top of page
Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: Marley e Eu (2008)


Filmes de cachorros formam uma das categorias cinematográficas mais amadas pelo grande público. Ver um longa protagonizado por um animal, e mais especificamente cachorro é sempre emocionante, principalmente pela relação que nós humanos temos com esse animal. Seja pela identificação, seja pelo amor, seja pela fofura, não importa. O fato é que esses trabalhos sempre chamam a atenção e criam uma legião de fãs. Uma das maiores referências desse gênero de filme foi lançado em 2008, e ficou muito conhecido por partir o coração dos amantes de animais. E é justamente esse trabalho do qual nós falaremos hoje. Por isso jovens, peguem seus pets e se preparem que hoje é dia de Marley e Eu.


Bom clã, antes de mais nada, como sempre, é bom nós darmos algumas informações que vocês precisam saber sobre essa obra. Marley e Eu é um filme inspirado em um livro de mesmo nome que foi escrito por um cara chamado John Grogan. Esse autor escreveu essa história baseado em fatos reais da vida dele, contando a sua trajetória de vida junto com seu cachorro Marley durante mais de uma década da sua vida. Esse Best Seller virou um fenômeno e em 2008 ganhou uma versão cinematográfica, usando uma certa meta-linguagem onde o próprio protagonista é o John Grogan e ele conta sua história baseado nos fatos reais que ele colocou no livro.


O enredo resumidamente nos conta que um casal, após se casarem, resolvem adotar um cachorro antes de terem a experiencia de terem o filho. Mas tudo começa a girar na vida da dupla, quando eles descobrem que Marley é o mais travesso dos cachorros já existente no mundo. Marley é um cachorro totalmente desobediente, descontrolado e destrutível. Mas mesmo como esses defeitos, o casal não perde o amor por ele, e um família é formada através desse animal que o ganhou o coração dos Grogan.


Acho que a primeira coisa interessante a se falar é justamente a meta-linguagem do filme. Como eu já falei, o livro é escrito por John Grogan, narrando a história de sua vida, além de que obviamente o filme também é protagonizado pelo próprio. E dentro do longa é visível ver algumas referências e algumas citações a esse livro durante sua construção narrativa. Fica subentendido na história que além do crescimento da família com o Marley, também existe o crescimento do personagem em relação a vida real para um dia escrever o livro que geraria esse filme. É um meta-linguagem aplicada de maneira bem linda e eficiente que narrativamente funciona muito bem.


Esse trabalho foi dirigido por um cara chamado David Frankel, que quando fez Marley e Eu já tinha sucessos na bagagem como por exemplo O Diabo veste Prada. E acho que os principais pontos forte do diretor nesse trabalho é a condução do ritmo do filme e a direção de personagens. No primeiro aspecto que é a velocidade, eu acho que ele consegue administrar o filme num ritmo bem saudável, consegue fazer o passar dos anos parecer bem natural, consegue deixar o filme correr soltos pelos fatos, não tem tanta barriga, é tudo bem objetivo e ao mesmo tempo dramaticamente emocionante. Além disso tudo eu adoro como ele evolui os personagens e como trata com respeito o crescimento de cada um. Acho que o filme é bem redondinho, e a direção ajudou muito, já que você precisava passar uma década em duas horas... E o David conseguiu solucionar bem essa questão entregando uma evolução simples e que funciona.


Falando do visual do filme, eu gosto desse trabalho também porque apesar dele não ter uma fotografia poderosa, existe cenas que são muito bonitas. Seja porque são bem filmadas, seja por conta da montagem ou seja por filtro, existe momentos bem bonitos que funciona. O David também conseguiu entregar muito bem esse aspecto visual.


Falando um pouco dos personagens, eu acho de coração que o Marley é quem consegue fazer toda a dinâmica do filme dar tão certo. É verídico que foi utilizado vários cachorros no filme? É, obviamente. Mas... O fato de todos serem bem treinados, ajuda muito em tela e você aceita qualquer coisa que é imposto. A dinâmica do casal principal é legal, mas não é perfeita, e por conta do Marley essa união fica mais estável e você aceita melhor aquela interação. Eu acho que conforme o filme foi sendo gravado, os atores entenderam melhor seus personagens e cresceram junto com eles, sendo o terceiro ato o mais emocionante de todos com a melhor performance do elenco.


Por ser adaptado de um livro, o roteiro já tinha um caminho certo para trilhar, porém independente disso, a gente precisa dizer, e repetir, que esse trabalho é completamente redondinho e entrega sua trama sem muitas barreiras. É uma história bem objetiva, que tem drama, que tem humor e que tem romance. Apesar de ser um filme bem parado, ele é divertido, principalmente por conta de todo o arco do Marley com o o John e por conta do drama familiar do casal protagonista. Além disso, por ter um desenho narrativo semelhante a vida real e semelhante a jornada de vida de pessoas, tudo se torna bem mais aceitável pelo público, que vê o seu reflexo em tela.


Eu gosto bastante dos diálogos desse filme, pois eles são recheados de frases bem encaixadas que te puxam aquele sorrisinho de canto de boca. Muitas vezes parece clichê algumas conversas do filme, mas é um tipo de clichê que conversa bem com o longa é se torna algo bem pessoal do trabalho. Então mesmo sendo algo comum em outros filmes, como é apresentado aqui fica suave e bem aceitável.


Além de tudo isso que a gente falou, esse longa também é muito interessante  por conta da sua versátil trilha sonora. Um filme que vai de um tom alegre para algo totalmente triste, precisa de uma trilha tão versátil quanto... E realmente isso acontece. Fora a canção original que é linda, o resto da trilha também funciona muito bem e as canções conversam com a gente de maneira bem sutil.


O elenco traz uma galera bem legal, que alguns hoje em dia são grandes nomes do cinema. O Owen Wilson (Extraordinário) é o John Grogan, a Jennifer Aniston (Friends) é a Jennifer Grogan, o Eric Dane (Grey's Anatomy) é o Sebastian, o Alan Arkin (Argo) é o Arnie, e a Haley Bennett (O protetor) é a Lisa.


Bom jovens, Marley & Eu foi um grande sucesso e ate hoje é um dos filmes de cachorro mais populares entre o grande público. E amanhã, a FOX, produtora desse trabalho, volta ao cinema trazendo outro filme focado em outro cachorro. Por isso jovens, se preparem pois ainda não acabou a semana dos animais, já que amanhã voltaremos aqui para a análise de Meu Amigo Enzo.

0 comentário

Comments


bottom of page