Existe uma serie de televisão australiana chamada Wicked Science (Que logo, logo analisaremos aqui), essa produção teve duas temporadas e foi transmitida em vários canais de televisão pelo mundo. O sucesso da primeira temporada despertou o interesse de montarem um filme resumindo toda a primeira temporada da trama. E então o trabalho foi feito e distribuído. Para muita gente "Ciência travessa" como ficou conhecido aqui no Brasil, é apenas um filme que conta a história de dois garotos que viraram gênios...Mas na verdade existe toda uma base por traz. Hoje a gente vai explicar o filme para vocês, e em breve vamos voltar para falar sobre as duas temporadas da serie.
A serie e consequentemente o filme é trabalho de um cara chamado David Phillips, sendo produzido por um mesclado de empresas que incluíam a Disney Channel, Network Ten, e uma empresa local chamada Australian Broadcasting. O objetivo em cima desse trabalho era claro: Desenvolver uma serie para jovens onde a tecnologia deveria ser protagonista. O modelo desenvolvido para explorar essa trama foi a peça chave que encaixou a proposta com o resultado final. A gente teve não só um show de criatividade, mas também de controle do enredo (Lembrando que tudo que eu falo é referente ao filme). A trama conta a história de dois jovens chamados de Toby Johnson e Elizabeth Hawke. Ela é apaixonada por ele, porém Toby nem da bola para Elizabeth. Já se sentindo renegada, a raiva da garota só aumenta quando uma novata na escola começa a chamar a atenção do seu interesse amoroso. Dina desperta a atenção de Toby e logo eles acabam se aproximando. Dias depois tanto Elizabeth quando Toby estão em uma sala pós aula, e sem querer acabam sendo atingidos por um raio carregado com vários códigos digitados sem querer. Eles ficam por um tempo desacordados, e quando levantam acabam descobrindo que são gênios super inteligentes. Após isso uma batalha por interesses começa e eles vão usando todo seu o poder da mente para criar trapaças um para o outro.
O roteiro por mais complexo que possa aparecer, é na verdade apresentando com uma simplicidade bem mais recorrente na trama. A história por ser focada na parte criativa e não na profundidade, não se preocupa em desenvolver cenas chaves. Apenas apresenta o conteúdo e manda você aceitar tal situação. O filme que precisava resumir vinte e seis episódios, utilizou uma estrategia de resumir em apenas poucas cenas as armadilhas que são os pontos chaves da serie. Ao invés de destacar em cada episodio uma invenção nova, no filme eles focaram nas artimanhas mais importante e fizeram um compilado do resto, reduzindo assim o tempo para focar mais na trama. Aliás, isso foi ate um ponto bem interessante do longa, o desenvolvimento da trama, por mais que corra de maneira muito rápida, é muito fechado naquilo que é proposto. Eles além de contar a história, explorar a parte criativa e dar coerência ao roteiro, ainda conseguem tempo para montar os arcos dos personagens e desenvolver com cenas chaves.
Os dois principais arcos são obviamente do protagonista e da sua rival. Ambos tem outros personagens de apoio que auxiliam e apenas servem para engradecer a trama envolto dele. O Toby (André De Vanny) conta com a Dina (Saskia Burmeister) que já foi apresentada aqui, e além dela temos o melhor amigo de Toby, Russ (Benjamin Schmideg). A antagonista Elizabeth (Bridget Neval) conta com seus amigos Verity McGuire (Emma Leonard) e Garth King (Brook Sykes). Ao decorrer da história você vai notando a relevância que cada um vai tendo, e por minimo que seja todos tem seu tempo prioritário.
O elenco já apresentado no tópico anterior, não é lá essas coisas todas. A melhor performance com certeza é a da Bridget Neval. Sua vilã é sensacional e ela praticamente não perde o passo durante suas aparições. Todos os outros, e isso inclui o André De Vanny, não tiveram grandes atuações. Ele mesmo fez boas cenas e trabalhou muito bem em momentos que exigiam seu lado mais raivoso, porém não passou disso.
A versão em filme dessa produção poderia ser bem melhor se realmente fosse feita com o objetivo de ser grande. O enredo é muito interessante mais foi feito focado para um público especifico infanto-juvenil. Os diálogos são básicos, a trama não tem tanta profundidade quanto deveria e a direção teve que trabalhar com um orçamento que eu garanto que não era suficiente para uma produção dessa. O objetivo era ótimo, o trabalho era bom, mas tinha potencial para ser magnifico. Ciência Travessa - O filme é apenas um pouco em todos os sentido do que você pode esperar da sua versão na TV.
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