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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: Procurando Nemo (2003)


2003 foi um ano bem interessante para o mercado das animações, principalmente pelos sucessos emplacados naquele período. Irmão Urso que foi lançado nesse ano é um exemplo de sucesso absurdo... Mas ele não é o único. Naquele incrível ano de 2003 teve outra animação que chegou aos cinemas e ganhou o coração do grande público. Esse trabalho inclusive levou a estatueta do Oscar de 2004 como melhor animação. Exatamente jovens, é dele que eu estou falando, desse longa maravilhoso que vocês tanto amam. Sabendo disso, se preparem e preparem seus peixinhos que hoje é dia de Procurando Nemo.


Bom clã, como eu já falei, Procurando Nemo foi um sucesso incrível, que pulou gerações e podemos considerar que ate hoje esse é um trabalho bem relevante. Seu sucesso foi tão reconhecido que recentemente foi lançado um filme chamado Procurando Dori, que pode ser considerada uma meia continuação, meio Spin-off do que a gente conheceu a mais de 15 anos atrás. Mas independendo disso, lá atras, Nemo, Dori e Marlin se tornaram personagens bem importantes para o público infantil, sendo eles os protagonistas de uma das animações mais adorada do atual milênio.


O enredo conta que um peixinho palhaço chamado Nemo, após um incidente, acaba se perdendo de seu pai e termina parando em um aquário em Sidney. Obviamente seu pai, Marlin, não iria deixar seu garotinho perdido no mundo, e por isso começa uma viagem em busca de resgatar seu filho. Com ajuda de Dori, uma peixinha que tem problemas graves de memoria, Marlin vai cruzar os mares procurando Nemo.


Bom jovens, por se tratar de uma animação, a gente na teoria teria um norte para começar nossa análise, porém... Acho mais interessante começar falando sobre os personagens e o que tornou esse filme um fenômeno. Então clã, é meio impossível filtrar todos os detalhes que formam esse circulo perfeito dessa animação, mas a gente consegue extrair alguns pontos que cercam esse grande projeto; e de coração? creio que os personagens carregam o principal ponto, que é chamado de: Simpatia. A jornada que envolve a dupla principal, e o arco que envolve o Nemo, é acima de tudo cativante. Diferentemente de outras animações, aqui os arcos tem uma tensão mais presente, é algo bem mais ameaçador. Além disso você se importa como tudo mundo ali, pois as características que regem aquele animal, funcionam como uma certa válvula de afeto que liga o telespectador ao personagem. Por isso, a simpatia e o bom manuseamento desses personagens, fazem o público sentir o que precisa para se importar bem com eles.


O roteiro desse longa carrega consigo mesmo uma zona de diálogos bem interessantes, principalmente pelas dinâmicas que são compostas. A mais clara dessas dinâmicas é a da Dori com o Marlin. Ao mesmo tempo que nessa interação você tem um pai que faz de tudo para achar seu filho, também temos uma personagem altamente engraçada por conta de um certo problema de memoria. O fato é que quando essa formula se mistura, e você extrai os dois extremos dos personagens, temos no minimo uma relação de confiança entre os dois que funciona muito bem. O Nemo também é ótimo, e os personagens de apoio dele, com as personalidades fortes que a gente vê, consegue resultar em interações bem proveitosas. O que eu quero dizer no geral é que os diálogos dão certo, principalmente porque eles precisavam dar. Como são peixes em tela, você não tem muitos recursos narrativos para fidelizar essa história, por isso as falas importam muito, e por conta delas é que a gente consegue se envolver mais ainda com a relação dos personagens.


Outa coisa vinda do roteiro é a própria trama, que tem um cunho muito focado em ensinar muitas coisas para o público. Procurando Nemo vai de lição sobre o auto mar, ate motivações sobre superação. Durante os três atos do filme, a gente acompanha vários momentos, muitas vezes que parece não levar a lugar nenhum, mas que na verdade nos dirigia para uma situação onde algum evento iria mover para alguma questão moralística. Por isso, apesar de ser um filme infantil, ele mesmo sendo cumprido, tem mais que uma missão, e ele entrega muito bem seus objetivos.


Falando da estrutura da animação, é legal notar que o fato de Procurando Nemo se passar em baixo d'água, permite que haja uma certa liberdade criativa em tratar criaturas do mar que normalmente é difícil de acontecer. E acho que Nemo se aproveitou muito bem disso, já que ele usa muitos tipos de peixes para padronizar personalidades. A gente vê uma forte variação de animais aquáticos, e cada um sendo utilizado de uma maneira bem ecológica dentro de um sistema de sobrevivência criado para o filme, mas inspirado no mundo real.


A animação do filme é algo que não tem muito o que a gente comentar, a não ser o fato de ser belíssima. Vendo hoje em dia, em 2019, claramente a gente percebe algumas coisas meio datadas visualmente na animação, principalmente por ser difícil animar o mundo aquático,  mas naquela época funcionava muito bem. Da animação no geral, uma das coisas que eu mais gosto é com certeza como foi resolvido a questão do visual dos peixes. As expressões, o desenho, e tudo envolvendo a parte "humanização dos animais", foi algo que eu curti bastante.


Bom jovens. Procurando Nemo é uma das animações mais amadas por crianças de pelo menos duas gerações, e muitas delas, assim como adultos, voltaram a assistir justamente por conta do filme da Dori. Então nada mais justo que logo, logo eu voltar aqui para falar desse spin-off especial. Por isso esperem, que assim como Nemo, um dia voltaremos aqui para falar exclusivamente de Procurando Dori.

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