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Foto do escritorIury D'avila

Análise - X-men: Fênix Negra (2019)


Após a oficialização da compra da FOX pela Disney, os filmes que levariam somente a marca da FOX começaram a ficar contados. Dentre as  franquias que vão ter uma nova dona, a dos X-men com certeza foi uma das mais comentadas. Depois de 19 anos, o último filme da franquia com o selo FOX foi lançado, e por isso hoje nos viemos aqui para falar como foi o último filme dessa cronologia que começou lá em 2000. Por isso jovens, se preparem que hoje é dia de X-men: Fênix Negra.


Bom clã, como todos devem saber, esse é o último trabalho irá fazer parte desse universo de 19 anos que contém 9 filmes. Fênix Negra encerra um ciclo (confuso) que dá finalmente uma conclusão a esse gigantesco arco. A partir de agora os direitos dos X-men pertencem a Disney, e os próximos filmes irão ser reboots da franquia dentro do UCM. Por isso Fênix Negra ganha um peso ainda maior do que já deveria ter. Ele significa o fim de uma saga, o fim de uma era, o fim da gigantesca cronologia que praticamente deu vida aos universos de super-heróis no cinema como a gente conhece hoje em dia.


O enredo desse filme conta que os X-men vão para o espaço em uma missão de resgate para salvar astronautas de um missão que fracassou. Em meio ao resgate, a Jean Grey acaba entrando em contato com uma força explosiva que invade seu corpo e muda coisas dentro dela que nem mesmo a própria Jean conhecia. Agora a mutante vai precisar aprender a controlar seus poderes, antes que sem querer ela acabe destruindo tudo que mais ama.


A primeira coisa legal que a gente pode falar é sobre a direção do longa. O Simon Kinberg já tinha trabalhado em alguns filmes dos mutantes antes, mas nunca como diretor. A primeira experiencia dele nesse posição dentro da franquia resultou em algo positivo. Eu acho que falando especificamento do lado visual do trabalho, ele consegue fazer cenas bem interessante e bem bonitas. Acho ate bem parecido com o visual de apocalipse, porém com um tom bem mais pesado.


Falando já no tom, esse é outro aspecto que eu curti bastante. O clima aqui é bem parecido com Dias de um futuro esquecido. O filme é bem dramático em alguns momentos e tenta a todo instante aplicar um peso nas cenas. Além disso, parece que tudo no filme é bem mais concreto, com consequências, tudo aqui é bem tenso, e esse clima funciona dentro da proposta.


Já o ponto negativo visando o trabalho do Simon, foi a direção de personagens. No meu ver, ele não soube utilizar praticamente nenhum mutante. O modo como ele conduz os personagens na história e usa seus poderes é bem fraco. Nisso tudo, o mais prejudicado foi o Mercúrio, assim como já tinha sido em dias de um futuro esquecido. A questão é que o mutante basicamente foi descartado durante os dois últimos atos. Claramente o Simon não sabia como encaixar o Mercúrio no resto do filme. A Tempestade também foi outra muito mal utilizada, o magneto também não foi tão eficiente, e praticamente o único que se salva, tirando a Jean, é o Noturno, que está simplesmente foda nesse filme.


Falando agora do roteiro, existe alguns aspectos bem positivo desse longa, e outros que são bem estranhos. A gente pode começar falando da trama em si, que consegue ser linear o filme inteiro. A narrativa na verdade é bem sem sal e não possui clímax nenhum. Existe um momento no final do filme, que deveria ser a grande cena, mas na verdade ela não empolga tanto para se tornar um clímax. É uma cena muito linda, muito bem feita, mas ela não sobe em momento nenhum a empolgação do público. No geral o roteiro é bem legal, porém não agrada com tanta eficiência.


Existe dois arcos centrais nesse filme, e os dois conseguem ser bem fracos. O principal obviamente é o Jean Grey, que ate o segundo ato do filme, consegue ter uma trama bem redondinha, bem completa e a evolução dela é coerente com os fatos do filme. O problema é que existe uma volta no terceiro ato, que ate tenta ser explicada dentro do roteiro, mas a verdade é que foi bem gratuita. A trama da Jean estava ate me surpreendendo, eu realmente achei que ela conseguiria finalizar o filme com maestria, mas o roteiro quebra e te tira do filme no terceiro ato. O outro arco principal é a da antagonista. E o problema dos vilões nesse filme é totalmente ligado a motivação, ao objetivo deles com isso tudo e com o  desfecho que eles tomam no final. Basicamente, tudo envolvendo os antagonistas é muito gratuito.


Nesse roteiro também é interessante observar que existe muita semelhança entre esse filme e X-men: O confronto Final de 2006. Para quem não sabe, o confronto final também aborda a história da fênix... E como houve um reboot do universo em X-men: Dias de um futuro esquecido, houve essa liberdade para refazer essa trama no cinema. Mas o fato é que existe cenas, argumentos e momentos que são IDÊNTICOS entre os dois filmes. Como ambos são adaptações da mesma saga, é ate aceitável essa situação, mas descaradamente o Simon usou muita coisa do filme de 2006 para construir sua narrativa.


Ainda falando do roteiro, tem uma coisa muito legal que me agrada nesse longa: Os diálogos e algumas cenas tem umas sacadas muito espertas. Esse esquema de diálogos com uma pegada mais esperta já tinha sido utilizado em X-men: Apocalipse. São momentos que fazem parte da narrativa do filme, mas conversam também com o público através de sacadas em diálogos ou em movimentos de câmeras. E muito interessante como o Simon diverte você com pequenos detalhes encaixados no texto.


A trilha sonora é mais um ponto bem interessante desse projeto, pois ela consegue entregar um clima que conversa muito bem com o tom e traz aquela tensão necessária para a proposta do filme.


Existe dois aspectos bem negativos que me tiraram um pouco do filme. O primeiro é os efeitos especiais que são bem zuados. Existe alguns momentos que o CGI funciona, mas na maioria das vezes é bem esquisito. Tem uma cena da tempestade que é ridícula e claramente mostra que aquilo tudo é computação gráfica mal renderizada. E o outro fator que me incomoda bastante se chama Jennifer Lawrence. Todo mundo sabe que ela é uma puta atriz, ganhadora do Oscar, e ate uns anos atrás, eu achava uma ÓTIMA Mistica. Em Apocalipse ela já estava meio estranha e nesse filme ela parece cansada. A Jennifer claramente ficou acima da personagem e ela, nesse longa, tanto no visual quanto na performance, está bem esquisita.


O elenco desse trabalho conta com uma galera de peso, que manda bem nesse filme. A Sophie Turner (Game Of Thornes) manda muito bem como Jean Grey, a Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes) é a Mistica, o James McAvoy (Fragmentado) é o Charles Xavier, o Michael Fassbender (300) é o Magneto, o Nicholas Hoult (Mad Max: A estrada da fúria) é o Fera, o Tye Sheridan (Jogador Nº 1) é o Ciclope, a Alexandra Shipp (Com amor, Simon) é a Tempestade, o Evan Peters (American Horror Story) é o Mercúrio, o Kodi Smit-McPhee (Alfa) é o Noturno, e a Jessica Chastain (Interstellar) é a Margaret.


Bom jovens, a franquia dos X-men chegou ao seu fim depois de 19 anos. Infelizmente não foi do jeito que a gente esperava, mas pelo menos tivemos uma despedida legal dos nossos queridos personagens dentro dessa saga. Com certeza esse elenco fará falta, pois ele ganhou muito nossos corações desde a primeira aparição. A partir de agora é um novo caminho que será trilhado e agora a responsabilidade dos mutantes será de novos donos, será da Disney e da Marvel.

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