top of page
Foto do escritorIury D'avila

Análise - John Wick 3: Parabellum (2019)


Na última quinta-feira chegou aos cinemas a terceira parte de um dos títulos mais famosos da atualidade. O assassino caçador de Nova York voltou com o terceiro capítulo de sua história, que teve como o estopim a morte de seu cachorro. Jovens se preparem que hoje é dia de John Wick 3: Parabellum.


Para quem não sabe, nós do Sessão Cinema já fizemos uma análise dos dois filmes anteriores a esse, e te explicamos tudo que você precisava saber para ter uma base sobre o que esperar do nosso trabalho de hoje. Recomendo fortemente que vocês vejam antes as duas análises retrôs, e só depois voltem aqui.


A trama de Parabellum se inicia exatamente no mesmo ponto que Um novo dia para matar termina. Com John agora sendo caçado por ai pela recompensa de 14 milhões, ele agora precisa achar uma maneira de sobreviver mesmo com pessoas no mundo todo lhe perseguindo.


O primeiro aspecto que mais chama a atenção nesse trabalho é a direção. O grande Chad Stahelski voltou mais uma vez para essa função, e mais uma vez fez seu trabalho com excelência. O diretor aplicou além de tudo, uma ação muito bem feita. Uma das coisas que mais recheia esse aspecto, é o detalhe de que o nas cenas de embates, quase não há cortes. Muitas vezes a câmera segue e mostra a cena em todos os seus detalhes. Além disso, o Chad Stahelski conseguiu colocar elementos ainda mais criativos em cena do que tinha feito no filme anterior (que já tinha abusado muito desse aspecto). No caso de Um novo dia para matar, as coisas são mais irrealistas, aqui existe uma evolução, porém ela é bem mais pé no chão.


Outra coisa que funciona muito bem em tela, é a fotografia. O visual, principalmente de Nova York está surreal. Apesar do filme ser bem escuro, quando o tom clareia, ele consegue entregar imagens bem lindas. As vezes até no escuro é possível ver alguns contrastes bem interessantes que agradam visualmente.


Em John Wick a violência é um dos atributos que mais chama a atenção. Nos dois filmes anteriores esse aspecto já tinha sido utilizado de maneira bem eficiente, e nessa nova ocasião, o lado violento extrapolou qualquer expectativa. Na verdade devida as circunstancias que o nosso protagonista se encontra, é plausível essa força mais bruta e esse lado mais selvagem ser exposto de maneira mais crua. Os assassinatos dessa vez tem um apelo bem mais cruel, que acompanha totalmente o crescimento do personagem.


A mitologia dessa franquia é um ponto que é abordado de visões diferente a cada filme. Em "De volta do jogo" conhecemos um pouco de como funciona aquela realidade e aquele mundo dos assassinos, em "Um novo dia para matar" descobrimos que o buraco é bem mais em baixo e que aquilo é muito mais complexo, e aqui em "Parabellum" aprendemos um pouco sobre o passado e um pouco mais de como funciona esse universo. Em todo caso, essa continuação funciona muito como um gigante terceiro ato. Praticamente é como se tivesse ocorrido apenas um intervalo que separa os dois últimos  filmes lançados. O guancho deixado pelo longa passado já amarrava com esse novo capitulo de maneira bem fechada, e Parabellum faz a mesma coisa, deixando uma porta de entrada para a próxima eventual continuação. Querendo ou não John Wick está inovando bastante no cinema, fazendo seus filmes como se fossem episódios, ou melhor... Capítulos.


Além de se auto-referenciar bastante, John Wick também tem outra vertente que agrada bastante de modo indireto: O humor. Apesar da ação ser o foco do longa, o alivio cômico é presente, porém não é algo forçado, sempre é natural do momento em questão. Muitas vezes eles aproveitam da fama do John para construírem relações e diálogos que criam um clímax cômico de maneira bem eficiente. Ate o roteiro em si utiliza desse argumento para fincar o pé no chão deixando claro a grandeza do personagem e o quanto o mundo o respeita.


A trilha sonora é outra peça chave de Jhon Wick. Esse ponto que já tinha sido elogiado bastante nos trabalhos anteriores, voltou a brilhar em 2019 e carrega consigo o espirito do personagem. Funciona muito bem a parte sonora, agrada bastante e caminha de mãos dadas junto com o trabalho.


O elenco traz aquela galera sensacional que já tinha sido apresentada em 2014 e 2017 e além disso traz outros nomes de peso que fazem jus a grandeza do titulo. O Keanu Reeves (Matrix) é o John Wick, a Halle Berry (A última ceia) é a Sofia, o Ian McShane (Deuses Americanos) é o Winston, o Laurence Fishburne (Homem-Formiga e a Vespa) é o Rei, o Lance Reddick (John Wick: De volta ao jogo) é o Charon, o Mark Dacascos (O pacto dos lobos) é o Zero, a Asia Kate Dillon (Bilions) é a Juíza, e a Anjelica Huston (Convenção das bruxas) é a Diretora.


Bom clã, em vários critérios diferentes como direção e coreografia de lutas, eu considero esse o melhor longa da atual trilogia. Parabellum entrega um trabalho que está em certos pontos além do que a gente esperava. É um longa sensacional, com um elenco incrível e que está criando uma mitologia muito rica. Ainda veremos falar muito desse titulo e com certeza John Wick voltará um dia para sabermos mais sobre a nova continuação de sua grande história.

0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page