Você já parou para pensar como nasceram as maiores empresas do mundo? Já se perguntou como nasceu o sistema Windows que você esta usando agora mesmo em seu computador para acessar esse site? Já se questionou como foi parar em sua mão esse Iphone que você esta segurando para ler o Sessão Cinema? Pois é jovens, tudo começou em uma região chamada vale do Silício na califórnia. E baseado na vida de dois dos maiores gênios da computação, Martyn Burke fez um filme memorável que vamos analisar agora.
O conceito de Piratas no Vale do Silício é apresentar a história de Steve Jobs (Noah Wyle) e Bill gates (Anthony Michael Hall) simultaneamente, com os fatos ocorrendo de acordo com a cronologia correta. Filmes desse tipo que envolvem personagens em arcos distantes e precisam fazer eles se cruzarem já é difícil normalmente, porém dessa vez por se tratar de uma obra adaptada, o roteiro do filme precisou ser detalhadamente montado para que não ocorresse furos no enredo. A solução para tal veio com a presunção de que quem esta assistindo um filme já tenha pelo menos uma ideia dos fatos que irão ocorrer ali. O longa pula várias etapas do processo de crescimento dos personagens, porém como na teoria você já é ambientado aquele universo, o Martyn Burke teve toda a liberdade para só mostrar por cima, fases menos produtivas da narrativa.
O filme é boa parte do tempo narrado em seus dois arcos pelo Steve Ballmer (John DiMaggio) com seu carisma e entusiasmo quando se tratava da Microsoft e principalmente o Steve Wozniak (Joey Slotnick) quando se tratava da Apple. Ambos personagens participam e interagem durante o filme, mas em certas horas o Wozniak é utilizado para documentar situações da trama e Ballmer iconicamente quebra a quarta parede para conversar com o público. O enredo consegue referenciar muitas informações importantes para a trama, o comercial da Apple de 1984 com certeza é o mais relevante deles. Esse que é apresentado já na primeira cena do filme, serve como um dos pontos centrais para o climax do longa. Outra referência ótima é como eles apresentam o jeito abusivo de Steve Jobs durante sua juventude e sucesso precoce. Conforme o filme vai andando, mais o roteiro deixa intenso as reações de Steve e vão te tirando aos poucos todo o afeto que você criou em cima do personagem. Já Bill Gates que é muito conhecido por seu jeito "Nerd" de ser, mostra seu lado mais frágil justamente quando sai com seus parceiros Ballmer e Paul Allen (Josh Hopkins). O ocorrido acontece depois que ele se flustra com uma garota, e para tentar dar uma de pegador reproduz a dancinha que o Jhon Travolta fez em Os Embalos de Sábado à Noite.
A direção da obra é algo bem original, tendo sempre um tom "Retrô", o filme de 1999 ambienta você muito bem aos anos 70. Conforme o filme vai rolando e as décadas vão passando, as edições de filtro vão ficando mais claras e você traz a história ate os anos 90. As transições são bem peculiares, durante todo o filme a maioria das cenas são trocadas apenas com um apagão lento da tela.
Acho que um dos destaques maior fica com a trilha sonora. Por mais que seja resumida em poucas musicas, essas melodias conseguem transformar a cena em algo mais denso ou não dependendo de como ela é aplicada. Várias vezes durante o filme você nota a mesma musica sendo tocada em situações diferentes e todas as vezes ela se encaixa perfeitamente na situação recorrente.
O elenco não traz nenhum grande nome de peso, mas ainda sim o grupo conseguiu fazer um belo trabalho. Nenhum ator se destaca em sua função, nenhum deles apresenta um trabalho sensacional, mas todos eles incorporam os trejeitos das personalidades em que foram inspirados e trazem uma performance fiel do que se espera desses nerds da computação.
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