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Foto do escritorIury D'avila

Análise: Capitã Marvel (2019)

Atualizado: 22 de ago. de 2019



Toda semana aqui no Sessão Cinema nós fazemos um quadro chamado Nostalgia Marvel, onde vamos passando por toda linha do tempo do universo compartilhado que Kevin Feige e companhia montaram, contanto filme por filme cada detalhe desse grande Crossover em forma de franquia. Hoje a gente vai quebrar um pouco a cronologia dos filmes para falar do lançamento mais recente desse universo compartilhado. Esta na hora de falarmos do filme que apresentou a última personagem antes de Vingadores: Ultimato. Jovens finalmente ela chegou, esta na hora de Capitã Marvel.


Bom clã, antes de mais nada é muito importante vocês entenderam a relevância dessa personagem para todo esse universo de heróis que foi feito no cinema. A Capitã Marvel, desde sempre nos quadrinhos foi uma força grandiosa, maior do que a maioria dos super-heróis. Quando surgiu o boato da ida dela para o cinema, o furdúncio  se gerou em torno do poder da heroína. Um ser como ela destoaria de todos os outros personagens. Porém com o tempo e após os eventos de Guerra Infinita, foi ficando claro o titulo de salvadora que ela iria receber, por ser ai a única personagem que bateria de frente com Thanos. Consequentemente o seu público foi crescendo e ela chegou aos cinemas sendo aguardada por uma legião de fanáticos.


A trama desse se passa antes de todos os eventos que aconteceram ate agora no universo Marvel. A trama se passa em 1995 e acompanha a história de Carol Danvers, uma moça que vive com uma raça alienígena chamada Kree, e que possui habilidades super especiais. Quando em uma missão dá errado, e ela acaba caindo na terra, um agente chamado Nick Fury à encontra e então juntos eles tentam descobrir alguns mistérios sobre o passado de Carol e sobre uma invasão de outra especie alienígena Transmorfa chamada Skrull.


O roteiro desse longa é totalmente redondo tanto no sentido narrativo do filme, quanto em relação ao universo compartilhado da Marvel. Ele funciona como uma válvula que vai girando as informações que a gente já tem sobre o UCM, e entrega as respostas que fecham o que ainda estava em aberto. O ponto aqui é o seguinte: após Ultimato, o formato de filmes da Marvel vai mudar, não teremos tantas conexões entre os filmes como temos hoje em dia. Capitã Marvel por se passar nos anos 80, permitiu que a gente tivesse esse Background sobre alguns fatos para tudo funcionar encaixadinho. E a mitologia funciona ainda melhor, pois já tínhamos o primeiro filme do Capitão América que se passava nos anos 40, agora temos um longa dos anos 90 e a linha do tempo atual rolando na nossa década. Capitã Marvel fica ali no meio para ligar esses fatos, e entrega o que precisava para vários arcos serem semi fechados.


O roteiro também funciona com o tom do filme. Obviamente como sempre, temos um filme da Marvel, temos um certo tom cômico acompanhando de fundo. Só que dessa vez a gente tem um tipo de humor bem especifico. As piadas quase sempre giram em torno das personalidades que a Carol e o Nick Fury possuem. A Carol é totalmente sarcástica, sabe que é poderosa e não exita em usar esse atributo. O Nick é persuasivo, esperto, inteligente, sabe brincar com a Carol, e sabe interagir bem com os outros personagens em cena. No final tudo funciona de maneira bem fluida.


O longa consegue fazer uma coisa muito legal que é trocar o objetivo da cena com pequenos detalhes da direção. A Anna Boden e o Ryan Fleck conseguiram construir várias cenas que juntam mais de um tom. As vezes você pensa que o momento é serio, mas na verdade tem humor envolvido, as vezes você imagina que é uma cena calma, mas do nada explode ação, as vezes você pensa que vai rolar um momento de confronto, mas tudo se resolve no dialogo, quase tudo dentro do filme é controverso ao que você acha que vai ver. Existe algumas quebras de expectativa enormes, mas que não estragam a experiencia, pelo contrario, você é surpreendido pelo caminho que tudo seguiu.


Visualmente o longa é muito lindo. Os efeitos especiais estão surreais. Esta tudo muito lindo, muito bem editado, muito bem filmado, é muito realista. Existe alguns momentos claros que você nota o CGI, mas mesmo assim a precisão da computação gráfica é surreal. O longa consegue te impressionar demais com a qualidade dos ambientes, da maquiagem, e de tudo que envolve o lado artístico. É simplesmente maravilhoso.


Capitã Marvel tem essa pegada anos 90 que funciona muito bem. Eles se ambientam demais lá em 1995 e brincam muito com a situação. Eles não tem vergonha de usar os elementos, todos os personagens interagem e se limitam através desse conceito, para fixar que tudo ali é datado. A fotografia não remete a esse tom mais retrô, porém não tem problema já que a gente leva em consideração a tecnologia Kree, que é bem mais avançada e é quem cria o contraste do filme.


O elenco traz uma galera incrível. Todos, literalmente todos estão muito bem em seus papeis. Como protagonista temos a nossa querida Brie Larson (O quarto de Jack) que simplesmente arrasa como Carol Davens. Ela entendeu o papel, ela entendeu a personalidade da personagem, ela assumiu o manto e brilhou como Capitã Marvel. O Samuel L. Jackson (Vidro) esta mais uma vez incrível como Nick Fury, só que dessa vez renovando seu personagem e trazendo ele de maneira mais versátil. O Jude Law (Animais Fantásticos: Os crimes de Grindelwald) faz um ótimo Yon-Rogg, ele é um puta ator e esta perfeito nesse trabalho. O Ben Mendelsohn (Jogador Nº 1) é o Talos, a Annette Bening (Beleza Americana) é a Inteligencia Suprema, o Clark Gregg (Vingadores) volta como Phill Coulson, a Gemma Chan (Animais fantástico e onde habitam) é a Minn-Erva e o Lee Pace (Guardiões da Galaxia) volta como Ronan.


Os três atos de Capitã Marvel são divididos de maneira bem especial, dando voltas que você não espera. A trama não é tão complexa, na verdade ela é bem básica e apenas troca as ordens naturais de algumas coisas para trazer um certo diferencial no filme. Existe muita ação também e boa parte das lutas são muito bem feitas. O longa é super divertido e apresenta muito bem a personagem. Usa uma linguagem bem original, porém limitada. O filme tem duas cenas pós-créditos, a primeira é uma maravilhosa que liga com Vingadores: Ultimato, e a segunda é uma que é um Easter Egg para a linha do tempo.

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