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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Turma da Mônica - Laços (2019)


Você já ouviu falar em um rapaz chamado Mauricio de Sousa? Provavelmente sim. Mas caso não tenha familiaridade com esse cidadão, saiba que ele é simplesmente o criador de vários personagens que fizeram parte da sua infância (Independente de qual seja sua geração). Mauricio, durante décadas criou várias histórias em cima de um grupo de amigos que marcou a vida de muita gente. Essa turma ganhou um live action que chegou hoje aos cinemas e com muito orgulho nos iremos analisar esse trabalho. Por isso jovens, se preparem que hoje é dia de Turma da Mônica - Laços.


Bom galerinha, como sempre é muito importante a gente ficar ciente da base da qual esse longa que nós iremos falar se originalizou. No geral, eu acho desnecessário apresentar os quadrinhos, já eles são praticamente cultura no nosso pais.... Mas vale falar da importância desse projeto, da grandiosidade e do amor com o qual esse trabalho foi feito. Desde a confirmação do longa, desde a escolha de elenco, desde o preparo do roteiro, tudo teve um carinho, tudo teve um coração tão grande que o resultado não poderia ser diferente. O filme da Turma da Mônica é simplesmente uma dose de amor que você vai receber, e todo o sentimento é duplicado após a percepção de que esse trabalho é praticamente um desenho feito a mão do Mauricio de Sousa passado para a tela.


O enredo conta que o cachorro de um jovem chamado Cebolinha acaba desaparecendo e o garoto não faz a menor ideia do que aconteceu com o Floquinho. Então Mônica, Magali e Cascão resolvem se unir a Cebolinha para irem em busca do Floquinho, e traze-lo para casa independente dos perigos que eles possam encontrar pela frente.


A gente já falou que coração e carinho são a essência desse filme, não foi? E isso fica muito claro principalmente na assinatura do trabalho. Já foi dito em outras análises aqui do Sessão Cinema que o Brasil tem uma assinatura própria de filmes que segue um padrão comum da nossa terra. No caso de Laços, o padrão parece bem mais com o modelo mundial de filmes. Apesar do orçamento não ser gigante (e nem precisava ser), laços consegue entregar um trabalho de qualidade visual e auditiva que é muito satisfatório. A assinatura desse trabalho é bem forte e consegue ate se avaliar bem comparado ao que o mercado está oferecendo na atualidade.


Outro fato que corrobora com essa assinatura ótima, é a direção do Daniel Rezende. Esse cara é um puta diretor, ele já tinha comandado Bingo, tinha mandando muito bem lá, e aqui ele também consegue entregar um trabalho ótimo. O Mais legal de tudo é que o Daniel filma com uma maestria tão boa, que ate cenas mais simples ficam interessantes em tela. Ele sabe pegar a essência de personagens, sabe construir cenas, e principalmente sabe respeitar a linguagem dos quadrinhos e traduzir isso para as telonas.


A gente também pode falar, e é importante ressaltar que Laços não tenta ser uma produção gigantesca. Com 10 Milhões de orçamento, eles conseguiram entregar um filme que corresponde ao objetivo proposto. Esse trabalho não tenta ousar e não tenta se sair daquilo que ele pode oferecer. Todo mundo sabia que não precisava de muito para o filme da Turma da Mônica nos tocar... E foi exatamente isso que aconteceu. Eles não quiseram sair da caixinha, fixaram o pé no chão e o resultado disso foi um trabalho tocante.


Juntando esse contexto todo que foi falado e fazendo um mesclado de todas essas características, o resultado da soma que a gente tem é um filme super divertido. De coração, eu acho que essa seja mesmo a melhor definição desse trabalho: DIVERSÃO. Você ri, você se empolga, você gosta, você fica confortável, você... Se diverte. Esse longa é todo redondinho, todo bonitinho, com muitas piadas legais, com um ritmo ótimo, e as horas gastas com ele no cinema valem muito a pena.


Uma coisa que eu gosto bastante desse roteiro de laços são os diálogos. Eu acho que eles conseguiram puxar muito da essência de cada personagem e desenvolver diálogos que conversam com todos estão em cena e também rola uma dinâmica interessante com o que está rolando em tela. E nesse quesito, mais uma vez a gente pode perceber o cuidado e o coração por traz desse trabalho para entregar interações que não são simples. Apesar dos quadrinhos serem fontes de inspirações, passar essas dinâmicas para as telonas não é fácil, porém os roteiristas conseguiram e mandaram muito bem nesse sentido.


Já falando das inspirações, o filme todo é um Easter Egg gigante dos quadrinhos. A todo momento aparece um dialogo, um uma cena ou um personagem que lembra muito algum quesito icônico que marcou a turma da Mônica em sua história. Além disso, eles usam bem os quadrinhos para construírem mais ainda os personagens e expandirem os arcos deles. Todos os quatro principais são muito bem dirigidos e todos eles são muito bem aproveitados, pois suas particularidades são utilizadas da melhor maneira possível a todo momento.


A caracterização desse trabalho é uma coisa MARAVILHOSA. A Mônica, a Magali, o Cebolinha e o Cascão estão MUITO fieis. É impressionante como eles conseguiram adaptar os atores e construir eles a imagem da turma. Outra ator que rouba muito a atenção é o Rodrigo Santoro em sua participação especial no filme. Ele que faz somente uma longa cena no trabalho, quando aparece, quebra tudo e arrasa em tela. A experiencia dele claramente pesa muito, mas em todo caso a performance dele é a mais incrível desse longa inteiro.


Como eu já afirmei, todos os quatro protagonistas estão muito bem em tela... Mas tem uma dinâmica especial que chama muita atenção. A Giulia e o Kevin que interpretam respectivamente a Mônica e o Cebolinha, tem uma dinâmica muito eficiente durante os três atos. É com certeza a relação que mais funciona dentre todas apresentadas. Obviamente que o roteiro ajuda na dinâmica dos dois, porém naturalmente você percebe que eles funcionam juntos e que a dupla dá certo.


A trilha Sonora também é um ponto muito forte. A playlist basicamente é composta por musicas conhecidas nacionalmente, por instrumentais agradáveis e por melodias infantis. E esse combo cria todo um clima agradável que favorece todos os pontos positivos que a gente já citou.


O elenco conta com uma galera, que apesar de ter ressalvas, na minha opinião mandou muito bem. A Giulia Benite faz uma ótima Mônica, o Kevin Vechiatto é o Cebolinha, a Laura Rauseo é a Magali, o Gabriel Moreira é o Cascão, o Rodrigo Santoro é o Louco, o Ravel Cabral é o Homem do saco, a Fafá Rennó é a Dona Cebola, o Paulo Vilhena é o Seu Cebola e a Monica Iozzi é a Luíza.


Bom jovens, realizamos um sonho, não é? A Turma da Mônica chegou hoje aos cinemas e pode acreditar... É uma experiencia maravilhosa. Não sei se existirá uma continuação, mas se acontecer...  Oque vocês achariam de um longa naquela versão adolescente da Turma da Mônica? Fala ai nos comentários!!!!

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