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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: Show de Vizinha (2004)



Não é novidade para ninguém que gerações sempre são marcadas por filmes que introduzem o pessoal que está na adolescência no mundo adulto. A galera que passou por esse período lá em 2004 teve a sorte de presenciar no auge um dos filmes mais sensacionais que colabora com esse feito dentro do mundo cinematográfico. Hoje a análise retrô é totalmente nostálgica, trazendo um dos longas mais inesquecíveis dos últimos 20 anos. Pois é pessoal, hoje é dia de Show de Vizinha.


Antes de mais nada, vamos falar um pouco sobre o que é esse trabalho e o quanto ele é marcante no contexto geral. The Girl Next Door trouxe um projeto que aproveitava muitos elementos de filmes que faziam sucesso naquela época, trazendo esses conceitos da maneira mais ousada possível. A formula mais pessoal que esse filme apresentou é tão boa, que ela foi utilizada por vários outros longas lá na frente, e todos tinham o objetivo de tentar transmitir a mesma sensação ou alguma semelhante. Basicamente esse longa joga em tela uma das atrizes mais lindas daquela geração, interagindo com um ator ate aquele momento não tão relevante, arranja os dois em extremos e faz eles interagirem em uma relação que o domínio feminino controla tudo através da beleza e poder da personagem principal. Normalmente os filmes que exploram um garoto mais retraído tentando ganhar uma menina "acima do seu nível", segue uma trajetória padrão, que não é o caso desse filme. Show de Vizinha quebra o que a gente vê normalmente em filmes de comédia que abordam esse tema e constrói sua própria narrativa tratando situações com uma visão que muita gente compartilha, mas que é tão divagada por ai.


O roteiro conta a história de Matthew Kidman, um jovem garoto de 18 anos que descobre que sua nova vizinha é uma moça incrivelmente encantadora chamada Danielle. O garoto eventualmente se apaixona pela jovem e ela então tenta corresponder esse sentimento. As coisas começam a se enrolar quando Matthew acaba descobrindo que Danielle é um atriz porno e agora que ele estava muito próximo dela, o moleque precisava saber como lhe dar com essa nova situação.


O roteiro do filme, como eu já falei, segue sua própria linha pessoal de narrativa, não se baseando em outros sucessos de mesma época que traziam uma proposta semelhante. No caso de Show de Vizinha, o roteiro ainda é mais interessante, pois ele sempre cria situações onde o poder da Danielle sobre o Matthew é exposto de maneira convivente. Além disso, você também tem o arco dos dois personagens principais, que apesar de evoluir muito rápido, funciona bem, principalmente por conta dos atores que conseguem ganhar o público. O problema do roteiro que a gente pode abordar aqui, fica sendo a complexidade da história, que em momentos enrola mais do que deveria para entregar argumentos simples. Independente disso e no geral a história funciona e agrada.


A direção desse longa é feita por um cara que praticamente ganhou sua carreira com esse filme. Apesar de não ter feito um trabalho incrível, o Luke Greenfield entrega uma direção bem característica da época. Apesar do filme hoje em dia parecer totalmente datado, naquela época era bem interessante o modo como ele filmava. Assim como outros aspectos, a direção também valoriza muito a Danielle, e é mais um artificio utilizado para colocar a moça num pedestal, e assim atingir o clima desejado para o filme.


Os personagens e a interação entre eles é uma das coisas que mais me agrada no longa. Eu acho todo o núcleo central bem conduzido e gosto muito da galera de apoio. Todo mundo ali trabalha em função do proposito base e no final geral consegue entregar bem. No geral as dinâmicas são legais e agregam mais ainda a tudo que foi construído.


O elenco traz um pessoal muito bom, e alguns atores dessa turma, hoje em dia são grandes nomes do mercado. O Emile Hirsch (Na natureza Selvagem) é o Matthew, a Elisha Cuthbert (A casa de cera) é a Danielle, o Timothy Olyphant (Santa Clarita Died) é o Kelly, o James Remar (Dexter) é o Hugo Posh, o Chris Marquette (Lúcifer) é o Eli, e o Paul Dano (Vida Selvagem) é o Klitz.


Bom jovens, o longa de hoje carrega vários elementos que eu pessoalmente adoro. Tem uma história legal, um elenco bem montado, personagens bons, uma direção bem feita e principalmente um humor acido bem feito. Porém de todas as características, o que me mais me agradou foi um momento especifico, um momento que eu sempre valorizo quando acontece no filme... O momento quando o próprio longa se referencia. Nesse caso o trabalho foi tão bem feito que o arrepio é instantâneo quando o Matthew solta a grande frase: "The Girl Next Door".

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