Um desejo comum de quase toda criança existente no mundo é ir para o espaço, concordam? Incontestavelmente nossa curiosidade natural de querer explorar o mundo cria um certo apelo em querer sair do nosso planeta para conhecer um pouco mais da nossa galáxia. O fato é que quando nós crescemos, percebemos que ser astronauta não é algo simples, pelo contrario, é justamente uma profissão bem complicada e cheia de riscos. Tendo uma premissa que se apoia nessa base, lá em 2013 a Warner soltou um longa incrível que agrada críticos e o grande público ate hoje. Então com isso mente, se preparem que hoje é dia da análise de Gravidade.
Bom pessoal, antes de mais nada, vale citar que o assunto "espaço" é um dos temas mais amados aqui pela nossa equipe do Sessão Cinema e por isso de vez em quando a gente separa umas análises retrôs para falar sobre esse tema. Um dos textos mais famosos aqui do site é justamente uma dessas análise retrôs, é a análise de Interstellar; que eu inclusive particularmente recomendo bastante. Por isso, se você gosta desse assunto, vai lá ler aquele texto também, pois garanto que você vai curtir essa nossa dica.
Retornando 100% ao foco, o enredo de gravidade nos conta que após um acidente que a deixou a deriva no espaço, a Dra. Ryan Stone precisa descobrir como conseguir voltar para a terra usando apenas seus conhecimentos, seus treinamentos e sem ter contato nenhum com alguém dentro do planeta.
Bom jovens, gravidade é sem duvida um deleite pra quem é fã de cinema, já que o filme agrada em praticamente todos os aspectos possíveis. E um dos motivos desse filme ser tão incrível, é por conta do fato de que o diretor desse trabalho é um dos cara mais competentes em sua posição da atualidade. Alfonso Cuarón, atual vencedor de direção no Oscar por Roma, levou essa estatueta também em 2014 por esse trabalho incrível que ele fez em Gravidade.
Dentre as coisas maravilhosas que o Cuarón entregou, uma das mais brilhantes é todo o clima e a ambientação do longa. O fato é que esse trabalho visualmente falando é muito lindo, mas somente a beleza não sustenta um filme. Além desse trabalho ser lindo, o diretor conseguiu transmitir dentro dessa maravilha visual uma tensão impecável que consome seu psicológico do inicio ao fim. É incrível como ele conduz a jornada da protagonista e como ele consegue manter essa tensão ativa o tempo inteiro.
E já que falamos do visual, vale falar aqui também que esse trabalho transmiti uma experiencia em tela tão cativante, que pouquíssimos filmes conseguem repetir o sentimento. O deleite de assistir esse trabalho é grandioso por conta da perfeição da montagem que entrega um resultado indescritível.
A fotografia desse filme também é surreal, já que a gente consegue ter uma visão do espaço tão completa nesse longa que a imersão acaba se tornando constante. Além disso, a textura do filme é muito boa, e junto com essa fotografia, passa uma credibilidade incrível que é muito a cara do Cuarón. A assinatura do diretor também está presente nesse aspecto, e isso tudo agrega muito na beleza do filme.
Dando uma fechada nessa parte visual, vale citar também que esse longa acerta em mexer com dimensões (coisa que é bem difícil da fazer, principalmente em filmes espaciais). E por conta disso, por entender bem como encaixar e transmitir esse recurso no filme, o 3D desse trabalho é um dos pontos mais altos. Ver esse filme em 3 Dimensões é uma experiencia a mais, já que assim você consegue sentir aquela imersão que muitas vezes não funcionam com o 3D em outros trabalhos.
Falando agora do roteiro, vale citar que assim como o Cuarón entregou com perfeição o clima do filme, o roteiro nos apresentou uma história que consegue prender sua atenção do inicio ao fim. A história é muito tensa, é muito dramática e bem eletrizante. O roteiro também te mantem muito preso no filme justamente porque, apesar de ter alguns excessos ali no meio da história, ate nesses momentos o drama da protagonista funciona e você sente a aflição dela.
Encerrando a parte do roteiro, é bom comentar que além da trama ser muito eletrizante, a história do longa também é muito interessante. Sinceramente eu adorei o arco da protagonista, gostei bastante do respeito com outros personagens do filme, e achei a jornada muito bem conduzida. O roteiro é outro aspecto impecável que funciona de maneira brilhante, assim como era esperado.
Mas independente de roteiro, de direção, de fotografia, de montagem, ou de qualquer outro pilar do trabalho, sem duvida nenhuma a característica central de Gravidade é a parte sonora. O fato é que o filme chegou a receber criticas de que alguns populares por conta do fato de que no vácuo do espaço, o som não deveria se propagar. Nessa obra do Cuarón existe algumas cenas em que o recurso sonoro é utilizado no vácuo, o que fisicamente falando é impossível e foi o que gerou corda para essa discussão. O fato é que assim como VÁRIOS outros filmes que se passam no vácuo do espaço, precisa haver som ambiente para o longa não se tornar monótomo. Além disso, o Cuarón usou efeitos sonoros bem específicos, que na teoria são usados apenas para facilitar o entendimento de alguma ação ou para climatizar aquele momento. Por isso, é incrível como ele tratou essa questão do roteiro e não existe motivo para falar mal da mixagem de som desse longa.
Vale falar também que a galera de edição de som mandou muito bem, sendo esse outro pilar muito importante do filme que colaborou muito para captar todo o tom do trabalho. E foi justamente esse trabalho de edição de som que rende um dos Oscar's mais memoráveis para gravidade na edição de 2014.
Já que a gente falou em Oscar, vale citar que esse filme foi MUITO premiado na edição em que participou. Além de levar a estatueta de edição de som, Gravidade também levou de: Mixagem de som, melhor trilha sonora original (Ainda indo nessa valorização da parte auditiva do filme), melhor fotografia, melhor diretor, melhor montagem, e como não podia faltar em um filme como esse: Melhores efeitos especias.
O elenco desse trabalho conta com uma dupla principal incrível que fez um trabalho sublime. A Sandra Bullock (Bird Box) é a Dra. Ryan Stone, o George Clooney (Um drink no inferno) é o Matt Kowalski e o Ed Harris (O show de Truman) emprestou sua voz, fazendo o cara do controle da missão.
Bom jovens, com efeitos especiais maravilhosos, uma direção sublime, um roteiro incrível e um trabalho de som surreal, o longa analisado hoje é simplesmente um dos filmes mais incríveis dos últimos anos. Por isso, se você não viu ainda, consiga esse longa o mais rápido possível, pois vale MUITO A PENA assistir Gravidade.
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