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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Black Mirror (5ª Temporada)


Nesses anos mais recentes uma nova febre apareceu e tomou conta do gosto da maioria das pessoas por conta de seu molde bem especial de trabalhar uma produção. E essa série em questão acabou ganhando uma legião de fãs que cresce cada vez mais por conta do interesse das pessoas na incrível premissa desse projeto. Recentemente saiu a quinta temporada dessa serie e por isso hoje nós viemos aqui para comentar sobre. Por isso jovens se preparem que hoje é dia da quinta temporada de Black Mirror.


Para quem não sabe, a gente já fez um apanhado das quatro primeira temporadas, fazendo um review simples de cada episodio que tinha sido produzido ate aquele momento. É bem interessante você olhar essa análise das temporadas anteriores antes dessa, porque lá você vai encontrar o contexto bem mais aprofundando sobre a premissa da série. Naquela análise basicamente a gente explicou o que é Black Mirror. Vale ressaltar também que a gente fez a análise do filme interativo que a Netflix lançou no fim do ano passado chamado Bandersnatch. Também é legal você ler esse texto, pois querendo ou não, ele faz parte dessa série.


Black Mirror num resumo bem simples se trata de uma série com episódios individuais, sem conexão nenhuma com outros da mesma ou de outras temporadas. A premissa dela e basicamente mostrar um lado negativo de como a evolução tecnologia pode acabar prejudicando o ser humano em certos contextos. As duas primeiras temporadas foram produzidas por uma emissora chamada Channel 4 e as três mais recentes foram feitas pela Netflix.


Essa quinta temporada traz de volta aquela premissa clássica que a gente conhece, mas dessa vez os argumentos dentro da trama e como eles tratam a tecnologia são bem particulares e quase não são vistos nos outros episódios.  A verdade é que essa quinta temporada de Black Mirror é a que menos tem a cara da série, mas ao mesmo tempo é a que mais se assemelha com os primeiros episódios que foram produzidos pela Channel 4. Se você voltar lá na primeira temporada e fazer um balanço com essa quinta, dá para perceber que os episódios em questão de roteiro, acabam tendo ate um certo ritmo parecido. Quase todos os episódios entre a segunda e a quarta temporada tem tecnologias bem especificas para aquela situação, ou carregam um plot grandioso. Essa quinta temporada resgata aquele peso agonizante da sua consciência de quando você assistiu aquele primeiro episodio na primeira temporada. Eu achei esses três episódios bem lineares, com uma proposta bem clara e bem objetiva. Não acho que sejam os melhores episódios, poderia ter sido uma temporada bem melhor, principalmente pelo patamar em que a temporada passada deixou a série. Mas eu entendendo o objetivo da temporada, e fica claro que eles acertaram onde queriam.


O primeiro episodio dessa temporada se chama "Striking Vipers" e essa é aquela tipica história mais voltada para o público Geek/Nerd que sempre tem em Black Mirror. A primeira coisa que a gente pode falar sobre Striking Vipers é que a direção desse episodio é maravilhosa. Eles trabalham com vídeo-games nessa trama, e o Owen Harris consegue entregar tão bem essa linguagem de jogos de luta, que parece ate cutscenes oficiais. Além disso, eu gosto bastante de como a história caminha, a construção dos personagens é boa, o crescimento de cada um é bem conduzido e o plot no final é bem interessante. No geral, esse episodio na minha opinião é o que carrega melhor a essência Black Mirror dentro dessa temporada.


A segunda história se chama "Smithereens", e esse é com certeza o episodio mais interessante dessa temporada, pois ele não só toca na ferida de uma tecnologia futurística em questão... Ele cita várias tecnologias que estão presentes entre nós atualmente e trabalha com elas em conjunto para criar toda a argumentação da trama. É sensacional como esse episodio entrega uma realidade, que todo mundo vive todo dia, da maneira mais negativa possível e que claramente pode acontecer na vida real a qualquer momento. Existe um background, existe uma narrativa, existe uma história, existe toda uma situação para chegar aquele ponto, mas isso tudo é tratado como um pano de fundo para mover a situação para o ponto onde a gente precisa ver o poder que pessoas que provavelmente nós nem conhecemos tem sobre nós. Essa trama foi escrita com esse intuito, foi escrita para trabalhar em cima das polemicas, e ela faz isso com uma eficiência gigante.


O terceiro e último episodio dessa temporada é um chamado "Rachel, Jack and Ashley Too". Esse episodio ele é o mais diverso da temporada, pois claramente o foco dele é contar uma história, onde a tecnologia ajuda no plot, mas não é a protagonista real da trama. Rachel, Jack and Ashley Too parece mais um filme, que quer entregar uma história redondinha e constrói uma situação para isso tudo acontecer. Apesar de ter uma trama legal e bem divertida, acho que para aceitar esse episodio, seu nível de descrença precisa estar bem baixo, pois muita coisa é bem estranha se tratando do roteiro.


O elenco dos três episódios conta com um pessoal de peso que já é bem conhecido pelo público. O Anthony Mackie (Vingadores: Ultimato) é o Danny, o Yahya Abdul-Mateen II (Aquaman) é o Karl, a Nicole Beharie (Shame) é a Theo, o Ludi Lin (Power Rangers) é o Lance, a Pom Klementieff (Vingadores: Guerra Infinita) é a Roxette, o Andrew Scott (Sherlock) é o Chris, o Damson Idris (Snowfall) é o Jaden, o Topher Grace (Infiltrado na Klan) é o Billy Bauer, a Angourie Rice (Homem-Aranha: De volta ao lar) é a Rachel, a Madison Davenport (Noé) é a Jack, e a Miley Cyrus (Hannah Montana) é a Ashley.


A impressão que essa temporada de Black Mirror passa é que a série está começando a sentir o peso e não consegue mais entregar aquelas histórias marcantes do inicio da série. Essa quinta temporada, apesar de ser divertida, não passa uma segurança é com certeza é um dos anos mais esquecíveis da produção. Ainda sim essa série continua sendo uma referência para esse tipo de trabalho e ainda continua tendo um dos melhores bordões da internet. Aquele famoso: "Isso é muito Black Mirror."

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