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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Trilogia do Batman (2005 - 2012)



Em 2019 faz 80 anos que um dos heróis mais aclamados de toda a história nasceu. Além disso, amanhã chega aos cinemas um dos filmes mais aguardados do ano, que contará a origem de um dos vilões mais icônicos desse super-herói que faz 80 anos em 2019. Fazendo esse misto de fatos, chegamos a conclusão que esse é o momento ideal para falarmos de uma das trilogias mais incríveis do cinema, e com certeza a maior trilogia do universo de heróis. Por isso, se acomodem jovens e se preparem que hoje é dia da Trilogia do Batman.


Bom clã, antes de começar essa análise, vale comentar o fato do porque essa trilogia é tão amada pelos fãs da DC comics. O fato é que existe muitos pontos técnicos que puxam o público, mas... A verdadeira paixão creio que veio por conta da fidelidade e do carinho com o qual o personagem foi trabalhado nessa jornada. Essa trama sempre foi desenhada para uma trilogia, e dentro desses três filmes, o universo do Batman foi destrinchado em camadas que antes nós não tínhamos visto de maneira tão eficiente no cinema. Os filmes do Nolan vieram e trouxeram uma assinatura muito pessoal com relação ao que estava acontecendo no mercado de heróis. Apesar dos filmes funcionarem muito por conta de vários aspectos técnicos, o fato o que foi exposto em tela deixou o público do morcego de Gotham com um orgulho imenso.


Começando agora falar dos trabalhos individualmente. Em 2005 chegou aos cinemas Batman Begins, sendo esse o filme inicial dessa trilogia. O longa basicamente conta os fatos trágicos da morte dos pais de Bruce Wayne, e a jornada dele ate se tornar o cavaleiro das sombras de Gotham. E o que a gente pode tirar dessa origem é que ela é uma ótima introdução para todo esse universo. A construção do Batman nesse trabalho é incrível, e toda a jornada dele é muito bem amarrada. Usando a liga dos assassinos como base, Bruce Wayne consegue ir do fundo do poço ate se tornar o Batman com motivações e argumentos muito válidas.


E o fato é que esse Bruce Wayne que foi apresentado e esse Batman funcionam muito bem em tela. O Christian Bale foi uma escolha muito acertada para o personagem, já que ele conseguiu entender bem o Bruce e também conseguiu entregar bem como Batman. O Bale encaixou como uma luva, e ate hoje é por muitos considerado o melhor homem morcego do cinema.


Mas não foi só o Bale que casou bem com seu personagem nesse trabalho, quase todo o elenco (Com algumas exceções) foi muito bem escalado e boa parte da galera conseguiu entregar com fidelidade o peso de seus personagens. O Bruce, o Alfred, o Lucius fox, e todo mundo do núcleo principal tem uma grande sinergia que também resultou em um saldo positivo no produto final.


O que menos me agradou com relação a personagens nesse primeiro longa da trilogia foi justamente os vilões. O Ra's Al Ghul ate funciona, porém outros vilões como por exemplo o Espantalho foram bem mal usados, e quando a gente faz um misto geral, acho que esse aspecto poderia ter sido melhor... Principalmente quando a gente compara com os outros dois filmes da trilogia.


O diretor Christopher Nolan é um grande profissional, e nesse trabalho mostrou muito do seu potencial. Apesar do filme contar uma montagem bem esquisita e ter cenas de lutas com muitos cortes, ele consegue entregar uma direção muito boa e também consegue entregar um tom e um visual bem foda para o filme.


Em 2008, após um gancho deixado no final de Batman Begins, chegou aos cinemas The Dark Nigth, sendo a sequencia direta do trabalho de 2005. Esse longa em especial imagino que vocês já saibam pelo que ficou marcado, não é? Mas antes de falar desse que é o ponto mais icônico da trilogia, vale citar que nesse trabalho o problema de montagem em partes foi resolvido. A montagem desse longa é melhor que a do anterior. A direção também continua sendo ótima, na verdade acho que o Nolan fez um trabalho ate melhor do que o filme anterior, e o tom da trilogia continua incrível.


Mas agora clã, finalmente chegou a hora... Chegou a hora da gente falar do lendário Coringa do Heath Ledger. A gente não costuma fazer isso, não costumamos dar destaques e explicar personagens específicos no meio de uma análise, principalmente de trilogia, mas... O Heath Ledger merece, não é? Bom jovens, em um resumo MUITO BREVE do que foi esse Coringa, podemos dizer que quando Ledger foi escalado para esse trabalho, o público em PESO discordou da escolha, pois o ator fazia apenas alguns trabalhos mais alocados, mais simplesinhos, e não tinha condições de entregar a psicopatia do Coringa. Com o tempo, noticias e fatos do set foram vazando, e todo mundo começou a achar que o Ledger estava enlouquecendo de verdade, já que ele praticamente vivia o personagem no dia a dia. O ator incorporou o Coringa e viveu assim, viveu ele, e se doou ao máximo ao personagem. Isso resultou em uma performance sublime, que surpreendeu todo mundo e se tornou unanime uma das melhores performances da história do cinema. No fim de tudo Heath acabou ganhando o Oscar em 2009 de melhor ator coadjuvante, porém não pode receber o premio, já que ele morreu de overdose antes mesmo do filme estrear.


Enfim jovens, tudo que a gente pode dizer é que o Heath Ledger foi incrível e entregou uma performance indescritível. Foi maravilhoso ver ele em ação, foi maravilhoso o trabalho dele nesse filme, e foi maravilhoso tudo envolvendo o Coringa. Além da atuação magnifica, o visual do personagem era ótimo, os planos que ele bolava eram incríveis, o arco do personagem no filme é maravilhoso, e tudo, tudo mesmo foi demais.


Fora isso tudo que a gente já citou, o Coringa também roubou a atenção em um aspecto foda desse segundo filme, que foram os diálogos. Nessa continuação tivemos algumas dinâmicas bem mais interessantes que no primeiro filme, principalmente por conta da presença do Coringa, que sem duvida tem os melhores diálogos da trilogia.


Esse trabalho, além de trazer um dos vilões mais majestosos do Batman, ele aproveita esse fato para se aprofundar de cabeça mais ainda da mitologia do morcego de Gotham, e o filme todo é um grande arco gigante dentro de todo o universo Batman que a gente conhece. Naturalmente o filme não funciona 100% individualmente, pois ele é ligado diretamente tanto no trabalho de 2005, quanto no longa de 2012. Em todo caso, muita gente considera esse o melhor filme da trilogia, tanto por conta da atuação incrível dos atores principais, mas também por todas as camadas dos personagens.


Quatro anos depois do último filme, no ano de 2012, chegou aos cinemas o filme The Dark Knight Rises, trazendo de volta o nosso querido Batman para finalmente finalizar a trilogia. E o que vale falar inicialmente desse trabalho, além da boa direção do Nolan, é que ele funciona completamente em consequência dos outros dois filmes e também que ele fica um pouco desconexo do gancho de The Dark Knight, em função da Morte do Ledger. Como o ator infelizmente faleceu, algumas pequenas pontas ficaram soltas, mas que a gente pode ignorar e reinterpretar, justamente por conta da fatalidade que aconteceu com ele.


Esse terceiro trabalho é bem particular comparado aos outros dois, principalmente porque esse longa se trata mais do Bruce Wayne do que o próprio Batman. O arco desse terceiro filme é mais para entender a pessoa, do que a mascara. De certa forma isso foi um acerto, já que conseguimos com isso criar um drama bem eficiente para o Bruce, e escalar a ameaça do filme a um nível bem maior do que nos outros trabalhos.


E esse aprofundamento na vida do Bruce, apesar de ter sido bem feito e ter tido um potencial incrível para transformar esse terceiro em unanime o melhor da trilogia, acabou quebrando as pernas quando estendeu DEMAIS o filme. Apesar de tudo ter uma explicação muito bem embasada no enredo, e tudo caminhar numa velocidade que constrói bem todo o drama... As coisas no final ficaram bem desgastante. Acho que o filme tem uma certa barriga no meio dele, e isso foi um ponto crucial para tirar muito da qualidade desse terceiro longa.


Apesar desse problema no roteiro, nós tivemos ainda um arco muito bem fixado do antagonista, tivemos diálogos ótimos, e um senso de humor bem dosado nesse filme. Além disso, o elenco desse terceiro longa também é incrível, e tivemos um tom muito bom desse terceiro trabalho também.


O elenco recorrente da trilogia do Nolan conta com uma galera maravilhosa. O Christian Bale (Vice) é o Bruce Wayne, o Michael Caine (O grande truque) é o Alfred, o Liam Neeson (Busca implacável) é o Ra's, o Gary Oldman (O destino de uma nação) é o Jim Gordon, a Katie Holmes (A filha do presidente) e a Maggie Gyllenhaal (Donnie Darko) interpretaram a Rachel Dawes, o Morgan Freeman (Um sonho de liberdade) é o Lucius Fox, o Cillian Murphy (Dunkirk) é o Jonatham Crane, o Heath Ledger (Coração de cavaleiro) é o Coringa, o Aaron Eckhart (Invasão a Londres) é o Harvey Dent, o Tom Hardy (Venom) é o Bane, a Anne Hathaway (O diabo veste prada) é a Selina Kyle, e a Marion Cotillard (A origem) é a Talia al Ghul.


Bom jovens, foi maravilhoso falar da trilogia do Batman, que ate hoje tem três dos melhores filmes de super-heróis e com certeza tem a melhor trilogia da DC e do universo de heróis. Em todo caso, essa semana ainda não terminou o universo do morcego aqui no Sessão Cinema. Fiquem ligados que amanhã a gente volta para fazer a análise de Coringa, e então ver se o Joaquin conseguirá fazer uma performance tão boa quando a de Ledger ou se será mantido o reinado do Coringa incrível da Trilogia do Batman.

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