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Foto do escritorIury D'avila

Análise: A primeira noite de crime (2018)

Atualizado: 11 de ago. de 2019



E se durante uma noite você pudesse cometer qualquer crime? É exatamente esse assunto que a franquia “Uma noite de crime” aborda. Diferentemente do três filmes anteriores, dessa vez a saga não vai mostrar apenas mais uma noite onde tudo é liberado, e sim vai mostrar como tudo começou e como foi a primeira noite de crime. Confesso que não assisti todos os três primeiros filmes, mas baseados nos que eu vi e nos conhecimentos sobre esse famosíssimo nome do cinema, a gente vai analisar o que esse quarto filme traz para para toda a mitologia por traz desse universo.


Já tendo três filmes anteriores utilizando a mesma formula, a primeira noite de crime precisava vir com alguma reviravolta de roteiro que inovasse aquela situação para o púbico. A aposta em colocar referências de coisas se tornaram relevantes para a franquia foi uma ideia muito bem aproveitada no filme. A mais importante delas é como surgiu todo o ritual por traz das mascaras usadas pelos expurgadores. Lentamente o enredo vai introduzindo esse detalhe e quando você menos espera, lá esta a importância desse atributo. Outro ponto muito bem aproveitado é as características de filme de terror. Por mais que essa produção não seja nada assustadora, apenas focado um suspense com violência, tem muitos atributos que fazem o longa se assemelhar com o terror. A principal delas é a tecnologia da lente de contato. Ela que é apresentada como algo para monitorar os participantes do expurgo, na verdade ao decorrer do filme você vai percebendo que é um efeito utilizado pelo diretor para destacar apenas os olhos quando os personagens estão no escuro, causando assim um pequeno incomodo psicológico comum em filmes do gênero. Outro detalhe inovador foi a limitação de território. Como o expurgo esta acontecendo pela primeira vez, não foi o EUA inteiro que participou da brincadeira, a famosa Staten Island foi a escolhida para ser a primeira região onde iria ocorrer o experimento.


O enredo é dividido em dois arcos principais, um deles é protagonizado pela personagem Nya (Lex Scott Davis) e o outro pelo Dmitri (Y’Lan Noel). Esses que são personagens com arcos opostos, mas que se cruzam pelo plot de serem ex-namorados. Dmitri é o líder de um gangue que vende drogas, ele praticamente domina a região de Staten Island e conseguiu ganhar muito dinheiro e crescer na vida com seu negocio. Nya já é uma garota mais caseira, ela mora com seu irmão Isaiah (Joivan Wade) e por ser a mais velha tem a responsabilidade de cuidar do garoto que ainda é um adolescente. Na noite de crimes, Dmitri foca em manter seus homens do trafico seguros, todos em casa, cuidando de sua famílias, enquanto Nya que é uma protestante contra o expurgo, resolve se juntar com outras dezenas de pessoas na igreja para se reconfortarem durante as doze horas. Esse que na verdade foi o ponto mais fraco de todo o roteiro, era visível a solução barata que criaram na igreja apenas para ligar os dois arcos da história.  A questão na trama é que Isaiah deveria ter ido para o Brooklyn ficar a salvo, porém ele não foi e como boa parte da população pobre, ele ficou na cidade, pois cada morador que ficasse, receberia no minimo cinco mil dólares para participar do experimento. Obviamente Isaiah se mete em encrenca e sua irmã precisa sair do local seguro para resgata-lo. No meio disso tudo Dmitri também é forçado a sair de sua casa por conta de uma tentativa de assassinato encomendada por um dos homens dele. Esse que foi outro erro muito obvio e grotesco do roteiro, a tentativa de assassinato a Dmitri era muito clara e perceptível desde os diálogos iniciais do arco que envolve o ataque. Após muita confusão na rua, Nya e Dmitri se encontram e eles junto do grupo principal tentam sobreviver ate o fim…Se conseguem ou não você descobre assistindo A primeira noite de crime.


Além das falhas presentes no roteiro raso, o filme também falha quando desconstrói completamente a personagem da Marisa Tomei (Homem-Aranha: De volta ao lar). Ela que interpreta a criadora original do expurgo conhecida como Dra. May Updale, ate a metade da história segue com uma ideologia fixa, quando ela descobre certas fraudes no experimento, muda completamente seu pensamento. Não foi apenas um revolta por terem mudado coisas que ela planejou, ela praticamente troca sua moral construída durante todo o filme em cima de um discurso barato.


Tirando esses detalhes o filme monta bem todos os outros personagens, e tem final muito eletrizante. O ultimo ato ate empolga a quem esta assistindo, e se ignorar um pouco o roteiro você consegue se animar mais ainda com o que esta rolando na tela.

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