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Foto do escritorIury D'avila

Análise: ELITE (1ª Temporada)

Atualizado: 13 de ago. de 2019



Nesse mês de outubro saiu pela Netflix uma das series mais badaladas do segundo semestre de 2018. Trazendo três nomes conhecidos de uma das series mais comentadas do primeiro semestres, a famosíssima La casa de Papel, a nova produção espanhola do serviço de streaming traz uma trama instigante e que encerra sua primeira temporada com guanchos muito promissores para sua continuação. Pois é jovens, finalmente saiu... Esta na hora da análise da primeira temporada de Elite.


A gente poderia começar a falar da produção por mil pontos diferentes, mas acho que um trabalho que foi feito por dois rapazes que entendem muito de escrita deve ser destacado em seu ponto mais forte: O roteiro. A trama de Elite é simplesmente um circulo fechado, sem mirabolâncias e sem questões que não tem respostas. Todas as acoes e todas as portas que se abrem, sempre encontra seu destino ao final da temporada e deixa pontas especificas abertas para uma eventual continuação.


A trama que conta o mistério por traz do assassinato de Marina Nunier, define durante todo o processo de criação dos personagens, características que deixassem claro que todos os envolvidos na trama tivesse motivo para tal ato. E dentro desse contexto, o ponto que prova o poder desse roteiro, é quando você descobre o verdadeiro assassino. Ao chegar na cena derradeira, você tem uma visão aberta e clara que todos ali tenham motivos direto para matar a Marina...Menos um... E é justamente desse personagem, com seu arco secundário que rola durante toda a serie, que surge o motivo mais relevante para a morte da garota. O roteiro de Elite, as construções dos personagens, os diálogos no tribunal entregando fatos relevantes para o caminhar da serie, tudo se sobressai com tanta firmeza que a trama da história se torna maior do que qualquer outro ponto da produção.


As cenas do tribunal são conversas repentinas que aparece de vez em quando no meio de algumas cenas para sempre jogar um motivo que acuse algum personagem do assassinato. Usando a própria La casa de papel como exemplo, podemos comparar essas cenas do tribunal com as cenas que o professor passa instruções para os assaltantes. Ambas são estrategias de roteiro para explicar melhor um pouco mais trama...A questão é que em Elite, essa função é usada de maneira bem mais eficiente. Enquanto em La casa de papel as explicações são apresentadas previamente a cena em questão que será usada aquele dialogo, em Elite, muitas vezes essas conversas não tem nada relacionado com episodio, ele apenas solta referências do que você pode encontrar no futuro da serie, e quando a cena finalmente acontece, você percebe a genialidade por traz daquilo tudo.


O elenco de Elite traz uma galera muito boa que vai ter um futuro brilhante pela frente. Toda a base do elenco principal é jovem e muitos deles desconhecidos pelo público. Os três nomes mais famosos são com certeza a galera que veio de La casa de papel, o Miguel Herrán que faz genialmente o icônico Christian Varela, o Jaime Lorente que interpreta o Nano, e a María Pedraza que na minha opinião é a melhor atriz da serie disparada, faz a protagonista Marina Munier. Junto da María, ela divide o protagonismo com o Itzan Escamilla que faz o ingenuo Samuel.  Além disso o elenco conta com o Álvaro Rico interpretando o corno Pólo, o Arón Piper fazendo o Ander, a Mina El Hammani vive a incrível Nadia, a belíssima Ester Expósito traz a Carla, o Omar Ayuso da vida ao seu xará Omar Shana, e fechando a lista a Danna Paola que é já é um nome conhecido no México e um pouco aqui na America do sul, vem vivendo Lucrecia na serie. Todos os atores tem seu momento de destaque, todos conseguem ficar acima da média e com certeza a gente vai ouvir muitos de ambos os garotos em trabalhos futuros.


A direção da serie é outro show a parte, trazendo bastante variações como cenas em câmera lenta, flashes e transições bem articuladas, o resultado final da uma sacudida no muito do mesmo que a gente vê por ai. Além do mais, a gente vê um arsenal de planos tipico de colégios em filmes americanos, e assim eles dão uma "hollywoodzada" no que se esperava ser um trabalho mais contido.


Fora tudo isso, a gente ainda tem uma serie que trabalha temas polêmicos como controle religioso dos pais, homossexualidade nesse contexto religioso e fetiches. O roteiro sempre tenta colocar seus personagens em situações provocantes para aumentar a empatia do público pelo próprio.


Elite é uma serie que veio com tudo e já quebrou a porta em sua primeira temporada. Com certeza terá uma continuação, pois ainda tem muita trama para ser explorada. Porém esperem sentados, pois o futuro desse sucesso a gente só vai descobrir agora em 2019.

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