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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: As Crônicas de Spiderwick (2008)

Atualizado: 17 de ago. de 2019



Sabe do que eu tava com saudades? De falar daqueles filmes com cara de sessão da tarde. Aqueles filmes com cara do inicio dos anos 2000. Dentre vários longas que nós poderíamos selecionar, eu vim com um que é um pouco menos popular pelo grande público. As crônicas de Spiderwick vai ser o filme que vai acalmar nossa mente após um fim de semana conturbado como esse.


Sendo uma produção focado em fantasia, o longa da Nickelodion traz uma história com elementos em comum com outras trabalhos da época, porém apresenta uma galeria aberta de opções criativas no enredo que deixam a história um pouco mais diferenciada.


A trama apresenta três irmãos, Jared, Simon e Mallory Grace, eles que são filhos de uma moça chamada Helen Grace, e se mudam junto com a sua mãe para uma antiga casa abandonada que pertencia ao tio-avô deles conhecido como Arthur Spiderwick. Em sua primeira aparição no filme, Arthur esta guardando um misterioso livro, anos depois quando esse exemplar é encontrado por Jared, ele acaba liberando uma energia poderosa e logo descobre que o mundo em que vivemos não se trata apenas do que a gente consegue ver, na verdade existe todo um mundo de criaturas magicas que você só consegue enxergar se aprender as instruções que o Arthur ensina no livro.


Considerando essa base de roteiro, a gente já consegue falar de pontos sem expor nenhum spoiler. O primeiro deles é uma falha, acho que a duração do filme tira muito de um potencial aprofundado da trama. Existe longas de uma hora e meia que fecham seus arcos com perfeição, mas nesse caso temos uma hora e meia de filme onde muita coisa precisou ser apenas jogada na tela sem nenhuma ponta fixa para a continuação da trama. Um exemplo disso é quando rola uma perseguição em um túnel, toda as cenas que vieram antes e fizeram parte dessa momento da história, e todo o percurso da corrida com seus "Obstáculos" apareceu de modo totalmente inesperado em um contexto que não apresentava essa solução como uma valida.


Falando ainda do roteiro, podemos balancear pontos negativos e positivos considerando assim um quesito que ficou na média para filmes do gênero. Por ser um longa focado no público infanto-juvenil, a complexidade da história se torna irrelevante já que ela segue o padrão básico de roteiro com os três atos bem definidos. Furos de roteiro são eventualmente encontrados, principalmente quando se trata da visão das criaturas. As vezes o filme deixa subentendido que alguns personagens conseguem ver o que eles não deveriam naquela parte do filme. Aliás falando nas criaturas invisíveis, a pedra que permite a visualização desses seres foi um acrescento bem inteligente na história e foi uma solução de roteiro interessante que permitiu muito o uso da liberdade criativa dos roteiristas com elementos da trama. Um bom exemplo disso é a Mallory lutar esgrima e utilizar sua espada em um combate contra os monstros.


Falando agora do elenco, temos ai um destaque bem interessante. O Freddie Highmore (The Good Doctor) nesse longa interpretou tanto o Jared quanto o Simon, ele fez os dois irmãos de maneira distinta e incrível. Claramente você nota uma vera semelhança dos personagens, mas a evidencia das personalidades destaca fielmente o trabalho dele. Muitos atores mirins fizeram dois papeis em um filme, mas é raro encontrar tanta diferença visual e de personalidade que você as vezes ate esquece que é um garoto só fazendo o papel de dois. A outra protagonista é a lindíssima Sarah Bolger (Once Upon a Time) que faz a irmã mais velha Mallory. Além disso ainda temos a Mary-Louise Parker (Weeds) fazendo a Helen Grace, mãe dos garotos. E finalizando temos o David Strathairn (O ultimato Bourne) que faz o Arthur Spiderwick.


Por último precisamos falar sobre os sensacionais efeitos especiais do filme. Em um longa onde com certeza a computação gráfica era um dos pontos mais complicados, você fazer um trabalho de interação ambiental tão liso com a tecnologia disponível em 2008, com certeza demonstrou toda a qualidade de investimento da Nick nesse trabalho.


As crônicas de Spiderwick tem muita coisa mirabolante que foi escrita ou retirada do livro que originou o trabalho apenas com a intenção de dar um caminho para a história andar, mas que muitas vezes precisava de um acabamento para pelo menos dar um ar visual a cena...E assim foi feito em momento como todo o arcos envolvendo o grifo e com a cena onde ocorreu o plot final que foi onde o Mulgarath foi literalmente comido.


Eu poderia citar mil e uma coisas, principalmente envolvendo a narrativa do longa, mas se aprofundar em um filme com um roteiro mais básico, pode ser um pouco de exagero. A análise retrô de hoje foi mais nostálgica do que "Análise". Por isso fica a indicação se você quiser juntar uma galerinha mais jovem para matar a saudade daquela época onde só passavam filme com esse tipo de narrativa na TV aberta.

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