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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Trilogia De volta para o futuro (1985 - 1990)


Falar sobre os anos 80 automaticamente nos lembra de várias produções cinematografias que se tornaram icônicas naquele período. O cinema dos anos 80 é uma coisa tão gostosa, que ate hoje muitos filmes ainda são incríveis, mesmo depois de quase 30 anos. A análise de hoje é uma das mais especiais do Sessão Cinema, justamente porque iremos falar de um dos títulos mais marcantes não só daquela época, mas literalmente de todos os tempos. Crianças, se preparem que hoje é dia análise da trilogia De volta para o futuro.


Bom clã, quem tem mais de 30 anos com certeza conhece esse clássico, porém pra quem é novo, é interessante a gente tentar definir um pouco da grandeza desse trabalho. Além de ser um filme que levou uma estatueta de Oscar na categoria edição de som, esse trabalho foi o responsável por alavancar a carreira de muitos atores, foram filmes literalmente a frente do seu tempo, foram trabalhos que na época deixou as pessoas totalmente engajadas ao saírem de uma sessão, foram projetos que agradaram públicos de todas as idades e e esses longas criaram uma legião de fãs por todas as décadas. Fora o legado e a marca que De volta para o futuro deixou, sendo um dos títulos mais reverenciados do cinema. É difícil descrever o sentimento do que foi ver esse longa na época, mas com certeza quem teve esse oportunidade, se sentiu privilegiado de poder crescer com esse sucesso.


No geral, os três filmes dessa trilogia carregam uma essência bem semelhante. Além dos três trabalhos serem dirigidos pelo mesmo diretor, ambos também tem um padrão visual que propositalmente é idêntico em vários momentos trilogia. Além disso, o roteiro dos três filmes funciona muito em conjunto, e se tratando de viagem no tempo, a formula que eles usam para resolver os filmes é bem funcional e divertida. Obviamente existe erros de cronologia, ate porque brincar com viagem no tempo durante três filmes em que os eventos se repetem, não é simples, mas o próprio projeto não trata a viagem no tempo como algo totalmente linear, então esses erros acabam sendo descartados, já que fazer uma linha do tempo totalmente fixa, não é o plano aqui.


Além desse padrão visual que os três filmes carregam e das conexões entre histórias, o roteiro dos três longas também carrega muita bagagem do que a gente aprende no seu antecessor. Isso quer dizer que muitas coisas que a gente vê no filme de 1985, é reaproveitado de maneira bem inteligente nos longas posteriores. Claro que existe uma linha de noção que é quebrada quando você atribuiu algumas referências do passado longínquo ao futuro distante (ou vice-versa), mas funciona em tela e diverte o público.


Fechando essa visão por cima dos três trabalhos, vale citar a trilha sonora incrível que é recorrente e por isso a gente encontra a maioria das canções nos três trabalhos, o elenco que é genialmente reciclado de todas as maneiras possíveis diferentes, e ambos os três filmes funcionam muito bem dramaticamente, comicamente e narrativamente falando. Obviamente que cronologicamente ele fica ali no meio termo.


O enredo do primeiro filme conta basicamente que um cientista conhecido como Dr. Emmett Brown, cria em um de seus experimentos, uma maquina do tempo dentro de um carro Delorean. Porém antes mesmo de fazer sua viagem de estreia no tempo, ele acaba sofrendo um incidente, e seu assistente Marty é quem acaba voltando para o ano de 1955. Agora que está no passado, Marty vai precisar descobrir como ir de volta para o futuro, baseado apenas nas informações que ele tem.


Esse longa de 85 é o trabalho que basicamente explodiu a mente de todo mundo e ainda serviu de base para tudo que viria com o nome de volta para o futuro mais para frente. O roteiro desse filme, além de ser muito criativo, é bem redondinho. Além disso, você tem personagens bem caricatos que interagem com uma facilidade incrível com outros em tela. Fora que o diretor soube muito bem como brincar com o tempo, assim a trama acabou crescendo, e com uma trilha sonora no minimo empolgante, o primeiro De Volta para o futuro entrou para a história do cinema.


Em 89, após o sucesso do primeiro filme, foi lançado a primeira sequencia de dois que tinham sido filmados de uma vez. E a parte 1, tinha em seu roteiro uma missão bem complicada: Amarrar uma história ao guancho deixado no primeiro filme. A missão foi dada, e cumprida com um exito incrível. Nessa segunda parte do trabalho, a trama era mais complicada, pois os nossos protagonistas iriam para o futuro, mas precisamente 2015, e agora imaginar como séria o século 21 era um obstaculo considerável. O fato é que, apesar de certas mirabolâncias, a visão do pessoal dos anos 80 sobre o futuro foi bem interessante. Naquele período era realmente viável tais previsões e por isso funcionou narrativamente falando. Além do fato de que a trama dessa continuação, como eu já avisei, brinca respeitosamente e reaproveita muito do que a gente conhecia do seu antecessor. E ai onde entra aquele padrão visual que eu comentei e também as referência entre filmes. Considerando isso tudo, vale falar que o fim desse trabalho também é tão chocante quanto o fim do primeiro, e deixa uma ponta ate maior para sua eventual continuação.


No verão do ano seguinte, em 1990, chegou aos cinemas De volta para o futuro parte 3, sendo esse o encerramento da história. No caso desse trabalho de 90, a trama tinha uma missão de voltar mais ainda para o passado, dessa vez para o velho oeste. O que parecia ser um trabalho bem particular, acabou se provando um dos mais auto-referentes da trilogia. Nesse caso, o filme inteiro é cheio de Easter eggs dos outros dois filmes, muitos diálogos remetem a cenas marcantes dos outros trabalhos e muitas referências visuais são repetidas para recriar várias situações. No caso desse roteiro desse roteiro, ele também reaproveita o que a gente já conhece sobre viagem no tempo, mas dessa vez a abordagem acrescente visões diferentes sobre como usar esse atributo. Além de que mais uma vez o roteiro foi acertado com precisão e a trama e tão divertida quanto as outras. Existe uma certa barriga nesse trabalho, mas considerando os três filmes no geral, esse é o ponto de menos.


O elenco recorrente da trilogia conta com uma galera que é lembrada ate hoje e muitos são grandes nomes da TV. O Michael J. Fox (The Good Wife) é o Marty McFly, o Christopher Lloyd (A família Adams) é o Dr. Emmett Brown, a Lea Thompson (Alguém muito especial) é a Lorraine McFly, o Crispin Glover (Deuses Americanos) é o George McFly, o Thomas F. Wilson (Dc's Legends Of Tomorrow) é o Biff, e a Claudia Wells (Back in Time) é a Jennifer.


Então clã, De Volta para o futuro deixou um legado inacreditável e ate hoje é um dos filmes mais respeitados do cinema. A análise de hoje foi mais uma homenagem do que critica, ate porque a experiencia de ver esse filme é mais voltada para a premissa dele do que necessariamente qualquer outra coisa. E vendo essa premissa de viagem no tempo ser tratada com tanto respeito, é algo que dá prazer para o público. Por isso, se você já assistiu, recomendo que veja novamente, e se você nunca viu, por favor, de uma chance a essa maravilha chamada De volta para o futuro.

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