Essa semana nós fizemos uma análise bem nostalgia sobre o primeiro filme de Power Rangers que chegou aos cinemas lá em 1995. Porém, aquele trabalho não foi o único produzido para as telonas lá na década de 90. Dois anos depois, a grande Saban negociou mais uma vez e novamente levou seu maior titulo para os cinemas. Então hoje nós viemos aqui para falar do único longa sobre Power Rangers que a gente ainda não comentou. Por isso jovens, peguem seus morfadores e se preparem pois hoje é dia da análise de Turbo Power Rangers 2.
Assim como a análise do filme anterior, é muito importante a gente ambientar esse longa dentro de toda a mitologia de Power Rangers. Não sei se vocês se lembram, mas no texto sobre Power Rangers: O filme, eu comentei que aquele trabalho se passava meio que por fora dos eventos da franquia, já que a cronologia ignora os fatos daquele trabalho. Nesse caso de turbo, tudo é mais fixo, já que todos os eventos desse longa seguem para a linha do tempo classica. Esse filme é a transição oficial entre a temporada ZEO e a temporada Turbo, por isso ele é muito importante para a toda a franquia e por isso é um dos trabalho mais queridos pelos fãs.
O enredo nos conta que após uma pirata especial chamada Divatox sequestrar um mago chamado Lerigot, Zordon chama os rangers para fazer o resgate desse ser muito poderoso. Mas para concluir sua missão, os nossos heróis não vão conseguir com os poderes ZEO que eles usaram contra o império das maquinas. Agora, Tommy e companhia vão usar um equipamento da pesada para derrotar Divatox e seu futuro marido, Malagot.
Já que a gente falou aqui da transição do ZEO para o Turbo, vale citar que essa mudança de temporada é algo bem respeitado no filme. O longa não ignora nada que veio antes, nada da temporada ZEO, e faz essa transição de maneira bem casual e necessária. Tem cenas que remetem ao ZEO no filme, tem morfagem ZEO, tem conexões, e muitas coisas remetendo a temporada, mas... A maioria dessas coisas são restritas ao primeiro ato, já que o proposito do filme é justamente focar no turbo.
Além dessa relevância para essas duas temporadas que fazem parte da transição, a gente pode confirmar que esse filme é importante para a franquia e faz parte da linha temporal oficial, pois no episodio 4 da temporada Dino Trovão, esse trabalho é citado junto de outros eventos, e por isso, além da certeza que a gente já tinha cronologicamente falando, temos essa confirmação posterior.
Mas as referências que a gente citou não ficam restritas ao básico de ZEO e turbo. Tem muitas referências a MMPR, incluindo ate a participação especial de Rangers do elenco original. A Kimberly e o Jason (Esse último que já fazia parte de ZEO) voltam e assumem papeis fundamentais nesse longa. Existe ate uma grande história em que o Austin só queria voltar se ele viesse como vilão, e é por isso que no arco do Jason, os diretores encaixaram uma certa reviravolta envolvendo uma troca de lado.
E já falando dos diretores, é bom citar que esse trabalho se tornou icônico para os fãs da franquia, principalmente por conta da cara do trabalho, que não perdeu a essência do conteúdo original. E essa essência foi mantida justamente por que os dois diretores sabiam muito bem o que precisavam entregar além de um trabalho bem feito. O fato é que o David Winning foi quem dirigiu visando o lado cientifico e mais pop/ficcional dentro do contexto cinematográfico, mas o grande Shuki Levy que já tinha trabalhado anos dentro da franquia compondo várias trilhas para a série, também trabalhou na direção e juntos eles calibraram o longa e entregaram um filme que pode não ser grandes coisas cinematograficamente falando, mas dentro do circulo de fãs de Power Rangers, é um longa muito aceitável pelos fãs.
Em todo caso, eu acho que os diretores acertaram em pontos bem específicos visando um público mais adolescente. Citando exemplos, podemos falar da tensão que funciona bem para quem é desse nicho, a ação também fica muito legal, o tom do longa também é ótimo, o ritmo funciona, tudo isso sempre visando uma mente de uma galera mais infanto-juvenil que provavelmente se agarrou muito nesses aspectos.
Além desses fatos envolvendo a direção, eu quero falar também do roteiro, que na minha opinião foi muito bem conduzido. Esse é um trabalho que gira em torno de uma cartilha de roteiro básica, focado em uma jornada do herói, com uma trama bem simples. E justamente por isso é um trabalho bem gostoso de assistir, já que isso tudo é acompanhado com aquele clima de Power Rangers que eu citei, deixando assim tudo bem mais confortável para o público.
E ainda dentro desse mérito, vale citar que o grande arco do filme não é gratuito e funciona muito bem. Dentro dessa jornada do herói, você tem pontos bem legais que constroem essa trama sem ser vago. Por isso, acho bem legal a história escolhida, e no meu ver, funciona muito bem.
Existe uma coisa dentro desse roteiro, que também teve lá no filme anterior, que são os apetrechos novos. Tem muitas coisas que os Rangers usam nesse filme que não existiam no ZEO, mas é aceitável por conta da liberdade em novidade exposta justamente por conta da transição de temporadas. Em todo caso, alguns desses apetrechos reparecem na temporada oficial do Turbo, então isso acaba não se tornando vago.
A trilha sonora é um show maravilhoso. O fato é que Power Rangers sempre teve trilhas maravilhosas, e as de Turbo dentro desse filme são incríveis. Vale citar que também tem faixas de ZEO que foram utilizadas, mas a maioria pendeu realmente para as grandes composições que foram feitas para turbo.
Cara, no geral, o fato é que esse filme dos Turbo é muito bem produzido para época. Claro que existe uma caixinha em que Power Rangers que é contido, mas... Dentro desses limites, esse longa conseguiu entregar um trabalho ótimo. Eu curto bastante várias decisões do filme e para mim ele tem um saldo geral bem positivo.
O elenco desse longa traz uma galera foda, que naquela época participava do elenco oficial da série. O Jason David Frank (Power Rangers: Dino Trovão) é o Tommy, a Catherine Sutherland (MMPR) é a Kat, o Johnny Yong Bosch (Power Rangers: O filme) é o Adam, a Nakia Burrise (Power Rangers: ZEO) é a Tanya, o Blake Foster (Power Rangers Turbo) é o Justin, o Winston Richard é o Zordon, a Hilary Shepard (O virgem de 40 anos) é a Divatox, a Amy Jo Johnson (Flashpoint) é a Kimberly, o Austin St. John (MMPR) é o Jason, o Steve Cardenas (Power Rangers ZEO) é o Rocky, o Paul Schrier (Power Rangers Samurai) é o Bulk e o Jason Narvy (Power Rangers no espaço) é o Skull.
Bom jovens, além disso tudo que eu já citei, é bom finalizar essa análise dizendo que esse filme tem um dos melhores Rangers da história. Justin foi o único adolescente a se tornar um ranger, e naquela época era dono da maior inveja global dos jovens de todo o mundo. Então clã, por esse fato e por tudo isso vale muito a pena assistir de novo esse trabalho, por isso, vá lá agora matar essa nostalgia assistindo novamente Turbo Power Rangers 2.
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