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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: O Pacote (2018)

Atualizado: 17 de ago. de 2019



O humor negro é um gênero de filme amado pelo público que adora um tipo de conteúdo mais sádico. Produções como essas recheiam o mercado com títulos que são eternizados ate hoje, clássicos como Superbad, Projeto-X e american Pie lideram essa categoria. A Netflix obviamente queria uma casquinha nesse ramo, é o seu projeto chamado The Package tentou ser o responsável por esse novo posto.


O longa que trabalha com elementos nosenses boa parte do tempo, trouxe um cara que deveria soltar a escrotidão para criar o ambiente mais absurdo possível. Jake Szymanski foi convocado para dirigir o filme e fazer a comedia vir com um pouco de gore em sua essência. Ele que já dirigiu vários longas com temáticas semelhantes, trouxe toda a base de um filme que não se leva a serio em momento algum e ao mesmo tempo destacou o diferencial de atualizar muitos desses conceitos clássicos com uma edição mais cartoonesca, mais jovial para atualidade.


O roteiro conta a história de cinco jovens que vão para um floresta acampar nas férias, porém após uma longa noite de bebedeira, as coisas começam a desandar e um dos personagens conhecido como Jeremy Abelar (Eduardo Franco) sem querer acaba cortando o seu pêni* fora. Dai para frente os outros personagens precisam se virar para contactar a emergência e levar a caixa com o "Pacote" ate o hospital dentro do prazo possível para recolocar o órgão de volta.


O primeiro ato da trama se resume em uma apresentação conceitual de todos os personagens. O filme te ambienta de forma clara qual caminho e qual função cada pessoa ali terá na história. Ele basicamente entrega em seus primeiros minutos de filme quem vai carregar o romantismo, quem será o alivio cômico, quem serão os casais finais, e como mais ou menos será o fim do filme. Diferente de longas de outros gêneros, em O pacote e em vários filmes com essa temática, essa questão de não ter nenhum plot interessante no final, não faz a menor importância... Pois todo o conceito por traz fica justamente dentro do segundo ato e da maioria do terceiro. As mirabolâncias e as consequências criadas por cada ato individual dos personagens é o que move toda a trama. Todas as vezes que temos uma questão aberta, praticamente nas cenas seguintes ela é resolvida com um resultado bem peculiar, ou ela abre outra porta em que coloca os personagens em mais uma situação controversa. Por isso sempre teremos alguém se colocando em "Apuros" afim de salvar o seu amigo.


O elenco segue aquela linha de filmes de humor negro que traz atores não tão reconhecidos pelo grande público, mas que parecem que foram feitos para trabalhar com aquele tipo de filme. O protagonista do filme é o Daniel Doheny (Alex Strangelove) que já um ator conhecido dentro da Netflix, mas não tem seu nome feito ainda. Ele interpreta em O pacote o Sean Floyd. Geraldine Viswanathan (Emo the Musical) é uma atriz indiada que divide esse protagonismo do filme com o Daniel, na produção ela interpreta a belíssima Becky Abelar. Sadie Calvano (Mom) é mais uma do elenco principal, ela interpreta a melhor amiga de Becky, Sarah. Alexander Calvert (Supernatural) ator que começou crescer recentemente, fica sendo o destaque quando se trata de atuação, ele no longa interpreta o icônico Chad. Esse elenco principal do filme não tem grandes nomes como eu já citei, alguns deles ate não fizeram sua melhor performance, como é caso da Geraldine que comparado ao que já demostrou em outros trabalhos, ela não fez uma grande apresentação.


Fechando a nossa análise vamos falar da criatividade por traz do roteiro. Eu tenho certeza que alguém chegou para o Kevin Burrows e para Matt Mider e falou "Precisamos ferrar o máximo possível o que esta dentro daquela caixa" e os caras deram o resultado que foi solicitado. Todo o segundo ato é cercado por várias ocasiões onde os personagens deixam o pêni* do Jeremy exposto e vulnerável, o órgão genital dele roda por tantos lugares inimagináveis que sinceramente é preciso duas mentes de roteirista para sincronizar tudo e fazer o enredo com toda precisão.


Apesar disso tudo, o filme ainda fica muito atrás de outros grandes do cinema. O pacote parecia querer vir com tudo para ser o novo "Grande nome da comédia pesada", mas não conseguiu atingir seu objetivo. É um filme legalzinho, pipocão para se assistir quando tiver com tempo livre.

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