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Foto do escritorIury D'avila

Análise - Venom (2018)

Atualizado: 11 de ago. de 2019



O que falar de um filme que ninguém queria que fosse feito, de um filme que pouquíssima gente colocava alguma esperança e de um filme tão incerto do que seria que ate após o fim da sessão ninguém conseguiu explicar o que foi apresentado ali. Venom conseguiu errar em todos os sentidos possíveis, tendo ate a proeza de falhar em diálogos simples. Hoje nos viemos aqui para analisar como a Sony conseguiu atingir o sucesso em fracassar com um personagem tão foda.


O filme que é dirigido pelo Ruben Fleischer parece que foi feito sem consulta de nenhum roteirista. É grotesco o andamento da história e dos arcos que cercam os personagem. Os diálogos são sempre marcados ou por frases irrelevantes ou por piadas sem graça. E isso não é nem o pior, o ponto mais fundo é quando eles usam argumentos vazios para justificarem ações dos personagens. Além de tudo isso, o simbionte Venom tem uma virada de personalidade tão esquisita no terceiro ato que causa estranheza ao telespectador. O Eddie Brock (Tom Hardy) trata sua situação em ter um PARASITA dentro do seu corpo como se fosse algo não relevante. O vilão Carlton Drake (Riz Ahmed) é o personagem mais genérico e sem personalidade que existe, não é possível que ninguém se importou em construir uma história decente em volta dele. O cara é apenas um homem rico, que é rico, e que podre de rico, com o desejo de sair da terra. Apenas Isso. Além disso a atuação do Paquistanês Riz Ahmed não convence ninguém do lado cruel de seu personagem.


Além do roteiro ser falho em quase todos os sentidos, a direção tava indo ate que bem durante o primeiro ato, mas tudo desanda conforme o filme vai prosseguindo. Na verdade a bola de neve é gradativa, começa ruim e termina horrível. Tem muitas cenas descartáveis, muitos planos estranhos e muita, mas muita situação ou criada ou adaptada para a história ter um pouco de ação. E nesses momentos empolgantes, é quando a gente encontra outro vacilo do diretor... As luta muitas vezes são apenas cortes rápidos e ignoram boa parte da violência que poderia e deveria ser destacada no filme. Se você queria queria ver sangue e morte no nível Deadpool, desista, pois em Venom o máximo que vocês vão ver é uma ou outra cena no máximo duvidosa.


Os efeitos especiais ate que prometiam, no começo tava ate legal, mas quando o Venom começa a aparecer de vez e exigir muito CGI, ai as coisas começam a ficar ainda mais bizarras. O visual do personagem não me agradou nenhum pouco, muita gente achou fodastico e bem melhor do que a versão apresentada em Homem-Aranha 3. E realmente é bem mais realista, porém os efeitos deram um pequeno tropeço, e o que poderia ser algo sublime, virou apenas uma gosma preta mal renderizada.


O terceiro ato do filme eu acho que é o que fecha a história com o único final que essa trama realmente merecia. Depois de quase duas horas de puro desastre (E foram literalmente as duas horas, pois ate as cenas inciais foram extremamente rasas) o final do longa parecia o encerramento de um filme de comedia romântica. Eles conseguiram com esse final distorcer uma das melhores cenas do trailer e transformaram ela apenas numa cena com um humor vazio.


Deixando o pior para o final, vamos falar algo do que deveria ser uma cena marcante no filme e no fim se transformou na coisa mais nojenta de se assistir. Da para perceber só pela situação do enredo que a cena era uma proposta legal, foi uma ideia interessante, porém foi muito mal executada. O beijo principal entre o Eddie Brock e a Anne Weying (Michelle Williams) foi o ápice do descaso com o filme. É quando realmente você percebe o quanto tudo aquilo estava fora do normal.


Venom tem duas cenas pós-créditos e elas sim são sensacionais. Arrisco falar que a primeira cena é a melhor coisa do filme. É a única ponta solta que da esperança de um futuro melhor para o personagem. A segunda é mais um comercial promocional...Porém vale muito a pena esperar ate o fim.

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