As séries da Warner tiveram suas novas temporadas finalizadas nesse mês de maio, e uma das mais relevantes do canal não poderia ficar de fora do Sessão Cinema sem uma devida análise do novo ano. Por isso meus jovens, abram o tabuleiro, escolham seus personagens e se preparem pois hoje é dia da análise da terceira temporada de Riverdale.
Bom pessoal, para quem é novato aqui no site ou não está por dentro do conteúdo que nós já publicamos... Existe uma análise aqui no Sessão Cinema sobre as duas primeiras temporadas dessa série.É muito importante que você entre nesse link, pois essa terceira parte da história que iremos analisar hoje é consequente e segue muito o ritmo dessas duas primeiras. Por isso vai lá para você ficar por dentro de todo o contexto já explicado de Riverdale.
O enredo dessa temporada apresenta um jogo de tabuleiro conhecido como Grifos e Gárgulas que domina a cidade e vicia todos os jogadores. Paralelamente alguns jovens começaram a ter convulsões e logo Jughead e Beth ligam os fatos para perceberem que algo estranho estava acontecendo. Logo eles notam que o jogo tinha um líder e que tudo se conectava por ele. Com essa informação em mente os garotos passam o seu segundo ano do colégio tentando descobrir a verdadeira identidade do Rei Gárgula.
Primeiramente é interessante falar da premissa dessa temporada. Como todos sabemos Riverdale vem dos quadrinhos, e suas duas primeiras tramas beberem muito dessa fonte, trazendo uma narrativa com características bem fortes dessa mídia. Trazer um RPG, um jogo para ser o centro de uma temporada inteira, é algo bem interessante, pois você além de respeitar toda a proposta da série, você também consegue mais uma vez fixar esse conteúdo mais pop, que antes não era tão conhecido, e hoje em dia se tornou popular. Eu considero que a produção de Riverdale sabe exatamente o que eles querem, e independente do público que vá atingir, eles sabem entregar o conteúdo planejado. E essa temporada é um exemplo puro disso.
Mas o roteiro desse ano não só trouxe o RPG como arco central, mas também dividiu os personagens em tramas paralelas. Enquanto Jughead resolvia o seu problema com Grifos e Gargulas, Beth que eventualmente ajudava Jug, estava focada em resolver o mistério de um novo grupo chamado "A fazenda" que chegou na cidade. Enquanto isso Archie passava por várias etapas para se tornar um pugilista e Veronica tinha que resolver as indiferenças com seu pai. Cada um dos quatro centrais tinhas suas quests, e ambos ajudavam no mistério central do jogo. Particularmente eu achei os arcos bem definidos de cada um, todos tinham seu elenco de apoio, todo mundo conseguia fazer bem sua função e todas as tramas eram divertidas. O único problemas desse roteiro é justamente o mesmo da segunda temporada: A quantidade grande de episódios. No primeiro ano foi tudo bem redondinho por que foram exatamente 13 episódios, como a Warner costuma prolongar suas séries, as vezes 22-24 episódios estendem demais histórias que ficariam mais objetivas com menos tempo em tela.
O visual de Riverdale no geral é bem particular, porém essa é a temporada com as cores menos bem definidas ate o momento. No primeiro ano nos tivemos aquela explosão visual que definia praticamente uma cor para cada família... Nesse caso isso praticamente não existe mais. Agora os tons são bem menos perceptíveis, e o roteiro ate brinca com esse jogo de cores que eles faziam antes.
Riverdale tem um problema comum que todas as séries com um elenco muito grande tem: O Sumiço de personagens. Tirando a saída do Luke Perry no fim da temporada, graças ao fatídico falecimento dele, boa parte da galera que fica sem tempo de tela não tem motivo para isso. Riverdale matou uma galera nesse ano, pois era bem necessário diminuir esse pessoal, já que o elenco estava muito inchado. Achei legal quando mataram, já quando simplesmente o pessoal foi afastado, ai ficou estranho.
A temporada desse ano carregou um tom balanceado entre o escuro e o colorido. Graças ao jogo, era possível ver um tom bem clássico de RPG em cena, mas as consequências que isso gerava, montava aquele clima pesado. Foi legal ver esse constaste que essa série consegue fazer muito bem e mais uma vez trouxe esse aspecto de maneira bem eficiente.
A trilha sonora dessa temporada é bem dahora. Além de musicas icônicas como Take On Me e Eye Of The Tiger, nesse ano também foram utilizados ótimas trilhas para os personagens, principalmente para o Rei Gárgula, onde toda a aparição dele é acompanhada de um tema bem climático que deixa o espectador tenso.
O elenco desse ano trouxe aquele pessoal que a gente conhece, com algumas pequenas adições que provavelmente ficarão apenas por essa temporada mesmo. O KJ Apa (O nosso último verão) é o Archie Andrews, a Lili Reinhart (Galveston) é a Betty Cooper, o Cole Sprouse (Zack e Cody) é o Jughead Jones, a Camila Mendes (O date perfeito) é a Veronica Lodge, a Madelaine Petsch (Fuck the prom) é a Cheryl Blossom, o Skeet Ulrich (Jericho) é o FP Jones, a Mädchen Amick (Twin Peaks) é a Alice Cooper, a Marisol Nichols (Vegas Vacation) é a Hermione Lodge, o Luke Perry, (Beverly Hills) é o Fred Andrews, o Mark Consuelos (Tiras em apuros) é o Hiran Lodge, o Casey Cott é o Kevin, a Ashleigh Murray (Alex, inc.) é a Josi McCoy, o Charles Melton (O sol também é uma estrela) é o Reggie Mantle, a Vanessa Morgan (Minha babá é uma vampira) é a Tony Topaz, e a Zoé De Grand Maison (Orphan Black) é a Evelyn Evernever.
Bom jovens, essa terceira temporada de Riverdale caminhava perfeitamente ate praticamente os 10 minutos finais. Quase no fim da temporada, ainda tiveram algumas reviravoltas que complicaram a história de maneira desnecessária. Na verdade o último episodio foi um dos mais fracos da temporada, quebrando a expectativa de uma maneira frustante que tirou o que séria uma ótima volta do antagonista, para uma revelação bem menos impactante. Mas no geral a ponta para a próxima temporada foi entregue, teremos mais um ano de Riverdale e esse próximo promete mostrar novas identidades dos nossos personagens tão queridos.
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