A jornada da primeira joia do infinito, da joia do espaço ronda sem explicação ate esse filme. Nesse longa eles explicam muito desse passado que estava em aberto, e ainda na cena final, trazem o capitão para nosso mundo, totalmente reconstruído após os acontecimentos do filme e com uma carga necessária para ser utilizado no filme seguinte que é mostrado previamente nos pós-créditos... Os Vingadores...
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