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Foto do escritorIury D'avila

Análise: The Boys (1ª Temporada)


Nos últimos a Amazon vem crescendo muito no mercado do Streaming por conta de suas séries super bem produzidas. E o maior sucesso recente do mundo das séries é justamente da Amazon. Mais uma vez o serviço de Streaming chegou com o pé na porta, lançado um trabalho que surpreendeu e agradou todo mundo. Então, como é de praxe, nos do Sessão Cinema viemos aqui falar da primeira temporada desse trabalho tão popular da atualidade. Por isso jovens, escondam suas identidades secretas e se preparem, pois hoje é de falarmos do primeiro ano de The Boys.


Pois é clã, recentemente a internet foi tomada por esse fenômeno em formato de série chamado The Boys, que traz mais uma vez super-heróis baseados em quadrinhos como tema principal. Porém esse projeto não aborda esse tema como a gente está acostumado de ver na TV ou no cinema, dessa vez a intenção é mostrar o lado que ninguém conhece desses heróis. Você já imaginou como seria ir para cama com um alguém super poderoso? Se sim, você vai encontrar essa e outras respostas ao passar dos episódios da série. The Boys acabou agradando por ser uma série muito bem produzida, porém também ganhou o público por tocar uma questão e mostrar um lado que ninguém apresentou sobre os principais queridinhos do cinema e da TV.


O enredo nos apresenta um grupo de super-heróis chamados de "Os 7". E quando um dos integrantes dessa equipe, o Trem-Bala, assassina acidentalmente uma jovem, o namorado da garota, um rapaz chamado Huguie, com a ajuda Billy Bruto, Leitinho e um Francês, vai atrás de vingança para tentar julgar o super que matou sua namorada. Porém, no meio disso tudo, ele acaba descobrindo que o buraco de sujeira dos sete é bem mais embaixo e de que tem muita coisa podre sobre esses caras.


Como eu já citei, The Boys é baseado em um quadrinho de sucesso, e todos os seus personagens vieram de lá. Por isso, assim como a HQ, a série da Amazon consegue se sair bem, principalmente por conta do nicho que ela explora dentro de uma categoria que é dominante em hoje em dia. O fato é que The Boys é um trabalho excepcional em vários quesitos, mas a premissa que é apresentada para nós, intensifica muito esse interesse, já que você está usando o conhecimento prévio do público sobre esse tipo de personagem e assim aplicando uma visão totalmente paralela e uma verdade que eles não conhecem.


Além disso, The Boys é muito interessante pois a série é uma sátira de heróis bem diferente do que a gente viu ate hoje. Super-herói - O filme já tinha feito algo e ficou sendo a cara desse tipo de trabalho, depois veio Deadpool criando outro estilo de sátira, e agora The Boys reinventou mais uma vez esse tipo de trabalho, fazendo uma sátira mais seria e assim colocando sua própria marca no mercado.


Uma coisa que eu curto muito nesse trabalho é o tom e o estilo que a série escolheu para se colocar. O clima de The Boys naturalmente já é tenso, adicionando o fato de que os personagens, o visual, a trilha sonora e ate a fonte que eles usam para o titulo da série tem uma pegada bem punk e bem nem nervosa, tudo fica ainda mais pesado. O tom da série é bem tenso boa parte das vezes, e isso fica legal quando é colocado em constaste com o ambientação mais puxada para o heroísmo, na qual remete a premissa da série. Assim a gente tem dois tons bem diferentes, que trabalham juntos para criar o tom final desse projeto.


E essa pegada que a série tem, combina muito com o visual do trabalho. A textura de The Boys é bem forte, o que dá uma valorizada em aspectos que o trabalho usa muito, como por exemplo a caracterização dos personagens e principalmente a violência.


O fato é que The Boys não tem medo de escrachar, e joga violência pura e frenética na tela. Tem muitas cenas bem pesadas, bem dolorosas e muitas delas com muito sangue. Porém o legal disso tudo é que essa violência não é gratuita, já que realmente, quando você mexe com seres super-poderes, gera combates bem pesados e que são mostrados em tela sem problema nenhum.


Além da produção geral que é incrível, uma das coisas mais significativas desse trabalho é seu roteiro. Isso porque a incrível premissa apresentada, é usada em um arco de maneira sublime. A trama apresentar seus problemas e resolve elas com soluções muito criativas e bem eficientes. Além disso, o grande arco geral é muito redondinho e os elementos vão se alimentando para construir uma narrativa bem coerente.


E além do arco principal que conta com os humanos comuns e com os supers, essa trama também é legal pois ela consegue construir um arco individual para cada super. Cada herói apresentado tem seus próprio questionamento particular e seus problemas individuais. Isso, além de desenvolver esses personagens, criam um constaste de ilusão, já que os sete na frente das câmeras são um grupo que se completam, mas na vida real tudo é bem diferente. Os humanos normais também tem seus arcos individuais, mas isso querendo ou não era esperado, e a grande gratificação foi ver esses super serem aproveitados dessa maneira mais humana também.


E já que estamos falando sobre isso, é legal citar que esses arcos particulares dos heróis são fundamentais por dois quesitos: Eles individualizam cada super e os humanizam. O fato é que os supers, na realidade da série, só funcionam juntos em frente as câmeras, pois na vida real eles são bem individuais e alguns ate não se batem. Essas indiferenças criam uma especie de humanização desses personagens super poderosos, que é algo que nos filmes gerais de heróis frequentemente aparece, mas sempre construído em cima do fato de que o protagonistas pode superar aquilo justamente porque ele é um herói. Aqui as coisas são bem mais no pé chão, e além dos problemas humanos, você constrói defeitos para os heróis, tirando eles daquela zona de conforto de seres totalmente certinhos.


Falando agora dos nossos personagens sem poderes, o mais interessante que a gente pode citar sobre eles é o fato de que as motivações são totalmente validas e cuidadosamente construídas. Todo mundo que está nessa cruzada tem um bom motivo para estar ali e todo mundo tem uma jornada bem interessante dentro da trama. Algumas decisões deixam algumas duvidas de fundo, porém se você ignorar certos detalhes, ele pode passando despercebido. No geral as motivações funcionam bem, e você consegue aceitar a jornada de cada um que está em tela.


Fora os arcos, esses personagens, assim como os supers, também são muito bons. Cada um tem uma personalidade bem definida, cada um tem suas particularidades bem aproveitadas e todos são bem agradáveis dinamicamente falando. Eu gosto de todas as interações impostas, e acho que funciona a relação de geral dentro do grande arco dos sem poderes.


Para finalizar essa análise, a gente não podia deixar de lado o fato de que rola MUITAS referências, principalmente para a Marvel e para DC. Durante toda essa primeira temporada, você pode perceber uma chuva de informações que remetem aos trabalhos cinematográficos dessas duas empresas, mas... Nada é tão descarado como os próprios integrantes dos sete. O grupo naturalmente já é uma sátira da Liga da Justiça, e entre os heróis temos o Capital Pátria que é uma mistura de Superman com Capitão América, Temos a Rainha Maeve que é inspirada na Mulher-Maravilha, temos o Trem-Bala que é uma referência ao Flash, O Black Noir tem uma personalidade difícil de se identificar, mas nos quadrinhos o visual dele lembra muito o Pantera Negra, o Translucido é uma referência clara a Mulher-invisível (ou qualquer personagem com esse poder), e o mais descarado é claramente o Profundo, que é uma zoação bem evidente ao Aquaman.


O elenco de The Boys traz uma galera MUITO BOA. O Jack Quaid (Jogos Vorazes) é o Huguie, o Karl Urban (Thor: Ragnarok) é o Bruto, a Erin Moriarty (Jessica Jones) é Luz-Estrela, o Laz Alonso (Avatar) é o Leitinho, o Tomer Kapon (Fauda) é o Francês, o Antony Starr (Banshee) é o Capitão Pátria, a Dominique McElligott (House Of Cards) é a Rainha Maeve, o Jessie Usher (Independence Day) é o Trem-Bala, o Chace Crawford (A Garota do Blog) é o Profundo, a Elisabeth Shue (De volta para o futuro) é a Madelyn e a Karen Fukuhara (Esquadrão Suicida) é A Femeá.


Bom jovens, esse trabalho foi renovado para a sua Segunda temporada, e provavelmente chegará na Amazon Prime no final de 2020. Com certeza quando essa nova temporada for lançada, nós voltaremos aqui para falar mais um pouco sobre The Boys.

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