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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Trilogia MIB - Homens de Preto (1997 - 2012)


Amanhã chega aos cinemas um dos filmes mais esperados de ano, que resgatará um dos títulos mais icônicos dos últimos anos. E para te ajudar a entender como essa franquia chegou ao status atual, nós iremos analisar os três filmes que criaram terreno para o longa que estreará amanhã. Por isso jovens se acomodem que hoje é dia da trilogia MIB - Homens de preto.


Fazendo uma contextualização rápida, homens de preto conseguiu graças ao seu primeiro filme, criar uma base de fãs enorme que transcendeu seu ano de lançamento e foi crescendo a cada ano. Com o passar do tempo a franquia foi se tornando tão querida e tão amada pelo público que hoje nós podemos considerar que MIB é um dos títulos que faz parte da galeria de longas que a cultura POP é apaixonada. Fora o filme original de de 1997, ainda houveram duas continuações, uma em 2002 e a outra em 2012.


O roteiro do primeiro filme apresenta K, um agente de uma corporação conhecida como MIB que é responsável por todas as especies alienígenas que veem viver na terra. Após ficar sem parceiro, K decide então recrutar um novo rapaz, e eis que então J é escolhido para essa função. Agora juntos eles precisam parar uma das várias ameaças alienígenas que ameaçam a terra.


Esse primeiro trabalho de 1997 é um filme simplesmente incrível. O projeto MIB teve um cuidado tão grande ao ser tirado do papel, que você consegue perceber o coração por traz de tudo quando olha o resultado em tela. Apesar de ser um longa bem pipocão, e ate meio datado, ele é muito interessante pois consegue entregar um trabalho com um tema tão vasto que ate agora não tinha sido abordado daquela maneira no cinema. Claro que existiu outros filmes voltados para aliens, alguns ate com o mesmo tom, mas MIB montou e fez um universo próprio onde esses seres conseguem ser incríveis visualmente e narrativamente.


Eu elogio bastante o visual desse longa de 97, pois para época, eu acho as coisas muito bem feitas. Eu gosto bastante do tom do filme, eu gosto de como ele é filmado, eu gosto de como o preto é utilizado em tela, eu gosto das criaturas, eu gosto da direção e principalmente dos efeitos especiais. Apesar de hoje em dia ser bem estranho aqueles aliens, naquela época era muito bem feito. Por isso o trabalho que MIB 1 entregou é sem duvida o mais completo dos três filmes.


Falando do roteiro, o ritmo da trama também funciona muito bem, a dinâmica do K e do J é ótima, e o humor é tratado de uma maneira tão inteligente que chega virar até difícil de copiar a formula para os outros dois filmes. Eu acho muito legal como esse filme roda e como tudo acontece. MIB 1 é um sucesso merecido, pois em vários aspectos diferentes ele surpreende bastante.


MIB 2 apesar de também ser um trabalho legal, peca muito na parte visual. Agora estamos em 2002 e querendo ou não, em 5 anos a tecnologia evolui bastante e você tem disponível bem mais ferramentas para desenvolver um trabalho. No caso desse, aqui os efeitos especiais são bem zuados, e boa parte das vezes não funciona em tela. MIB 2 não conseguiu entregar tão bem esse aspecto como foi feito no primeiro filme... E isso prejudicou muito o resultado final.

O roteiro desse segundo filme é bem redondinho, tem um plot interessante, e entrega três atos bem fechadinhos... Mas o destaque não é nenhum desses aspectos. Nesse trabalho é interessante notar muitas sacadas bem espertas do roteiro que já tinham sido usadas no longa anterior, mas aqui as referências foram bem mais presentes, e a interação do "mundo real" com a ficção gerou um tipo de easter egg bem foda que passou a ser uma característica da franquia. Fora esse aspecto foda ligado as referências, eu também gosto bastante do humor, pois ele respeita muito o que seu antecessor fez e vai totalmente na onda dele.


No ano de 2012 chegou aos cinemas MIB 3, dez anos após o lançamento longa anterior. Essa continuação poderia ser muito boa, mas no final foi apenas o filme mais problemático dos três. Esse trabalho basicamente pegou a premissa de viagem no tempo e usou ela de uma maneira um pouco esquisita para entregar um plot que apesar de ser legal, não consegue te tocar tanto quanto deveria. MIB serve para fechar oficialmente a trilogia e encerrar todo esse grande arco de maneira bem redonda. O problema foi que os erros da construção da história impediram que todo esse planejamento saísse perfeito do papel.


Os efeitos especiais desse terceiro filme são muito ruins cara. Por ser um filme de 2012, esperava-se que tivesse uma evolução considerável do CGI... Mas os aliens, assim como o filme dois, ficaram muito mal feitos. Além disso existe várias cenas, que utilizaram fundo verde, e essas cenas são bem mal renderizadas. O longa foi mal acabado no aspecto visual e não entregou bem esse quesito.


O roteiro na minha opinião é o que quebra completamente esse terceiro trabalho. O texto tentou copiar aquela a formula do humor que foi usado nos filmes anteriores, mas nem o talento do Will Smith foi suficiente pra resgatar isso. Eles tentaram mirar também no drama e não acertaram, tentaram jogar uns personagens novos que não encaixaram tão bem, tentaram escrever um argumento para justificar o filme só que ficou meio duvidoso, e por último tentaram fazer um vilão com uma pegada totalmente nova, mas ele terminou sendo o menos relevante dos três antagonistas.


Esse terceiro filme tentou de coração resgatar a franquia para encerrar esse arco de vez, porém tudo foi muito didático e eles inventaram muita história extra para poderem explicar tudo o que estava acontecendo. Além disso, a produção tentou visualmente resgatar muita coisa icônica que a gente já conhecida, incluindo o padrão de direção que querendo ou não, independente dos outros erros, foi ótimo nos três filmes. O Barry Sonnenfeld que dirigiu todos os longas, controlou bem a parte dele ate onde podia, mas ainda sim a franquia acabou saindo dos trilhos nesse terceiro trabalho.


O elenco recorrente dos três filmes de MIB conta com uma galera MUITO BOA que funciona muito bem junta. O Will Smith (Aladdin) é o J, o Tommy Lee Jones (Onde os fracos não tem vez) é o K, o Rip Torn (Fora de casa!) é o Zed, o Tony Shalhoub (Monk) é o Jeebs, o Vincent D'Onofrio (Demolidor) é o Edgar, a Lara Flynn Boyle (Twin Picks) é a Serleena, a Rosario Dawson (Demolidor) é a Laura, o Jemaine Clement (Legion) é o Boris, o Michael Stuhlbarg (A forma da água) é o Griffin, a Emma Thompson (Razão e Sensibilidade) é a O e o Josh Brolin (Vingadores: Ultimato) é o K jovem.


Bom clã, amanhã chega aos cinema MIB - Internacional, trazendo pela primeira vez uma versão da nossa querida agencia secreta fora dos EUA. Obviamente assim que o filme for lançado, nós voltaremos aqui o mais rápido possível para falar sobre essa nova fase da franquia.

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