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Foto do escritorIury D'avila

Análise - Alita: Anjo de combate (2019)

Atualizado: 21 de ago. de 2019



A evolução da tecnologia anda lado a lado com o crescimento da industria do cinema. Não é atoa que a cada ano que passa, novos artifícios vão sendo mais utilizados para dar realismo as cenas e fazer um trabalho onde a imersão seja a maior possível. Um dos maiores defensores da utilização da tecnologia em seus trabalhos é o grandíssimo James Cameron. Quase todos os trabalhos que tem o dedo dele envolvido sempre surpreende em tela. O mais novo trabalho que ele colaborou junto do Robert Rodriguez foi nada mais nada menos que Alita, filme que estreou hoje (14/02). Nessa análise vamos entender um pouco dessa nova obra de Cameron e Rodriguez, além de claro explicar tudo sobre o esse filme.


Antes de mais nada, vocês precisam entender um pouco desse triangulo amoroso envolvendo James Cameron, Robert Rodriguez e Alita. Para quem não sabe, o titulo "Alita" no cinema, é uma adaptação de um mangá chamado Gunnm, que foi distribuído pelo mundo com o nome "Battle angel Alita". Esse mangá foi um dos mais populares de sua época, fazendo seu nome no mercado concorrendo principalmente com outro mangá que também já virou filme: Ghost In The Shell. No inicio dos anos 2000, Alita ganhou sua versão em anime, e logo depois os direitos de produção foram comprados por James Cameron. Como o diretor estava muito envolvido com Avatar, e Alita precisaria de mais tecnologia do que era disponível na época, Cameron guardou o roteiro e foi produzir seus outros trabalhos. Então nos últimos anos Robert Rodriguez se ofereceu para finalizar o Script, e Cameron então passou passou o projeto para frente e deixou Rodriguez que era um grande fã Alita, finalizar o trabalho.


A trama conta uma história que passa lá por meados dos anos 2500, onde um homem chamado Dr. Dyson ido encontra restos de um robô jogado na sucata. Porém o que ele logo percebe é que dentro da maquina existe um celebro humano totalmente preservado. Então Dyson reconstrói totalmente a garota e da a ela um corpo artificial. Alita então ressurge para o mundo, porém sem lembranças e sem saber dos perigos que ela vai encontrar no mundo atual.


O visual da personagem principal, com certeza foi uma das coisas mais comentadas desse filme. Alita foi montada com a intenção de diferenciar a personagem de uma humana real. Por mais que a aparência seja semelhante a de um humano, a tecnologia utilizada nela tem justamente esse objetivo de construir uma identidade humana com uma textura mais lisa. A pele de Alita tem um tom mais superficial e os olhos delas são totalmente frutos de uma homenagem ao mangá no qual o longa foi inspirado. Esse tipo de trabalho de renderização é praticamente uma coisa inédita. Você não encontra outro filme com um toque de perfeição tão grande quanto esse. Realmente foi um trabalho sensacional que caiu como uma luva para Alita. A tecnologia foi um ponto fundamental nesse filme justamente por isso. O longa saiu no momento apropriado, quando existia recursos para unir uma textura mais animada em um corpo totalmente humano. Anos atrás esse toque na pele da personagem seria impossível. Para não dizer que não existe defeito nesse lado da animação, tem uma cena na água que ficou mal acabada e não foi tão bem renderizada assim... Mas todas as outras cenas tiveram um acabamento sublime.


Uma coisa muito legal desse filme é a parte visual. A Alita no começo é um pouco difícil de se olhar em tela, porém ainda na parte inicial do filme você se acostuma com a ciborgue. Mas além dela, todo contexto visual é muito lindo. As ruas, os ambientes, os cenários, tudo é muito criativo e muito bem montado. Como a história se passa 500 anos no futuro, é muito legal ver a variação de coisas que a gente conhece hoje. O esporte que eles praticam lá é sensacional, uma mistura bem utópica. Os veículos, os robôs, os conceitos, tudo é bem legal, principalmente porque beberam da fonte principal que era o mangá. A fotografia também é bem legal, tem um tom bem interessante que traz realmente a visão de um mundo apocalíptico.


A ação do filme é outro tópico bem positivo. Tem muitas lutas, algumas delas bem corajosas com resultados bem pesados. Na verdade todas as cenas da luta são relevantes para a trama e todas são bem bonitas, algumas em especifico com um toque mais pesado. A trilha sonora que acompanha esses momentos é bem linear, não empolga, assim como também acontece nas cenas mais dramática. É bem raso o trabalho musical.


O roteiro trabalha muito bem, porém peca em alguns momentos bem específicos do filme. A construção da personagem Alita é muito bem feita ate certo momento... Chega uma hora no meio da trama, que tanto o arco dela, quanto o do Dr. Dyson começa a ser explicado de maneira bem didática. Ambas as história constroem e explicam bem as motivações dos personagens, mas eles entregam o ouro com diálogos simples. E na verdade esse é o principal defeito do filme. Muitos diálogos são rasos, explicam de bandeja algumas situações, e muitas vezes as interações são ate desnecessárias. Tem algumas cenas no meio do filme que também são bem vazias e não tem objetivo nenhum. Porém o roteiro acerta muito principalmente no timing do filme. A história não corre, pelo contrario, ela anda em um ritmo que é agradável. As interações, principalmente da Alita com o Hugo funcionam muito bem. Eles conseguem ir se moldando juntos e criam uma relação bem válida. O roteiro também apresenta muitas reviravoltas que também funcionam. A história na verdade é bem corajosa porque a trama permite isso. Além disso tudo, ficou bem claro que eles não quiseram apenas adaptar o inicio do mangá, da pra ver que eles pegaram acontecimentos variados e encheram a trama para deixar ela cada vez mais criativa.


O elenco traz como sua atriz principal a Rosa Salazar (Maze Runner) que esta simplesmente maravilhosa. Ela é quem fez as capturas de movimento para a Alita, e a garota mandou MUITO BEM. Simplesmente fantástico. O Christoph Waltz (007 Contra Spectre) também faz um bom trabalho, ele interpreta o Dr. Dyson ido, o Keean Johnson (Spooksville) é quem faz o Hugo, a Jennifer Connelly (Uma mente brilhante) vive a Chiren, o Ed Skrein (Deadpool) é o Zapan, e o Mahershala Ali (Green book: O guia) interpreta o Vector.


Alita teve um pequeno problema na sua trama por conta dos seus trailers. Tudo bem que tem muita coisa da história que realmente não foi revelada... Mas os trailers entregaram muita coisa. Por um lado, se tratando exclusivamente de Alita... Isso é muito bom, pois o primeiro trailer saiu a MUITO tempo atrás e isso confirma que desde daquele tempo o Robert Rodriguez sabia bem o que ele queria fazer. Por outro lado, a experiencia poderia ser melhor aproveitada sem o trailer, já que o próprio contou muita coisa interessante do que se encontra no resultado final.

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