Após o sucesso da primeira trilogia dos X-men, obviamente a FOX não iria parar de produzir conteúdo para o cinema com esse titulo. Com a trama principal teoricamente finalizada, era hora agora de explicar a origem dos personagens com filmes que ocorrem antes dos eventos de X-men 1. Essa nova leva de filmes começou em 2009 com Wolverine - Origens e em seguida seguiu para os personagens gerais dos X-men, criando assim uma nova linha narrativa. E é essa leva de filmes nós analisaremos hoje. Por isso se preparem jovens que hoje é dia da nova geração dos X-men.
Antes de começarmos falar propriamente dos três filmes de hoje, vale lembrar que durante essa semana a gente já falou sobre a primeira trilogia dos X-men e sobre os dois primeiros filmes do Wolverine. É essencial que você veja esses dois textos, pois como falaremos muito de linha do tempo hoje, é importante que você tenha uma breve noção do que foi feito nos outros filmes dessa franquia.
Já falando em linha do tempo, a gente não citou o fator temporal nas outras análises, pois é bem complexo tentar entender essa cronologia feita pela FOX. E tudo fica mais fácil se começarmos falando de onde oficialmente as coisas começaram a ficar sem sentido. O primeiro vestígio de confusão na linha temporal aconteceu no final de Wolverine - Orgens. Porém naquela ocasião, dependendo do ponto de vista a gente poderia ignorar alguns fatos (E o filme também). A oficialização de uma eventual perca de noção da linha do tempo só foi ocorrer em X-men: Primeira Classe, filme de 2011. Esse é o primeiro longa contando eventos que antecederam o primeiro X-men, e que prepara o terreno para tudo que a gente conhece. O problema que a gente encontra aqui é que em outros filmes já tínhamos vestígios de personagens no passado, e se cruzarmos as datas, existe ai um furo na narrativa.
O roteiro desse longa de 2011 mostra os mutantes aparecendo no mundo e descobrindo que não são os únicos com habilidades especiais. Com isso, um professor recém formado chamado Charles Xavier, com a ajuda de um amigo conhecido como Erik Lehnsherr recruta um grupos de jovens mutantes para combater um poderoso adversário chamado Sebastian Shaw que planeja organizar a terceira guerra mundial.
Esse filme, apesar das suas falhas, com toda a certeza é o mais interessante e coerente de todos dessa nova geração. No meu ver, o maior problema que primeira classe apresenta é o fato de que ele carrega todo o fardo de entregar a base da mitologia nas costas. A produção já tinha deixado de fora personagens como Jean Grey e Tempestade, que seriam apresentado posteriormente, mas ainda sim eles decidiram resolver muita relação, muitos arcos e muitos problemas em um filme só. Apesar do longa ter um ritmo ótimo e ser uma produção bem agradável, ele peca em tentar estabelecer fatos que não eram necessários naquele momento, visto que obviamente teríamos continuações.
Esse é um longa que no geral serve muito como um gigante fã service para quem é fã da mitologia dos X-men. Falando como uma produção cinematográfica, ele não chega a ser tão especial como foi por exemplos os dois primeiros filmes da franquia, mas falando como um projeto visando os fãs, eu acho um trabalho bem satisfatório, apesar dos erros.
Além disso, primeira classe é recheado de aspectos que funcionam bem. A trilha sonora é um deles, a dinâmica dos personagens é outro, as lutas são legais, e o elenco é muito bom.
Em 2014 chegou aos cinemas X-men: Dias de um futuro esquecido. Esse longa veio ao mundo exclusivamente por três motivos: Trazer de volta o elenco original, juntar os grupos do presente e do passado em um mesmo filme e resolver o problema da linha temporal. Visando esses pontos, esse trabalho saiu do papel, e o sonho da galera de ver as duas gerações interagindo, finalmente se realizou.
O enredo desse longa conta que um cientista chamado de Bolivar Trask cria uma tecnologia robótica chamada de Sentinelas que são capazes de bater de frente com os poderes mutantes. Com isso, em um futuro próximo, a raça mais poderosa da terra acaba sendo praticamente exterminada, restando apenas alguns remanescente. Com o objetivo de impedir a extinção dos mutantes, o Wolverine é projetado no passado para tentar impedir os eventos que culminam na criação dos Sentinelas.
A premissa desse filme é fantástica, a ideia é super interessante e a proposta é incrível, porem... Nem tudo saiu como a gente desejava. Com a direção Bryan Singer, ele que voltou 11 anos depois de dirigir os dois filmes originais, o trabalho conseguiu reunir todo aquele elenco dos primeiros filme de volta. E ele fez isso pois resolver a linha temporal e juntar os dois elencos, eram coisas que os fãs queriam muito e que daria muito certo, pois assim mataria esses dois coelhos com uma cajadada só. O começo do filme é ate interessante, mas ate nesse momento a linha temporal ainda é um pouco confusa (Levando em consideração os eventos de Wolverine: Imortal). Quando o filme teoricamente começa a engatar, as coisas vão ficando cada vez mais esquisitas. Brincar com linhas temporais não é fácil, e aparentemente a galera dos X-men não conseguiram, nesse filme compreender por completo esse quesito. No final temos ai um trabalho que não agradou tanto como primeira classe, mas pelo menos resgatou aquele clima original, mais fechado dos primeiros filmes.
No ano de 2016 chegou aos cinemas X-men: Apocalipse, sendo esse o filme que prometia ser o ponto mais alto da franquia, já que traria um dos vilões mais poderosos dos quadrinhos.
O enredo traz uma antiga lenda de um ser que vive entre as eras e sempre é considerado um alguém superior pelos que lhe seguem. Após ser aprisionando milhões de anos atrás, essa criatura poderosa ressurge, trazendo com ele o desejo de reconstruir a terra como ela deveria ser, sem falsos deuses. Cabe agora ao novo grupo dos X-men impedir essa ameaça antes que ela destrua o mundo.
X-men: Apocalipse na teoria foi uma grande decepção, porém não teve um gosto tão amargo assim, já que desde os trailers a expectativa para esse longa não era a das melhores. Uma das poucas coisas que se salva desse trabalho é fotografia, o tom do filme e as ambientações. A parte visual é o que dá um respiro esse trabalho... Porém nela também é onde a gente encontra uma das coisas mais inacreditáveis do projeto: A caracterização do Apocalipse. O visual do vilão desse filme é uma das coisas mais ridículas que a gente poderia ver. A maquiagem é simplesmente horrível. O vilão na verdade é péssimo em todos os sentidos. Os diálogos dele são ruins, os argumentos dele são pífios, e ele não funciona em tela.
Além do apocalipse, quase todos os personagens ali foram utilizando de maneira péssima. Com destaque para a mistica, que foi totalmente refém de sua interprete. O único personagem que tem uma cena proveitosa é o Mércurio. Mas só foi isso, pois o resto do tempo de tela dele é usado para tentar desenvolver um arco dramático que não tinha necessidade.
O elenco recorrente desses três filmes da nova geração conta com uma galera que na minha opinião entregou bem seus mutantes. O James McAvoy (Fragmentado) é o Charles Xavier, O Michael Fassbender (300) é o Magneto, a Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes) é a Mistica, o Nicholas Hoult (Mad Max: Estrada da fúria) é o Fera, a Rose Byrne (Troia) é a Moira MacTaggert, o Evan Peters (Pose) é o Mércurio, o Lucas Till (MacGyver) é o Destrutor, a Sophie Turner (Game Of Thrones) é a Jean Grey, o Tye Sheridan (Jogador Nº 1) é o Ciclope, e a Alexandra Shipp (Com amor, Simon) é Tempestade.
Bom jovens, amanhã chega aos cinemas de todo o Brasil o último filme dessa franquia que será chamado de X-men: Fênix Negra. Assim que possível voltaremos aqui e falaremos tudo sobre esse ultimo longa da FOX carregando esse titulo tão amado por nós.
Comentários