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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô - Kong: A ilha da caveira (2017)


Ontem a gente fez a Análise do filme do Godzilla, longa esse que deu inicio a um universo compartilhado de grandes feras feito pela Warner. O segundo trabalho envolvendo esse universo será o nosso foco de hoje, dando assim continuidade a esse grandioso projeto das telonas. Por isso jovens, vão na cozinha, peguem algumas bananas, comam bem e se preparem pois hoje é dia de Kong: A ilha da caveira.


Bom meus amigos, King Kong é um dos personagens mais populares da história do cinema, e ate hoje é respeitado e considerado relevante por todos os públicos. Sua primeira aparição foi em um filme que leva seu nome, lançado em 1933. De lá pra cá tivemos algumas outras versões do gorila que expandiram seu universo particular. Mas no geral o trabalho mais revelante foi o longa de 2005 que re-adaptou a obra original. Em 2017 tivemos a mais recente versão desse personagem nas telonas, trazendo mais uma vez Kong em sua habitat natural, mas dessa vez com uma visão totalmente diferente do que já foi apresentado nos cinemas.


A trama basicamente conta a história de um grupo de pessoas, envolvendo principalmente militares e cientistas que embarcam em uma missão para desbravar um ilha nunca explorada pela humanidade. Após adentrarem no ambiente desconhecido,  eles acabam sendo surpreendidos por um gigantesco gorila e por feras nunca vistas antes. Agora o pessoal da missão precisa descobrir uma maneira de sair vivo da ilha sem deixar ninguém do grupo para traz.


A primeira coisa que a gente pode destacar desse trabalho é direção. O longa que é comandado pelo Jordan Vogt-Roberts é basicamente um espetáculo em tela. A direção criativa desse cara é impressionante. O Jordan sabe utilizar bem o efeito de câmera lenta, sabe aproveitar bem planos na vertical, consegue entregar bem os sentimentos dos personagens através das lentes, sabe criar bem um clima, sabe dirigir bem os atores, o cara simplesmente mandou muito bem em praticamente tudo e entregou um trabalho sublime.


Outra coisa muito boa é a parte visual do filme. Esteticamente falando esse longa é bem maravilhoso. A fotografia nem se fala, é muito linda em quase todos os momentos. As cores são bem vibrantes, são bem variadas e tudo é muito forte, claro e lindo. Ate as cenas de noite e no escuro, tem um certo brilho que funciona em tela. O lado visual desse trabalho com certeza é o maior ponto positivo.


Falando agora do roteiro, a história ela tem uma proposta ótima e tem um argumentos muito bom envolvendo a trama, porém.... Tudo acaba ficando meio perdido quando os roteiristas em muitas ocasiões tentam resolver os problemas apresentados no texto, com resposta simples em diálogos banais. Além disso, muitos argumentos de personagens principais são vazios e sem muita coerência. Com pequenos diálogos eles resolvem questões que deveriam ser mais complexas em um roteiro rico como esse. Apesar de eu gostar bastante dos diálogos, esse artificio que foi bem utilizado, poderia ter sido aproveitado de forma bem mais eficiente em certos momentos.


Ainda citando o roteiro, eu gosto bastante de como eles escreveram essa história. Acho que os três atos, apesar das soluções rasas, são muito bem resolvidos e no contexto geral entregam bem. Gosto também do ritmo do filme, dos arcos dos personagens, e da relação entre eles. Tudo isso funcionou muito bem em conjunto.


Aproveitando para falar já dos personagens, eu sinceramente adorei todos os principais. Todo mundo ali tem uma personalidade própria bem forte, tem uma motivação inicial bem interessante, cada tem seu momento de tela, e o mais legal de tudo é que todos ali correm grandes riscos de acabarem morrendo durante o filme. O clima é tão bem construído e o Kong é tão bem representativo com sua força, que você percebe que qualquer um ali pode ser morto pela fera. Obviamente tem um ou dois personagem que a gente sabe que está seguro, mas se tratando de todo o pessoal que você cria uma empatia, as baixas são bem chocantes.


Outra coisa que o longa faz muito bem é a quebra de expectativa. O maior exemplo disso é a proporção do Kong para os humanos. Na análise do Godzilla eu critiquei como eles usaram o titã, já que ele deveria ser algo bem mais catastrófico. No caso do Kong e dos outros seres da ilha, eles exemplificaram isso de uma maneira bem mais eficiente, realmente mostrando o quanto os humanos são desprezíveis perto do gorila e dos outros animais. O Kong é construído de uma maneira bem mais completa do que o Godzilla, e ele é um personagem bem melhor trabalhado ate esse momento.


Além disso tudo que a gente já citou, também vale a pena falar aqui da trilha sonora que é muito boa também. Além do fato deles terem utilizado musicas bem referentes a época que o filme se passa para ambientar melhor o público, os instrumentais também são bem fodas e conseguem entregar um clima bem interessante.


Na minha opinião, a melhor coisa envolvendo esse longa é o respeito que eles tem pelo King Kong. Tanto a direção, quanto o roteiro, e qualquer outro aspecto desse trabalho, entrega um respeito enorme pelo personagem principal. A direção valoriza demais ele e  trabalha muito bem em cima do protagonista, entregando inclusive um CGI perfeito. O Kong é lindo em tela, as lutas são sensacionais, ele é incrível, e tudo isso graças a computação gráfica que conseguiu entregar um trabalho impecável. O roteiro também valoriza demais o Kong, valoriza a orgiem dele, valoriza as cenas icônicas e moderniza elas, entrega os fãs services clássicos, tudo de maneira bem natural. Tudo em relação ao Kong é bem feito nesse trabalho.

O elenco traz uma galera simplesmente genial. O Tom Hiddleston (Os Vingadores) rouba toda a atenção em tela com sua atuação como Capitão James Conrad, a Brie Larson (Vingadores: Ultimato) é outra que manda muito bem, ela interpreta a Mason Weaver, o Samuel L. Jackson (Vidro) também está aqui, e ele faz o General Packard, o John C. Reilly (Holmes & Watson) é o Hank Marlow, o John Goodman (O grande Lebowski) é o Bill Randa, o Corey Hawkins (Infiltrado na Klan) é o Brooks, o John Ortiz (Bumblebee) é o Victor Nieves, a Jing Tian (A grande muralha) é a San, o Toby Kebbell (Black Mirror) é o Chapman, o Jason Mitchell (Tyrel) é o Mills, o Eugene Cordero (A mula) é o Reles, o Thomas Mann (Projeto-X) é o Slivko, e o Shea Whigham (Fargo) é o Cole.


Bom clã, Kong: A ilha da caveira tem uma cena pós-crédito que conecta diretamente esse filme com o próximo longa do Godzilla que estreará amanha. Por isso assim que possível nós voltaremos aqui trazendo a análise do segundo longa desse grande personagem japonês que provavelmente fará ligação direta com quarto filme desse universo compartilhado que se chamará King Kong X Godzilla.

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