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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô - Steve Jobs (2016)

Atualizado: 13 de ago. de 2019



Aqui no Sessão Cinema já analisamos a vida de Steve Jobs mais ou menos ate 1984 no filme Piratas do vale do silício. E ontem no nosso instagram fizemos uma votação para escolher de quem o nosso público preferia saber mais: Bill gates ou o nosso vencedor Steve Jobs. Contudo eu decidi então falar sobre um filme que conta a trajetória do fundador da apple em sua vida após o período narrado em piratas do vale do silício. Por isso jovens esta na hora de acompanhar mais um pouco sobre a vida de Steve Jobs.


O filme que é protagonizando pelo incrível Michael Fassbender (X-men) mostra Steve em momentos cruciais de sua vida após a explosão do comercial que passou no super bowl onde ele anunciava seu novo computador chamado de "Macintosh". Porém o que mais de especial esse filme traz é o modo como o enredo e a história são conduzidos. Todos os três atos se passam em períodos de anos diferentes e praticamente todas as cenas acontecem nos bastidores pré apresentação de Steve Jobs anunciando um novo produto. Ou seja, todo o primeiro ato se passa antes de Steve subir no palco e falar sobre o Mac. O segundo ato rola todo enquanto ele se prepara para falar sobre seu novo computador focado para escolas na época onde trabalhava na sua empresa recém fundada "Next". E o terceiro ato se passa antes da revelação do "iMac". O que o diretor Danny Boyle tentou fazer com isso, foi mostrar os lados mais fortes e mais sensíveis que Steve carregava. Com um trabalho de roteiro muito pesado em cima dos diálogos, ele conseguiu conduzir toda a história partindo do principio humano que Steve obviamente tem, porém que não era visível. A evolução do personagem fica clara e subjetiva conforme os anos vão passando. Jobs nunca perdeu seu pior lado, mas com o passar dos tempos ele foi aprendendo a domar essa fera dentro de si. E o Fassbender traz essa alto redenção pessoal de maneira totalmente clara.


O modo como a história vai correndo pode incomodar algumas pessoas, porém pode agradar muitas outras. Esse é aquele tipo de filme que você precisa ter paciência para aprender e refletir qual a mensagem que o diretor quer te passar. Se você desgrudar um segundo da tela, essa ação pode comprometer muito do seu entendimento do filme e principalmente da linha temporal naquele momento.


Eu considero que o filme tem três clímax, três pontos importantíssimos do longa que são justamente os três finais de fase da vida de Steve. A última cena do primeiro ato é totalmente ligada com a cena final do filme. A cena final do segundo ato é o que explica mudanças de atitude do protagonista no momentos finais. É o plot final do primeiro ato é justamente o que desenrola o roteiro para a continuação da trama. Ambos os finais são momentos grandiosos do filme que muitas vezes referenciam a ele mesmo. Além disso todos os três arcos tem diálogos pesados e muitos desentediamentos com gritos e confusões. Em casos de outros longas, muitas vezes essas brigas acabam sendo finalizadas com alguma estrategia absurda de roteiro, porém nesse caso por se tratar de personagens muito bem trabalhados, todas as discussões tiveram argumentos plausíveis e todas elas acompanhadas de uma bela trilha sonora.


O elenco conta com o já citado Michael Fassbender, mas além dele ainda temos a Kate Winslet (Titanic) fazendo a importantíssima Joanna que carregaria fácil o filme nas costas se precisasse. Contamos também com o Seth Rogen (Superbad) interpretando o Steve Wozniak. E por último porém não mesmo importante Jeff Daniels (Godlles) que interpretou de maneira sensata o polemico John Sculley. Só deixando claro que todos eles, incluindo o elenco de apoio fizeram um trabalho maravilhoso. A entrega do grupo foi muito bem aproveitada e tivemos ai um resultado muito bom quando se trata do cast.


Creio que um dos pontos mais fortes do filme seja a caracterização dos personagens. O Fassbender em todos os momentos do filme esta idêntico ao Steve Jobs da vida real. O filme além das três fases temporais, ainda conta com flashbacks, ou seja... São quatros visuais diferentes e em todos os quatro você nota a diferença visual. O John Sculley e a Joanna são outros dois que tem seus personagens sempre sendo atualizados conforme o tempo vai passando. A filha do Steve é retratada no filme por duas garotas em fases diferentes. Porém essa que é um personagem muito relevante para a trama tem uma troca de visual brusca. Ela é apresentada inicialmente com seis anos e depois retorna com 19. A questão é que as atrizes Perla Haney-JardineRipley Sobo não são tão iguais... E isso acabou me incomodando um pouco. Outro fator que não me agradou no filme foi a iluminação que algumas vezes jogava uns efeitos de luz muito estranhos. Mas o ponto negativo que eu já citei aqui, pode ser aquele roteiro mais lento que dependendo de quem esteja assistindo pode ser considerado tedioso.


Mas enfim, Steve Jobs não é um filme ruim, ao contrario, é uma obra maravilhosa. Fica naquele meio termo de longas para se assistir quando se quer ver um trabalho mais cabeça.

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