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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Stranger Things (1ª - 2ª Temporadas)

Atualizado: 18 de ago. de 2019



A Netflix ultimamente vem fortalecendo seu serviço de streaming com várias series que são ícones da nova geração. A maior delas por muito tempo sem duvida foi House of Cards, posteriormente tivemos a grandiosa sense8, porém a mais recente delas é ate podemos dizer o maior sucesso recente na Netflix, é a incrível Stranger Thigs que teve sua segunda temporada esse ano. Para entender um pouco desse sucesso, a gente veio aqui para analisar detalhadamente os dois primeiros anos dessa produção.


Assim como alguns do principais filmes UCM da Marvel, ST é dirigido por dois irmãos. Os irmãos Duffer que são os criadores da serie, e levam ao pé da letra o ditado "Duas cabeças pensam melhor que uma". A complexidade e a criatividade despejada no projeto deixa claro a qualidade inventiva que os dois carregam. Stranger Things tem uma mitologia e carrega um universo cheio de elementos que nem sempre precisam ser apresentados oficialmente. As brechas que os mistérios do arco principal apresentam, deixam muitas opções criativas para o desenvolvimento da trama. E o diferencial dessa serie vem justamente do modo como explana sua história. Hoje em dia é muito difícil você criar um conteúdo misterioso onde o rumo da história e incerto para o público. O mercado vem com vários trabalhos onde mesmo que o enredo seja trancado por sete chaves, sempre tem um background que te da noção do que esperar. Stranger Things quando apareceu veio sem essa informação, e a falta de conhecimento permitiu que tal produto fosse divulgado de maneira que ninguém soubesse exatamente o que estava presente ali.


Outro tópico importante que favorece a apresentação da trama é com certeza o tom da serie. Todo o trabalho de ambientação é focado para que a fotografia seja mais parecida possível com a dos anos 80. O clima retrô, o figurino personalizado e principalmente as referências musicais, artísticas e cinematográficas fazem o público mais adulto se sentir em casa em uma serie em que os protagonistas são crianças.


O enredo da primeira temporada apresenta quatro amigos, Mike, Lucas, Dustin e Will que são aqueles típicos nerds dos anos 80, aqueles garotos que se juntavam todo fim de semana para jogar Dungeons And Dragons. Tudo estava correndo bem em mais um dia de encontro, ate que na volta para casa Will desaparece e ninguém faz a menor ideia do que aconteceu com o menino. Com isso começa a busca da resolução do mistério e fica a pergunta no ar "O que aconteceu com Will Byers?". A policia, os parentes de Will e ate seus amigos começam uma caçada em busca de respostas. E a melhor aposta das crianças é a que uma garota que eles encontraram chamada "Eleven" tenha as resposta para esses mistérios.


A trama que envolve esse primeiro ano é um tanto quanto arriscada. O objetivo por traz de tudo, tanto poderia ser atingido com excelência, como poderia ser algo superestimado por algumas pessoas. Apresentar novas realidades em uma serie mais caseira foi uma tentativa bem corajosa, pois realmente é uma coisa que você normalmente não presencia nesse tipo de conteúdo. Stranger Things conseguiu ser pioneiro em um gênero que de serie já fixado na mente da pessoas. Trazer respostas surreais, monstro, universos paralelos e outras visões do mundo é algo que era mais explorado por um nicho especifico. Isso foi mais exposto para um público novo e de um jeito inovador, assim valorizando mais o roteiro e sendo o ingrediente que faz você querer amar a serie.


Já a segunda temporada tentou apenas explorar tudo o que já foi apresentado. Tirando o "Vilão" dessa season, todos os elementos desse segundo ano foram ideias apresentadas na primeira temporada que foram exploradas de maneira diferente. Se você prestar atenção, todos os elementos APRESENTADOS nessa segunda temporada, tiveram seus momentos de destaque, mas não influenciaram diretamente na resolução da trama e foram exatamente os guanchos que ficaram em aberto para a sequencia.


Outro ponto forte que destaca a produção tanto em sua primeira, quanto na segunda temporada é a trilha sonora. Além de ser um acrescento fundamental, ela ainda é outro tópico que ajuda a remeter a ambientação na década de 80. Além da abertura que ficou instrumentalmente incrível, clássicos como Should I Stay or Should I Go, Rock you like a hurricane e Time after time estão presente em momentos bem fodas da serie.


O elenco é com toda certeza a principal ponte de liga o carinho dos fãs com os personagens. As crianças que trabalham em Stranger Things tem um talento absurdo. O principal nome com certeza deve ser o Gaten Matarazzo que interpreta o fantástico Dustin. Além de um puta ator, o moleque ainda faz simpaticamente o personagem mais adorado da trama e explora o carisma ate o seu nível máximo. Finn Wolfhard (IT: A coisa) é outro ator mirim que nesse trabalho interpreta muito bem o Mike. Além desses ainda temos o Caleb McLaughlin que faz o Lucas e Recorrentemente aparece o jovem  Noah Schnapp (Abe) interpretando o Will. por ultimo, porém não menos importante, fechando nosso elenco infantil da primeira temporada temos a LINDÍSSIMA e indescritível Millie Bobby Brown que interpreta a majestosa Eleven. Ainda nos principais temos o fenomenal David Harbour (O protetor) fazendo o Jim Hopper, Natalia Dyer (Yes, God, Yes) mandando bem na super Nancy, Charlie Heaton (Shut In) faz o Jonathan Byers, Joe Keery (A grande jogada) também faz ótimo trabalho como Steve Harrington, Shannon Purser (Riverdale) interpreta brevemente a Barbara e fechando o elenco temos ela, com certeza o maior nome desse trabalho, a nossa querida Winona Ryder (Edward mãos de tesoura) que não convence tanto assim com seu drama recorrente, mas a gente finge que aceita por conta do histórico da atriz. Na segunda temporada entra vários outros personagens relevantes, porém o destaque fica com certeza com o Bob que surge na pele do grande Sean Astin (O senhor dos anéis). Além dele também temos que citar os irmãos que ganham muito espaço nesse segundo ano, estou falando do Billy Hargrove interpretado pelo ótimo ator Dacre Montgomery (Power Rangers) e a Madmax que foi um papel feito pela maravilhosa Sadie Sink (O castelo de vidro).


Stranger Things é uma serie que ousa bastante e nem sempre obedece a cartilha. Muitas decisões tomadas pelos criadores tem um peso que as vezes você não sabe o que é, mas percebe que tem algo estranho. Várias vezes é possível notar essas situações, por exemplo quando Dustin e o Steve começaram a aparecer muitas vezes interagindo juntos, foi uma interação que deu certo, porém não é algo que é feito dentro do padrão. O jeito como eles exploram as "Doenças", apresentam ironias comparando a vida dos personagens com jogos de vídeo-game, tudo é sempre bem articulado e feito de maneira sublime, por isso os acertos dessa serie são sempre bem mais valorizados do que os erros que ela pode as vezes apresentar.

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