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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: O senhor das moscas (1990)

Atualizado: 11 de ago. de 2019



Tudo bem clã? Hoje venho especialmente trazer para vocês um clássico do cinema que é obrigatório em muitas interações escolares. O senhor das moscas traz uma visão filosófica e realista do instinto natural de sobrevivência humana. É um filme bem complexo que nós vamos tentar destrinchar na análise de hoje.


Um detalhe importante antes de começar é que aqui eu não vou tentar fazer uma análise filosófica do filme, pois não tenho essa prioridade e não faz jus ao nosso objetivo. Hoje eu vou apresentar para vocês a minha visão cinematografia desse clássico dos anos 90.


Sendo essa sua segunda adaptação, a versão mais recente de senhor das moscas não hesita em mostrar a brutalidade de maneira clara em sua mensagem. O filme segue um padrão de sempre deixar o telespectador aflito colocando os personagens em situações desconfortantes. Por mais que muitas vezes pareça banais, os conflitos enfrentados pelos garotos tem um peso dramático quando você se associa ao aspecto de que esta visualizando crianças passando por aquela circunstancia. Na verdade o filme tem o instinto natural de remeter a situações e escolhas que adultos tomariam. O protagonista Ralph (Balthazar Getty) é o que melhor apresenta esse conceito. Na verdade ele se destaca dos outros garotos dentro e fora da trama justamente por esse aspecto. Em certo momento da história um personagem ate faz uma referencia a esse quesito que é tão relevante para o Ralph.


O filme começa com um grupo de estudantes caindo no mar junto com destroços do avião que estavam. Liderados por Ralph, os jovens criam uma assembleia onde tentam definir como vão sobreviver. Visivelmente nem todos queriam colaborar com o sistema, por isso logo alguns garotos liderados por Jack (Chris Furrh) começam a se rebelar e montam seu próprio acampamento. A questão principal  é que logo todos os jovens começam a fazer parte do grupo rebelde e abandonam o lado de Ralph. Apenas um garoto chamado Piggy (Danuel Pipoly) seguiu sendo contra o grupo comandado por Jack por conta do Bullyng praticado contra seu peso e seu nome.


O destaque de atuação desse filme vai sem duvida para o Pipoly. O rapaz fez uma performance incrível que lhe rendeu indicações de melhor ator coadjuvante. Já o resto do elenco não é tão qualificado e muitas vezes não passam o peso necessário para cena. Balthazar e Chris por serem os principais conseguem ir bem em seus respectivos personagens, mas os outros atores ficam um nível abaixo dos três já citados. A direção abusa muito bem dos elementos ao seu redor. Com apenas um cenário, eles precisaram ser criativos para não deixar as cenas repetitivas. O roteiro se baseia e tenta seguir apenas a temática do livro original William Golding, porém altera algumas partes da trama com o intuito justamente de deixar a historia um pouco menos complexa em seu total para o cinema. Claramente a mensagem foi passada com exito, mas o Harry Hook, diretor do longa, precisou fazer adaptações nas personalidades para garantir um enredo mais coeso.


O senhor das moscas é um filme intenso que te prende do inicio ao fim. Mesmo com pequenos furos no roteiro, se você focar no lado filosófico da mensagem com certeza terá uma experiencia bem interessante acompanhando o belíssimo plot final do filme.

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