Próxima quinta-feira, dia 16 estreia nos cinemas de todo o Brasil John Wick 3: Parabellum. E para te preparar para esse trabalho, vamos analisar aqui no Sessão Cinema, hoje e amanhã, os dois filmes que antecederam essa que é uma das principais estreias da semana. Por isso meus amigos, peguem seus cachorros, coloquem ao seu lado, pois hoje é dia de John Wick: De volta ao jogo.
Bom jovens, antes de mais nada, é importante perguntar: Você já ouviu falar de John Wick? Provavelmente sim, mas se não conhece o personagem, é legal ficar por dentro. John não ficou conhecido só pelo sucesso de seus filmes, um conjunto de fatores tornou o personagem um dos mais adorados da atualidade. Além da boa produção, a motivação dele no primeiro filme e no posterior, gerou uma especie de afeto do público para com o personagem. Além disso, o titulo é protagonizado por nada mais nada menos que Keanu Reeves, ator que já tinha a simpatia do grande público pelos seus trabalhos anteriores e por eventos fatídicos que aconteceram em sua pessoal. Além dele, o elenco geral também é cheio de estrelas, o que ajudou mais ainda o filme a crescer no boca a boca. Em geral John Wick subiu para o sucesso através de uma escada comandada pela qualidade, pela simpatia e pelo peso dos envolvidos no projeto.
A trama apresenta um ex-assassino chamado John Wick, que entra em uma fase difícil da sua vida após o falecimento de sua esposa. Agora, solitário, John tenta se recuperar através da companhia de um cachorro que sua esposa lhe deixou antes da morte. Mas tudo vai por água a baixo novamente quando sua casa é assaltada e seu animal assassinado. Wick então resolve ir atrás dos responsáveis, resolvendo essa confusão do único jeito que ele conhece...
Falando primeiramente do personagem principal, é muito importante engrandecer o roteiro quando se trata da construção do nosso protagonista. Basicamente todo o arco do John segue coerente desde sua primeira cena, ate o desfecho final. As atitudes, as motivações e os argumentos usados para move-lo, são totalmente fieis a personalidade apresentada nos minutos iniciais. Além disso, vale ressaltar que o roteiro caminha em uma velocidade que respeita muito o reconhecimento do personagem. O arco do Wick funciona muito bem, e é um dos pontos altos do longa.
Ainda falando do roteiro, nós temos na verdade um ótimo trabalho geral de desenvolvimento dos personagens em tela. Todos os arcos giram em torno de um epicentro chamado John Wick, mas todo mundo tem seu momento e sua devida conclusão. As únicas pontas soltadas deixadas, são propositais para a eventual continuação que iria ter. Mas todo o caminhar dos personagens de apoio é bem conduzido.
Os diálogos por mais que sejam simples, são bem efetivos. O roteiro faz umas jogadas interessantes nas conversas, simplificando os diálogos, mas ao mesmo tempo entregando informações de maneira coesa e funcional em cena. Acontece alguns momentos que dois personagens estão em uma cena, não por acaso, mas somente para explicar alguma volta do roteiro. E muitas vezes, mesmo sendo raso, funciona, pois não soa forçado.
A direção tem um norte de qualidade que fica bem evidente no filme: A ação. O modo como o diretor Chad Stahelski filma as lutas, é tão fluido que parece real. John Wick se favorece muito dessa qualidade da coreografia, principalmente pelo fato do diretor sempre deixar bem claro que o protagonista não tem nada de surreal, ele é um humano comum que somente tem habilidades de combate e de tiro. Por isso essa qualidade da ação, sendo bem trabalhada com coreografias bem feitas, entrega um nível de suavidade em tela que raramente é atingida por outros trabalhos.
Outro aspecto que entra na conta do diretor é o visual do filme. Eu considero que do trabalho da galera do figurino, ate o filtro utilizado para as cenas, tudo tem uma coerência visual. O tom que ele usa para o filme comba muito bem, o modo que ele roda cenas mais "pé no chão" suavizando tudo mais ainda também funciona, os confrontos armados sempre tem uma pegada visual bem mais focada, tudo é muito bem conduzido.
A trilha sonora é mais um aspecto que me agrada nesse trabalho. As musicas entregam muito do clima e também acompanham bem aquele tom imposto pelo diretor. Elas Também ajuda no crescimento dos personagens e fluem de maneira ótima em meio as cenas importantes.
O elenco conta uma galera de muito peso. O Keanu Reeves (Matrix) é o John Wick, o Michael Nyqvist (Fúria em alto mar) é Viggo, o Alfie Owen-Allen (Game Of Thrones) é o Iosef, a Adrianne Palicki (Agentes da S.H.I.E.L.D) é a Miss Perkins, o Willem Dafoe (Aquaman) é o Marcus, o Ian McShane (Deuses Americanos) é o Winston, a Bridget Moynahan (Eu, Robô) é a Helen, e o John Leguizamo (Spawn) é o Aurelio.
Bom pessoal, John Wick apareceu para o mundo em 2014, mas não foi exatamente ai que ele ganhou toda sua popularidade. Em 2017 teve a continuação desse primeiro longa, sendo esse o filme que fez o personagem explodir mais ainda pelo mundo. Por isso amanhã se prepare, pois a análise vai trazer o segundo filme desse personagem grandioso chamado John Wick.
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