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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô - Pelé: O nascimento de uma lenda (2017)

Atualizado: 19 de ago. de 2019



Uma das nossas maiores paixões nacional com certeza é o futebol. Esse esporte que vive na alma de Brasileiro, atualmente anda meio cambaleando por decepções continuas que vem acontecendo no nosso tão querido Brasil. Mas o ponto é que já tivemos muitos momentos de glorias, o nosso futebol já foi um ouro raro e respeitado no mundo todo. A famosa ginga Brasileira foi a principal responsável por grandes conquistas para o nosso país. O nossa pátria com o tempo foi recebendo o titulo de país do futebol, e muito disso se deve a um homem, considerando ate hoje o melhor jogador da história: Edson Arantes do Nascimento, ou como é mais conhecido "Pelé". Hoje vamos explicar um pouco sobre o filme da sua vida e ver como a lenda saiu dos campos para as telonas.


O nascimento de uma lenda por incrível que pareça não é um filme nacional. Muita gente assiste o longa, vê o Brasil, vê os clubes brasileiros, a seleção, o elenco cheio de atores nacionais e acha que é um trabalho nosso, mas acreditem, é uma produção americana. E não é muito difícil de perceber isso, principalmente porque originalmente o filme obviamente é em inglês. Como provavelmente muitos de vocês devem ter visto dublado, essa percepção pode ter criado uma duvida, mas ela é uma produção americana importada para o Brasil. A seleção de elenco foi toda feita aqui, boa parte das filmagens também e a previsão de lançamento seria em junho de 2014 por conta da copa do mundo. Porém por problemas da marca que envolvia distribuição, o longa foi adiado mais de duas vezes e acabou sendo lançado apenas em 2017.


A trama basicamente conta a história da vida do Pelé. A narrativa vai desde a sua infância, quando ele era um garoto em Bauru e só jogava bola com seus amigos na rua, ate a final da copa de 1958 quando o Brasil foi pela primeira vez campeão do mundo, tirando finalmente as magoas da copa de 1950 onde a nossa seleção tinha perdido o titulo em casa.


Os diretores desse trabalho são caras especialistas em retratar histórias da vida real de maneira cinematográfica. Antes do filmes do Pelé, os irmãos Michael Zimbalist e jeff zimbalist já tinham feito por exemplo um trabalho sobre a vida de Pablo Escobar, além de vários outros documentários. Recentemente eles próprios fizeram um filme documentário sobre a tragedia da Chapecoense que aconteceu em 2016. Os irmãos Zimbalist estavam totalmente na sua zona de conforto e fizeram o filme apenas com elementos que são características próprias dos seus trabalhos. A maior de todas elas é tratar o projeto com mais respeito a história real do que as regras de cinema. O filme do Pelé não é montado de forma que a trama gire em torno dos atos, e sim os atos giram em torno do que a história da vida do jogador pode proporcionar para o enredo. O filme é mais focado em transmitir a vida do Pelé, do que agradar seguindo arrisca uma cartilha de roteiro.


E esse modo de fazer um longa, deixando o que seria normalmente principal por debaixo dos panos não é uma coisa ruim, e sim uma estrategia muito eficiente principalmente quando se é feito com certeza do objetivo. O roteiro adentra em pontos da trama que são totalmente irrelevantes, o longa gasta uma parte do tempo desenvolvendo arcos ate terciários que não vão levar a lugar a nenhum... Mas como são importantes na vida pessoal do Pelé, foi relevante considerando julgar o roteiro como se fosse um documentário. A trama corre de maneira mais lenta em alguns momentos, e voa em outros. A linha do tempo é desprezível nesse caso, já que a história se passa em oito anos, e o crescimento dos personagens vem muito de motivações que tem uma mensagem bem forte, porém parece exagerada com o objetivo de ser uma solução de roteiro. Mesmo assim, a trama é bem pé no chão e desliza apenas quando tenta enfeitar situações demais, principalmente no primeiro ato.


O elenco traz uma galera nacional que da orgulho de ver na tela. Leonardo de Lima Carvalho é o garoto que faz o Pelé quando é criança. Kevin de Paula é o responsável por fazer o nosso rei na adolescência. O Vincent D'Onofrio (Demolidor) é um dos gringos do elenco, e ele faz o Feola. Seu Jorge (Abe) nosso querido musico também faz parte do elenco, ele faz o pai do Pelé, o Dondinho. O grande Diego Boneta (Rebeldes) é quem vive o Jose Altafini, principal rival de Pelé. O Felipe Simas (Na quebrada) é mais um conterrâneo nosso que esta no filme, ele vive o Garrincha. E fechando o elenco temos a Mariana Nunes (Carcereiros) que vive a mãe do Pelé, a Lucia.


A cinebiografia do rei do futebol saiu exatamente da maneira que deveria ser feita. Não foi uma superprodução, mas foi na simplicidade, muitas vezes ate intencional que permitiu a criação de todo o clima o qual o filme é cercado. O longa do Pelé é algo especial principalmente para os Brasileiros. O sentimento de acompanhar essa história é o que mais vale a pena. Como Brasileiro, ser 100% imparcial numa análise do filme do Pelé é quase impossível... Mas falar com o coração as vezes é necessário. Esse é um filme que nem todo mundo pode se interessar, tem um público mais nichado e etc... Mas para quem é Brasileiro, pode ser interessante dar uma olhada e ver finalmente o filme do Pelé.

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