Sabe aquele filme que atriz/ator se encontra e se conecta com ele? Esse foi o caso de Emilia Clarke com "Me before you" ou "Como eu era antes de você" na versão brasileira. Sendo mais um longa adaptado de livro, esse filme traz um romance carregado de dramas pesados que precisam de certa cautela quando são abordados. Hoje vocês vão descobrir como Emilia Clarke se apaixonou da maneira mais sincera possível.
O enredo básico pode se resumir a uma jovem bem peculiar conhecida como Louisa Clark que precisa urgentemente arranjar um emprego para ajudar no sustento da casa. A melhor proposta aparece quando ela recebe a chance de se tornar cuidadora de um rapaz que ficou totalmente paralisado do pescoço para baixo após ser atingido por uma moto. Will Traynor pertencente de uma família muito bem sucedida, passa a viver em cima de uma cadeira de rodas após sua fatalidade. Quando Louisa entra em sua vida, as coisas começam a melhorar e conforme o tempo vai passando a convivência dos dois vai evoluindo, ate que a relação se torna superior a de um empregado e patrão.
O roteiro do filme não se sobressai de outros trabalhos já feitos por ai, o romance apresentado na história tem a mesma base de muitos clássicos do cinema. O fator diferencial nesse caso pode ser definido pelo conceito de um casal onde o homem tem um problema que o impede de ser "Livre" (tema esse que é abordado com profundidade durante toda a trama) e com isso pode se criar um tipo de relação que dificilmente é encontrada em filmes no geral, e ate mesmo nesse meio dramático. Além disso os arcos dos personagens, por serem totalmente inversos criam aquela ilusão do "Os opostos se atraem" e assim a simpatia pelo casal é montada em cima desse desleixo da convenção social que algo assim prega.
Outro ponto interessante do roteiro são os diálogos. Em um filme como esse, onde temos um personagem que se limita a falar, a função do roteirista em criar situações onde o dialogo fale mais alto, se torna algo totalmente relevante para o caminhar da história. Apesar do filme ter várias cenas onde ações são usadas para fazer a interação do Will, alguns textos são tão bens escritos que marcam mais do que muitas aparições mais ousadas dos protagonistas. Exemplos disso seriam as conversas sobre o filme francês com legenda, e a conversa sobre os looks da Louisa.
Outro detalhe muito legal é que a direção do filme anda muito lado a lado com o figurino do longa. As roupas da Louisa auxiliam muitas vezes a diretora (Thea Sharrock) no destaque visual que aquele plano precisa receber para dar impressão de um ambiente mais exuberante em contraste da situação crítica do Will. Em muitas cenas a divergência do visual dos dois, cria essa impressão de dois mundos diferentes, que é exatamente essa mensagem que o filme passa com elementos como a riqueza da família Traynor e os ambientes frequentados pelos personagens, o qual a maioria a Louisa nunca tinha ido.
A trilha sonora é um show a parte. Todas as musicas entram em momentos simbólicos da trama. O trabalho nesse aspecto do filme foi sensacional, todas as composições deram o tom perfeito para cada qual cena necessitava. O destaque obviamente fica com a musica oficial do filme "Photograph" do Ed Sheeran, que entrou quase no final do filme criando todo o clima que o longa precisava para o seu derradeiro fim.
Como sempre falamos do mais importante por último, o destaque dessa vez fica com a atuação, especificamente da Emilia Clarke. Confesso que ela como atriz já me decepcionou algumas vezes em Game Of Thrones e recentemente no filme do Han Solo (Mas ali nem a perfeição salvaria aquele filme), porém nesse trabalho ela se encontrou por completo. O quanto ela tava imersa dentro da Louisa, era algo de outro mundo. Inspirada totalmente, Emilia mandou o que sabe, e com certeza foi uma das suas melhores performances. Só não foi perfeita, pois ela ficou devendo um pouco na parte dramática. Problema esse que não é de hoje... O lado emocional dela pende mais forte para o foco da animação, mas quando precisa mostrar um pouco mais do seu lado sofrido, já não consegue transmitir tanta confiança.
Porém o filme não é só dela, outros grandes nomes fazem parte desse trabalho, além dela, o outro protagonista é o Sam Claflin (Vidas a deriva) que vai muito bem apenas utilizando as suas afeiçoes para atuar, coisa que é muito difícil. Outro nome importante, é uma cara que já trabalhou com a Emilia, Charles Dance (Game Of Thrones) faz nesse filme o pai do Will. Matthew Lewis (Harry Potter) fez o seu trabalho mais relevante depois que finalizou suas participações na saga de HP. Janet McTeer (Jessica Jones) traz uma ótima Camila Trayner, mae de Will. E finalizando o elenco principal, temos o Steve Peacocke (Hércules) que faz o Nathan, um enfermeiro que aparece recorrentemente para ajudar Louisa.
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