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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Missão no Mar Vermelho (2019)


Depois que terminaram as gravações do maior filme de todos os tempo em bilheteria, os atores de Vingadores: Ultimato obviamente migraram para outros projetos. A gente já pôde ver o Anthony Mackie e a Pom Klementieff em Black Mirror, o Chris Hemsworth e a Tessa Thompson em MIB e estamos perto de ver o Benedict Cumberbach em um filme chamado 1917. Porém de todas essas produções, a mais recente saiu a algumas semanas e chamou atenção por ser protagonizada nada mais nada menos que pelo Chris Evans. Por isso jovens, se preparem que hoje é dia de falarmos sobre Missão no Mar Vermelho.


Antes de mais nada clã, é importante avisar para vocês que essa história contada no longa é baseada em fatos reais e por isso precisamos ambientar um pouco nosso público sobre esse evento histórico. O fato é que a região africana do nosso planeta sofre com terrorismo, repressão e guerra a muito tempo. Aos poucos algumas questões vão se resolvendo, porém tudo ainda é bem complicado em alguns dos países de lá. Nas últimas décadas a Etiópia é um desses países, onde a população sofre muita repressão, o que ocasiona em tentativas de imigração da população para outros territórios. Já nos anos 80 ocorriam missões de imigrações e umas dessas missões que contou com a colaboração dos Israelense e dos americanos, ficou marcada pela ousadia dos envolvidos, já que o risco de fracasso era algo frequente. Essa plano foi tão corajoso e tão bem traçado, que foi adaptado para um longa-metragem que foi lançado na Netflix agora no fim de julho.


O enredo do filme, que é a trama da vida real, basicamente nos conta que um Israelense chamado Ari Levinson com a ajuda principalmente de um Etíope chamado Kabede, trabalha removendo as pessoas de zonas perigosas da Etiópia. Quando Ari é chamado de volta para casa, ele acaba bolando um arriscado plano para retirar os remanescente do pais em crise e leva-los para Israel. Com a ajuda de uma equipe nada convivente, mas eficiente, Ari aluga um hotel abandonado numa praia Etíope e usa esse negocio de fachada para assim conseguir tirar os inocentes daquele ambiente hostil.


Bom jovens, a primeira coisa que a gente pode comentar sobre esse projeto é direção. Quem comanda esse longa é um cara chamado Gideon Raff e ele tem umas qualidades que eu sinceramente gosto bastante. A primeira sem duvida é a montagem do filme. o Gideon consegue eficientemente montar o seu trabalho de maneira muito inteligente, interligando situações da maneira mais natural possível. Além disso ele consegue manter um padrão visual entre cenas, e faz umas transições que funciona muito bem.


A direção do filme no geral é uma coisa muito bem feita, porém especificamente na direção de personagens a gente precisa dar um destaque, já que eu acho que ele consegue comandar muito bem os arcos dos protagonistas e também os detalhes que formam a personalidade de cada um. Eu gosto como o diretor trabalha em cima dos pontos fortes desse elenco incrível, e junto de uma trilha sonora legal, a gente consegue sentir bem o clima do trabalho.


O roteiro tem dois aspectos que são fundamentais nesse filme. O primeiro é voltado justamente para a dramatização que a trama aplica na história original. Obviamente deve ter sido muito tenso todo aquela situação, e a gente sente isso na pele, porém houve obviamente uma série de cenas eletrizantes que foram adaptadas para caber melhor no filme. Eu não posso confirmar exatamente que cenas foram essas, mas com o caminhar do filme, é perceptível que pode ter havido um certo exagero dramático (como é comum). O fato é que essas cenas bem eletrizantes não me incomodaram, e em certos momentos ate me lembraram Argo, dramaticamente falando.


Outra coisa que é muito legal no roteiro são as controvérsias que ele mesmo se aplica. Isso também haver com a montagem, porém funciona dentro do roteiro. No resumo a gente pode explicar dizendo que o filme sabe que tem muita coisa ali que foi surreal ate para vida real, sabe que é uma missão suicida e que provavelmente não daria certo. Então dentro desse contexto, o roteiro aplica frequentemente cenas de negação, onde alguém afirma que algo não vai dar certo, mas na cena seguinte aparece esse evento acontecendo. Isso é uma característica muito boa, pois cria uma montagem divertida, cria um roteiro mais esperto e aproveita para brincar com o próprio longa.


No geral, eu gosto bastante de filmes de resgate, envolvendo guerras, envolvendo a africa e etc. No caso de Missão no Mar Vermelho, eu acho que eles entregam, tem uma história redondinha, tem uma trama bem eletrizante e graças aos fatores citados, tudo cai bem em tela.


Falando agora dos personagens, eu gosto bastante desse grupo escolhido para protagonizar o filme, pois eles, graças ao trabalho do diretor, conseguem entregar aquele sentimento de Team-Up. Eles são uma equipe, cada um tem uma habilidades, mas juntos, dada as proporções, parecem desajustados que viram heróis. Todos são bem tratados, todo mundo tem seu momento ali, todo mundo tem um certo respeito e eu acho que funciona bem o grupo.


Finalizando, eu acho que temos que falar da edição de som que é algo maravilhoso. Existe muitas cenas em que o som ambiente é utilizado em sincronia com a trilha sonora, existe cenas que o som ambiente é usado como trilha, e existe momentos que a trilha sonora conversa com o filme dramaticamente falando e literalmente falando. Então eu considero essa edição de som ótima e que ajuda demais no crescimento do longa.


O elenco vem com uma galera bem interessante para esse trabalho da Netflix. O Chris Evans (Vingadores: Ultimato) é o Ari, o Michael K. Williams (The Wire) é o Kabede, o Greg Kinnear (Melhor é impossível) é o Walton, o Michiel Huisman (Game of Thrones) é o Jake, o Alessandro Nivola (A outra face) é o Sammy, o Alex Hassell (The Isle) é o Max, a Haley Bennett (Marley e Eu) é a Rachel, o Ben Kingsley (Homem de ferro 3) é o Ethan, e o Chris Chalk (Gotham) é o Abdel Ahmed.


Bom jovens, como todos sabem, o Evans estava meio saturado de filmes de heróis e queria fazer uns trabalhados mais variados. Nesse longa ele se mostrou confortável no papel, parecia se divertir e por isso nós ficamos felizes por ele. No geral, esse é um filme legal, não muito diferente de muitas obras de resgate que a gente viu, mas vale você dar uma chance para Missão no Mar Vermelho.

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