O mercado financeiro é um dos mercados mais intensos e que mais movimenta dinheiro no mundo. A venda e compra de ações agitam as empresas diariamente, fazendo assim muita gente ganhar e muita gente perder dinheiro. Um dos grandes trabalhos cinematográficos que fala sobre esse universo bancário foi lançando em 2013 e hoje chegou a hora de falarmos dele. Por isso, se preparem jovens, pois hoje é dia de O lobo de Wall Street.
Bom clã, vocês já ouviram falar de um cara chamado Jordan Belfort? Se você é do mundo financeiro, talvez sim, mas... No geral ele é atualmente autor e palestrante, sendo também um ex-corretor da bolsa de valores dos EUA. Belfort teve muitas experiencia em sua vida dentro da bolsa, e acabou registando tudo em um livro que contava suas aventuras em Wall Street. Em 2013 essa obra foi adaptada para o cinema, resultando nesse grande longa que nós vamos comentar hoje.
O enredo de O lobo de Wall Street nos conta que após conseguir sucesso com sua empresa dentro do mercado financeiro, Jordan Belfort começa a curtir sua vida em cima das custas de investimentos de clientes em empresas não rentáveis dentro do mercado de ações. Com isso, já tendo conquistado, agora Jordan precisa arcar com as consequências de erros em toda sua jornada ate o seu sucesso no universo financeiro.
Além do filme ter um elenco majestoso que a gente vai comentar mais para frente, esse trabalho também se destaca por ser dirigido por nada mais, nada menos que Martin Scorcese. E claramente a assinatura do Martin está presente aqui, principalmente por conta das suas famosas cores fortes. O diretor consegue mostrar em tela uma beleza das cores, um tom mais vivo da próprias e uma tonalidade tão poderosa que encanta demais, visualmente falando.
Além disso, o Martin também faz nesse trabalho vários planos panorâmicos, várias cenas focadas em detalhes e vários planos bem extensos, todos eles sendo muito bem filmados. Na verdade... No geral o filme inteiro é muito bem filmado, e com isso, podemos comprovar toda a expectativa em cima da qualidade esperada de um filme dirigido pelo Martin.
Ainda falando da direção, eu gosto muito do fato de que esse trabalho não tem tantos cortes, e em consequência disso temos VÁRIAS cenas muito longas. Isso, nesse caso, não chega a ser um problema, já que são cenas muito bem filmadas e também entregam muito. Além disso, existem algumas cenas, que não necessariamente são planos sequencias, mas que seguem uma logica bem semelhantes, já que também não é utilizado cortes nesses momentos, apenas uma movimentação bem suave ou muito veloz da câmera.
E esses planos longos, essas sequencias, e essa falta de cortes só funciona aqui pelo fato de que o filme é divertido. A gente vai comentar mais para frente sobre os diálogos, mas a gente pode adiantar dizendo que as dinâmicas, os personagens e os diálogos criam uma zona muito gostosa e confortável dentro do filme. Por conta de várias variáveis de roteiro e direção, a gente consegue comprar essa duração de TRÊS horas de filme sem se desgastar tanto.
Pois é jovens, sim... O lobo de Wall Street tem três horas de filme. Muita gente pode realmente achar o trabalho cansativo, é normal, porém.... Acho bem difícil isso acontecer, principalmente por conta de todos os recursos que o filme carrega. Dentro desse contexto podemos citar novamente as cores vivas que naturalmente já são bem chamativas, a premissa que é interessantes e temos interações que agradam demais também. Por isso, e por vários outros motivos, três horas passam voando em tela.
E naturalmente pelo filme ter uma duração considerável e termos dentro dessa jornada várias cenas extensas, concorda comigo que dentro desse padrão também teremos diálogos extensos? Pois é clã, temos sim várias dinâmicas que gastam um grande tempo de tela, mas funciona e entrega seu objetivo. As vezes tudo é voltado para um discurso sério, que faz a trama avançar, mas... Na maioria das vezes é um o dialogo faz parte de um discurso mais descontraído/engraçado que em todo caso também movimenta a trama, só que de maneira mais cômica.
E justamente por termos diálogos muito bem escritos, a dinâmica entre os personagem tende a ser bem confortável. Junto com a química maravilhosa dos atores em tela, os diálogos fazem sua parte, e então as interações fluem e tudo sai bem. Repito: É muito gostoso de ver o filme, justamente porque o ambiente, as dinâmicas e os diálogos te passam uma espécie de zona de conforto.
Já que tudo isso que nós falamos é embasado no fato de que o filme tem três horas... Existe algo dentro do roteiro que a gente precisa ainda comentar. E esse ponto é chamado de: Arco principal. Independente de qualquer coisa, o filme seria um desastre se não tivesse uma trama boa para o público acompanhar. E olha... Sinceramente? Houve um momento do filme em que eu achei que a história iria se perder, mas... O fato é que tudo é bem redondinho e funciona de maneira incrível o tempo inteiro.
Falando em termos gerais agora, uma das principais características desse longa é sem duvida o nível de escrotidão dele. Sim meus jovens, o lobo de Wall Street é um filme de um humor pesado e bem acido. O lado cômico do longa vem de base do roteiro, mas especificamente foca em dois pilares da narrativa: Sexo e drogas. Praticamente são esses dois aspectos que movem o filme, e movem de maneira bem eficiente.
Além do humor acido, outro ponto particular desse trabalho é o modo como a história é conduzida. O longa usa um recurso de personagem em terceira pessoa para narrar a história, o que já abre MUITAS portas em um roteiro de humor mais pesado como esse. Além disso, ainda temos uma especie de quebra da quarta parede, que mesmo sendo bem levemente utilizado, ainda sim é presente no filme.
Fechando nossa análise, vale falar também da montagem, que nesse filme é SUBLIME. Como eu disse, existe poucos cortes em algumas cenas, o que nesse trabalho fica mais dentro da exceção do que da regra. No caso da montagem, ela está obviamente presente nesses momentos, e é utilizada com uma naturalidade impressionante. Eu curto bastante a montagem desse filme, e esse é um ponto positivo que funcionou demais no meu ver.
Esse trabalho é MUITO BEM atuado, e isso acontece principalmente porque ele conta uma galera de um peso enorme. O Leonardo DiCaprio (Era uma vez em Hollywood) é o Jordan Belfort, o Jonah Hill (Superbad) é o Donnie, a Margot Robbie (Esquadrão Suicida) é a Naomi, o Jon Favreau (Homem de ferro) é o Manny Riskin, o Jon Bernthal (O contador) é o Brad, o Matthew McConaughey (Interstellar) é o Mark Hanna e o Kyle Chandler (Godzilla: O rei dos monstros) é o Agent Denham.
Bom clã, no geral, esse longa vale muito a pena assistir, ate porque além da experiencia, você também consegue ter uma noção bem interessante do que era investir em ações lá anos 90. Hoje em dia o mercado financeiro mudou bastante o seu jeito de atuar, mas com certeza nas nossas mentes sempre estará essa versão maravilhosa de negócios mostrada em O lobo de Wall Street.
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