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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: Superbad (2007)

Atualizado: 13 de out. de 2019



Comédia recheada de referências sexuais é um tipo de longa que supre nos adolescente e no público jovem um espaço onde a vida cheia de loucuras e aventuras é vista de maneira mais normal. Atualmente, fazer produções desse gênero pode não ser tão viável, graças as várias visões ideológicas que vem surgindo recentemente, mas a pelo menos 7 ou 8 anos atrás e também na década passada era comum ver longas ácidos fazendo sucesso entre a garotada. Foi nesse cenário que surgiu um dos filmes mais clássicos desse gênero: Superbad. Hoje vamos entender um pouco do sucesso desse trabalho e porque ele caiu tanto no gosto popular.


Cara, Superbad com certeza é um pilar desse tipo de humor que sempre usa o conteúdo sexual da maneira mais ofensiva possível para estereotipar a puberdade com a visão mais natural que se tem por ai entre os jovens. O que Superbad fez foi basicamente juntar esse elementos estereotipados, adicionando uma sinceridade e um coração por traz da produção (pois esse filme é baseada na vida dos criadores), e além disso tudo ainda conseguiu fazer piadas ótimas e entregou uma trama bem interessante.


A trama basicamente conta a história de três estudantes: Seth, Evan e Fogell. Os garotos que estão no fim do colegial só tem um pensamento em mente naquele momento: Perder a virgindade antes de entrarem na universidade. Para conseguirem isso com suas respectivas pretendentes, eles passam o dia se preparando para uma das grandes festas de fim de período letivo, porém o caminho ate a grande noite não é nada fácil e eles traçam caminhos bem complicados ate chegarem a seu objetivo.


Agora no inicio da análise é legal falar do diretor Greg Mottola que é um cara que conseguiu fazer um trabalho tão legal nesse longa, que posteriormente dirigiu outros trabalhos que carregam o mesmo estilo de narrativa. O Mottola consegue apresentar muito bem os personagens, define muito bem a personalidade de cada um e conduz o filme sem deixar ele cansativo. O diretor também consegue entregar o humor de maneira bem eficiente e sai natural. O possível ver dentro do trabalho do Greg que muitas partes cômicas do longa nem carregam diálogos, apenas o jogo de câmeras constrói a situação e entrega o que precisa ser visto naquele momento.


Falando ainda da construção dos personagens, toda a galera em tela tem um arco muito bem feito. Chega ate a ser inacreditável, já que longas desse tipo normalmente deixam bastante furos pelo caminho dos personagem. No caso de Superbad, existe algumas situações temporalmente duvidosas, mas em questão dos personagens, todo mundo ali é muito bem resolvido. Cada um, incluindo os coadjuvantes, tem sua trajetória e finaliza ela com maestria.


O roteiro é um ponto que eu gosto bastante, principalmente pelo modo como ele aborda sua premissa. Falar de jovens querendo perder a virgindade em uma festa antes da faculdade não é nenhuma novidade para o cinema. Mas apresentar esse humor com situações relativamente fáceis sendo mostrada na pele de personagens que carregam todos os esteriótipos de garoto "rejeitado", é no minimo bem interessante. Mostrar essa visão focada nesses garotos, sem pegar leve, indo ate o fundo sem medo, foi um acerto muito grande e foi onde Superbad conseguiu agradar mais de um público.


O humor desse projeto é exposto em tela de maneira bem diversificada. Os diálogos são responsáveis por boa parcela dessa função, mas a parte visual colabora bastante. Pelo fato de esteriótipos serem usados com frequência, muita coisa encaixa bem e fica cômico naquele contexto. A personalidade dos personagens também é um aspecto fundamental nessa balança, já que a interação de pessoas com mentalidades distintas é um ponto também muito  utilizado.


O elenco conta com um pessoal bem caricato. O Jonah Hill (Mid90s) é o Seth, o Michael Cera (É o fim) é o Evan, o Christopher Mintz-Plasse (Kick-Ass) é o Fogell, a Emma Stone (A favorita) é a Jules, a Martha MacIsaac (Contaminação) é a Becca, o Bill Hader (Barry) é o Slater, o Seth Rogen (O Rei Leão) é o Michaels, o Joe Lo Truglio (Brooklyn 99) é o Francis, e a Aviva Farber (São João de Las Vegas) é a Nicola.


Bom meus jovens, Superbad é uma produção bem legal e além disso é um trabalho muito bem feito. Entrega uma trama divertida, com personagens interessantes e com arcos bem feitos. Vale a pena dar uma chance, pois só assistindo esse longa você vai ter noção de como utilizar uma carteira falsificada no melhor estilo McLovin.

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