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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: Onde está segunda? (2017)



Fala clã, Hoje estamos de volta aqui para mais uma análise retrô, trazendo hoje mais uma produção Netflix e que é mais um sucesso incontrastável do grande público. Hoje é dia de falar desse titulo que foi lançado em 2017, mas teve seu auge no ano passado. Jovens, hoje é dia de Onde está Segunda?.


Bom pessoal, antes de mais nada é importante falar da super proposta que esse filme apresenta. A premissa imposta e o argumento são pontos muito bem sacados que chamam muito a atenção do público. Uma das coisas que mais me cativou a acompanhar o longa, é saber como a trama iria se comportar com as condições que foram impostas pela premissa. E ate certo ponto, é muito interessante como os personagens se comportam. É um aspecto que não funciona o filme inteiro, mas durante um bom período consegue agradar e corresponde bem as expectativas.


O trama se passa em um mundo distópico onde existe uma regra de filho único. E quando de surpresa um homem acaba se tornando pai de sete filhas gêmeas, ele precisa formar uma estrategia para burlar o sistema sem que descubram o crime cometido. Por isso ele nomeia suas garotas com os sete dias da semana, e cada uma interpreta a mesma personagem no dia respectivo de seu nome. Tudo corria bem ate que segunda desaparece e agora as outras irmãs precisam se virar para descobrirem o mistério por traz disso tudo.


Inicialmente falando do roteiro, a primeira é que você precisa fazer é ignorar alguns furos e coisas mal resolvidas para aceitar 100% da história. Além disso existe um problema com a velocidade do filme, ele não é tão simétrico, e alguns atos correm mais rápidos que outros. Em compensação, eu gosto bastante das voltas que os arcos dão, gosto bastante dos diálogos, e a motivação das protagonistas e do pai funcionam. A antagonista tem uma motivação aceitável, mas não convence em sua totalidade já que o plano dela tem algumas coisas muito suspeitas. E essa falta de uma coerência maior do plano, acaba sendo reflexo daquelas coisas mal resolvidas que eu falei que precisava ser ignorada, mas também auxila nos plots, e isso é um aspecto do filme que eu acho bem interessante.


O visual do longa é um ponto que eu gosto bastante. Ele tem uma palheta de cores bem variada, que é justamente para facilitar a diferença das gêmeas. Porém o tom real do trabalho é bem obscuro, por isso em muitas ocasiões o contraste mais fechado fica em paralelo com o colorido das personagens, e eu acho que essa relação funciona bem. Essa união do clima pesado, mais a tonalidade forte, nesse caso combina, porque não é gratuito, tem um intuito visual por traz, e isso facilita muito no entendimento da trama.


Outra coisa que é muio legal, é a dinâmica das irmãs. O filme vai te apresentado cada uma delas aos poucos, e quando chega no meio do segundo ato, você já esta bem intimo de cada uma. É muito bem feita a construção de cada menina, a individualidade de cada garota  e a diferença visual entre elas que é bem forte. O roteiro também ajuda bastante nessa diferenciação, já que tem várias viradas de arcos que forcam mudanças físicas nas garotas e isso é proposital para entregar uma caracterização mais forte de cada uma. Obviamente esses essas análises visuais só valem para quando as garotas estão sendo elas próprias, quando precisam interpretar a versão pública delas, ambas se transformam completamente e ate roteiro auxilia adicionando situações para a identificação visual das sete serem bem semelhantes.


A direção do longa é feita pelo Tommy Wirkola, cara esse que sabe fazer um tipo de ação bem particular. Nesse trabalho eu gostei de vários vários elementos que ele aplicou no filme. O primeiro foi obviamente a direção das personagens das protagonistas, que na minha opinião tem arcos bem resolvidos. Cada uma segue sua trama e a maioria finaliza ela de um jeito bem aceitável. Também gosto muito do estilo do Tommy de filmar nas costas dos personagens, principalmente em cenas de perseguição, onde ele consegue criar um clímax bem foda. Tem alguns pontos que ele deixa a desejar, mas essas falhas normalmente acontecem em sub tópicos dentro das cenas de ação, como uma luta corpo a corpo por exemplo. Porém como normalmente essas cenas do Tommy são recheadas de muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, chega a não incomodar tanto.


O elenco traz uma galera sensacional que faz em maioria personagens ótimos. A Noomi Rapace (Prometheus) basicamente interpreta sete personagens maravilhosamente. Ela arrasa demais nesse filme, e entrega todas as sete garotas perfeitamente. O Willem Dafoe (Aquaman) é o Terrence Settman, a Glenn Close (A esposa) ate que vai bem, mas a personagem dela, a Nicolette Cayman é bem contestável. O Marwan Kenzari (A múmia) é o Adrian Knowles, e o Robert Wagner (Casal 20) é o Charles Benning.


Bom clã, onde está segunda tem uma direção legal, tem um elenco de peso e tem uma premissa bem interessante. Vale a muito a pena assistir se você não contestar algumas decisões que são tomadas e algumas situação sem muita resposta. No geral, vale a pena, pois é uma boa pedida e um sucesso grande da Netflix.

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