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Foto do escritorIury D'avila

Análise: X-men - Wolverine (2009 - 2013)


Um dos personagens mais amados dos quadrinhos com certeza é um rapaz chamado Logan. Ele que já foi adaptado algumas vezes para o cinema com a interpretação do Hugh Jackman, ganhou durante esse período de 17 anos três filmes próprios, dois deles dentro da linha temporal no qual os X-men são ambientados. Hoje nós falaremos desses dois primeiros trabalhos que colaboram com a evolução desse universo em volta do nosso protagonista de hoje. Então com isso em mente, se preparem jovens pois hoje é dia do especial Wolverine.


Como vocês já devem saber, na próxima quinta-feira irá estrear o novo filme da franquia X-men, chamado de Fênix Negra. Então para você ficar por dentro de tudo sobre esse longa que fechará esses 19 anos de X-men nas mãos da FOX, nós, durante essa semana estamos fazendo um especial, passeando pelos trabalhos envolvidos na mitologia principal. Ontem falamos da primeira trilogia, a qual apresentou os mutantes no cinema, e hoje falaremos dois dois longas exclusivos do Wolverine.


Primeiramente é bom ressaltar que o Logan já era um dos principais mutantes tanto nos quadrinhos quanto nas animações. Mesmo assim a adaptação dele não era uma garantia de sucesso no cinema. Foi graças ao grande trabalho do Hugh Jackman na trilogia principal que surgiu essa simpatia do público pela versão do cinema. E então foi assim que os argumentos para produzirem um filme sobre o passado do personagem estavam em destaque. Esse primeiro trabalho que foi lançado em 2009 era uma das coisas mais promissoras da época e um dos filmes mais aguardados pelos fãs. Os trailers entregavam um conteúdo incrível e era muito difícil dar errado... Mas com vários problemas, o filme foi um total desastre.


A premissa era bem interessante e o enredo era bem especial. A história era o seguinte: Após uma infância e quase toda uma vida turbulenta, um mutante chamado Logan decide enfim seguir sua vida em paz. Mas quando ele menos espera, pecados do passado voltam a tona e um homem chamado William Stryker oferece a ele uma oportunidade de através de uma experiencia, dar a ele o poder necessário para bater de frente com seu maior desafio. Mal sabia Logan que após o procedimento, ele se tornaria apenas mais uma cobaia de um homem sem honra.


Obviamente esse trabalho se passa antes dos eventos de X-men 1, e traz com ele uma premissa bem interessante. A proposta do filme era boa, a ideia de roteiro era boa, o elenco era interessante... Mas no final, tudo não passou apenas de uma frustração gigante. O filme foi dirigido por um cara chamado Gavin Hood, e mano... Desde a primeira cena você percebe que o visual vai ser todo cagado. O visual do filme é muito feio, além disso a maioria das cenas de luta, incluindo a luta final, são pífias. Sem falar no nível de descrença desse trabalho que precisa ser ENORME para você aceitar o que vê em tela.


O roteiro nem se fala, todo mundo ali parece que simplesmente tomam ações sem argumentos nenhum. Os personagens são muito mal dirigidos, incluindo o próprio Wolverine. E o plot desse longa  com certeza é a coisa que fecha o caixão com perfeição. A reviravolta que eles tentaram aplicar poderia ate ficar interessante, se a construção disso tudo não fosse tão vazia.


Ainda falando do roteiro, os diálogos são incrivelmente didáticos. Eles entregam muitas coisas cruciais em conversas banais e praticamente a narrativa toda se prende ali. Existia um potencial enorme de questionamentos e de interações que funcionariam bem... Mas foi tudo jogado no lixo.


Além disso tudo, ainda existe uma tentativa de acrescentar outros personagens dos X-men no longa. Os dois que mais chamam a atenção e que são mais relevantes para a nossa análise devem ser o Gambit e o Deadpool. Eles dois em específicos estão aqui pelo fato de que foram horrivelmente utilizados nesse trabalho. O Gambit, apesar das indiferenças, eu estava curtindo ate certo ponto... Mas quando de surpresa ele aparece em um certo momento do filme, eu praticamente me sai do de dentro do longa, pois não fazia o menor sentido aquela atitude dele. Já o Deadpool foi mal utilizado desde do começo. Tentaram fazer uma brincadeira com o "Mercenário Tagarela", mas não colou e esse com certeza foi o personagem mais deplorável da franquia X-men.


Quatro anos depois desse desastre, em 2013 chegou aos cinemas Wolverine: Imortal.


Diferentemente de Wolverine: Origens, esse trabalho aqui tinha uma premissa horrível. A ideia do longa anterior era ótima, porém foi mal executada. Aqui a premissa já era ruim desde o começo e os trailers não empolgavam tanto assim. A expectativa dos fãs não eram tão alta, e baseado no que a gente já tinha, o medo de mais um trabalho mal feito era grande.


O roteiro trazia de volta o Logan após os eventos de X-men: O confronto final. Agora o mutante vivia uma vida mais solitária, se remoendo por conta do que teve que fazer com Jean Grey. Em meio a sua sofrida vida, ele acaba recebendo um convite para visitar no japão um antigo conhecido da segunda guerra mundial. Logan então viaja para Ásia, sem saber que o que espera lá é mais do que um reencontro.


Assim como o trabalho antecessor do Wolverine, nesse caso aqui o resultado final também não foi tão positivo. A vantagem que esse longa tem é que ele é muito bonito. O visual do japão, as cores que eles usam, a fotografia, tudo fica muito bonito em tela. As lutas também são legais, não chegam a ser incríveis, mas tem um confronto ou outro que agrada bastante. Inclusive tem uma cena em um trem que é ótima. O fato é que em certos momentos, a estrela do diretor James Mangold brilha e salva certos aspectos da produção.


O nível de descrença para esse trabalho, também precisa ser bem calibrado para se aceitar tudo que acontece em tela. Existe algumas reviravoltas bem estranhas e algumas motivações que são no minimo duvidosas. Para ter uma experiencia totalmente satisfatória, é necessário desligar um pouco a mente, pois se você pensar muito, acaba questionando várias atitudes.


Uma coisa que eu gosto bastante desse filme são os personagens. Como o filme se passa no Japão, praticamente só tem o Logan de americano entre os protagonistas. Mas a galera japonesa, todo mundo ali é bem simpático e se relaciona bem entre si e principalmente com o Logan. Não acho os personagens tão bem dirigidos assim, principalmente a Jean Grey, que foi muito mal utilizada... Mas no geral os outros conseguem entregar bem seus arcos.


O elenco recorrente dos dois filmes conta com: Hugh Jackman (X-men) sendo o Wolverine, o Danny Huston (Mulher-Maravilha) que é o Stryker, o Liev Schreiber (Ray Donovan) que é o Victor, a Lynn Collins (John Carter) é a Raposa Prateada, o Taylor Kitsch (John Carter) é o Gambit, o Ryan Reynolds (Pokemon: Detetive Pikachu) é o Deadpool, a Tao Okamoto (Batman Vs. Superman) é Mariko, a Rila Fukushima (Arrow) é a Yukio, a Svetlana Khodchenkova (Mała Moskwa) é Vibora, o Hal Yamanouchi (Heróis) é Yoshida, o Will Yun Lee (The Good Doctor) é o Harada, e a Famke Janssen (X-men: O confronto final) é a Jean Grey.


Bom Jovens, independente do resultado final, esses dois filmes foram muito importantes para expandir o universo desse personagem que nós amamos tanto. Existe uma cena pós créditos em cada um dos dois dois trabalhos, porém só a do Imortal liga diretamente com uma continuação que foi para X-men: Dias de um futuro esquecido, que será analisado no texto de amanhã que falará sobre os filmes da nova geração.


Vale ressaltar também que logo, logo nos voltaremos falar especificamente do Wolverine, pois terá uma análise completa só sobre o terceiro e último filme do personagem ate o momento. Por isso aguardem que em breve teremos uma análise especial do filme chamado: Logan.

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