top of page
Foto do escritorIury D'avila

Análise: Trilogia Carros (2006 - 2017)



O mundo das animações é um mercado extenso e que se renova sempre. Criatividade dentro desse mundo dos desenhos no cinema é sempre importante, e de vez em quando aparece algumas ideias que ficam tão geniais após saírem do papel que praticamente marcam uma geração. Hoje nós vamos falar de um desses trabalhos, mais especificamente de uma das trilogias que mais marcou a galerinha que cresceu no inicio dos anos 2000 e que na verdade ainda está crescendo ate hoje. Isso mesmo galerinha, se preparem, e acelerem que hoje é dia da trilogia Carros.


Bom clã, antes de mais nada, vocês sabem já como funciona nosso esquema, não é? Só para relembrar, em análise de trilogia nós sempre resumimos os conteúdos e falamos um pouco sobre as principais atribuições de cada filme, fazendo assim uma linha temporal do primeiro trabalho ate o último lançado.


Começando lá em 2006 com o primeiro trabalho apenas chamado de Carros, o roteiro nos conta que após o empate que ocorreu na final da última edição copa Pistão, o novato das pistas e sensação Relâmpago Mcqueen, acaba se perdendo no caminho até o autódromo onde ocorreria o desempate e sem querer causa uma grande confusão em uma pequena cidade chamada de Radiator Springs. Agora Mcqueen vai ter que deixar toda sua arrogância de carro de corrida de lado, para assim tentar consertar seus problemas e então chegar a tempo na corrida do titulo.


Esse primeiro filme, inicialmente ficou muito marcado pela novidade. Isso mesmo jovens, a premissa por traz desse longa é fantástico e agradou demais. Eu acho muito legal a ideia de um mundo onde apenas Carros existem e eles vivem independente, agindo em certo sentido como humanos. Essa ideia foi algo simplesmente incrivel, e que funcionou muito bem.


Além de naturalmente ter sido uma ideia ótima, ainda sim, para tudo sair bem do papel de forma eficiente, os traços dos carros precisavam ser convincentes, e olha... Esse foi outro ponto que chamou muita atenção. O traço do primeiro Carros é muito criativo, e a identidade que deram para os automóveis foi um recurso crucial que definiu muito da empatia do público pelos personagens.


O foco principal da mensagem do roteiro desse primeiro trabalho é construir um discurso voltado para o amadurecimento do Mcqueen. A jornada dele nesse primeiro longa é toda de aprendizado, e foi feita no intuito de você mostrar para as crianças que você pode ser alguém melhor. A jornada desse filme é bem redondinha e completa, fechando justamente essa trajetória que eu citei.


E em toda essa trajetória do desenvolvimento do filme, duas coisas a mais ainda pesam para o público comprar mais essa fase do filme. A primeira é a grande variedade de personagens com trejeitos diferentes e com personalidades distintas, que juntos, funcionam muito bem. E a segunda é o humor, principalmente o do Mater. O melhor amigo de Mcqueen é o alivio cômico desse longa, e ele funciona sempre como uma gasolina quando o trabalho tem risco de perder o passo lá no desenvolvimento.


Além disso, outro ponto forte desse primeiro filme é a trilha sonora, que entregou uma seleção foda. O lado musical do trabalho é um pilar desse primeiro filme, e ajuda muito a construir aquele clima que vai de agitação das pistas de corrida ate o sertão de Radiator Springs.


Cinco anos depois, lá em 2011, chegou aos cinemas Carros 2. E a principal característica desse filme é que ele LITERALMENTE é totalmente diferente do que foi o seu antecessor. A proposta é outra, o tom é algo totalmente diferente, o gênero é outro, ele é absolutamente outro filme. Sinceramente, eu não sei exatamente o que se passou pela galera criativa da Disney naquela época, mas... O fato é que esse longa saiu mesmo do papel.


Não é que esse segundo trabalho seja ruim, é que comparado ao primeiro, em que o roteiro tinha uma proposta notável em volta da jornada do Mcqueen... Esse segundo pareceu meio inútil, sendo apenas um filme de máfia. Basicamente os roteiristas expandiram de maneira BEM CONSIDERÁVEL o universo dos carros, e então aproveitando isso, resolveram fazer uma trama de mafia, investigação, crimes e etc. Foi um filme bem executado? Foi. Mas o fato é que a proposta foi meio estranha.


Nesse segundo trabalho também fomos apresentados melhor ao mundo das corridas. Nesse segundo filme isso foi um pouco mais explorado que o primeiro. Aqui também entendemos um pouco mais sobre como os carros vivem no mundo e também entendemos um pouco das particularidades de cada veiculo.


Um ponto muito forte dessa continuação é que ela tem um traço bem mais limpo do que o filme antecessor. Apesar de hoje em dia as linhas parecerem bem superficiais,  naquela época funcionava bem.


Carros 2 também faz MUITAS referências ao filme original, e apesar de ter perdido a essência, ele consegue fazer belas homenagens a praticamente todos os personagens, e também puxar muita coisa lá de 2006 que ficou marcado no trabalho inicial do que naquele momento ainda não era uma trilogia...


...A trilogia só foi se formar oficialmente agora em 2017 com um trabalho que foi marcado justamente por trazer a essência de Carros de volta. Nesse longa mais recente temos uma especie de reprise/homenagem aos eventos do primeiro filme, só que dessa vez com sequencias maiores e com o relâmpago não sendo mais a estrela das pistas.


A trama apresenta um novo corredor, da nova geração de Carros, mais jovem, mais veloz e com mais tecnologia. E justamente por isso, esse trabalho conversa muito com velhice, aposentadoria e com hora de parar (além claro de pisar na tecla das novas tecnologias. Vale citar também que esse terceiro trabalho é muito uma homenagem ao Hudson Hornet, que ficou para traz na franquia, mas... Nesse filme ele é lembrado, justamente porque na teoria a história dele está sendo recontada, dessa vez com o Mcqueen.


Outra coisa que marcou MUITO esse terceiro filme foi o traço, já que dessa vez o fator beleza não era nem o principal e sim a qualidade dos detalhes. Eu fiquei sem palavras quando eu vi, pois realmente, o desenho de Carros 3 é realista um nível muito assustador. Existe claramente uma evolução das animações nos últimos anos, e no meu ver, em Carros 3, isso ficou ainda mais evidente do que em outros longas 100% CGI.


Bom jovens, apesar de hoje ser uma análise de trilogia, também é uma análise de animação, e... Vocês sabem muito bem que análises de animação aqui no Sessão Cinema na verdade são mais puxadas para um texto básico que homenageia essa obra. Por isso hoje, na verdade, acima de tudo, nós viemos um pouco relembrar aqui esse clássico, falar um pouco do Relâmpago McQueen e finalmente abrir a nossa porta para essa grande trilogia chamada Carros.

0 comentário

Comments


bottom of page