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Foto do escritorIury D'avila

Análise Retrô: Power Rangers (2017)

Atualizado: 18 de ago. de 2019



Que Marvel e DC dominam o mercado de super-heróis, isso não é segredo para ninguém. Porém existe uma terceira empresa que não é exatamente concorrente dessas duas gigantes, mas tem uma relevância tão boa quanto elas. A Saban Brands que é a criadora da franquia Power Rangers e retinham os direitos da propria ate o meio desse ano, também foi por muito tempo conhecida por ser a casa das Tartarugas Ninjas. Em 2017, em parceria com Lionsgate foi feito o terceiro filme dos nosso heróis coloridos, dessa vez sem contato direto com a franquia original e trazendo grandes reformulações. Hoje vamos analisar o filme de um grupos mais famosos em atividade ate hoje: Os Power Rangers.


Boatos sobre esse filme rondam na internet mais ou menos desde 2013. Sempre saiam noticias de que um possível filme "Mais realista" de Power Rangers estaria sendo encomendado. Lá em 2015 quando saiu pela primeira vez uma confirmação, muita gente desacreditou... E só foi levar a noticia a serio quando o primeiro trailer foi lançado em meados de 2016. A lenda na internet sobre a produção desse longa gerou principalmente nos fãs uma expectativa enorme, que foi sobrecarregada com a informação de que não teríamos apenas um filme... E sim sete. O marketing, o frisson, a ansiedade, expectativa e principalmente o desejo de ver os Power Rangers no cinema, foram emoções que levaram o fã a crer sobre uma suposta "Grandiosidade" da produção, que quando foi lançada se transformou em frustração. O filme acerta em muitas coisas, porém também erra em vários detalhes que eu vou citar ai em baixo, é uma literal gangorra de pontos positivos e negativos. Mas o peso para os defeitos é bem mais evidente pelo fracasso que foi o filme. Antes de sua estreia, parecia que teríamos algo realmente sensacional... E o que vimos (apesar não ser horrivel) foi um roteiro abaixo do esperado.


A trama tenta acompanhar o enredo básico da primeira temporada oficial (Mighty Morphin Power Rangers) porém com várias alterações comparada a sua versão original: Quando um corpo em decomposição é encontrado no fundo do mar, um ser intergalático chamado Zordon e seu ajudante robô conhecido como Alpha, sentem que a volta da vilã Rita Repulsa esta próxima. É quando próximo deles, ocasionalmente cinco jovens que estavam numa pedreira, acabam encontrando cinco moedas que lhes dão habilidades especiais. Após encontrarem a base de Zordon, acabam descobrindo mais sobre seus poderes e agora eles irão treinar para se tornar a nova geração de guerreiros conhecidos como Power Rangers que irão derrotar Rita e seu gigantesco monstro Goldar.


A fidelidade com a história original é praticamente inexistente. Tanto quando se trata de enredo como de caracterização. Os personagens não tem praticamente nada haver com os originais e a trama por mais que use da versão de 93 como sabe, segue sua própria linha logica. É compreensível a adaptação de uma temporada que teve mais de 100 episódios, para duas horas de filme... Porém ignorar boa parte do conteúdo original deixou os fãs um pouco mais distante do longa. Além dos nomes personagens que foram mantidos, a cidade e a paleta de cores são basicamente os elementos aproveitados.


A direção do filme pode ser o principal ponto alto do longa. O Dean Israelite consegue conectar muito bem os elementos de cena para trazer não só um clima empolgante como também nostálgico. Ele acerta muito em fazer várias referencias em cenas chaves. Um belo exemplo disso é a cena pós credito que manda uma das referencias mais clássicas de um modo sutil e que os fãs entendem muito bem a mensagem. Outro aspecto exemplo é a trilha sonora que acompanha muito bem o andar da história.


O roteiro tem seus baixos que tiram muito do brilho do filme. Por ser uma história introdutória, era de se esperar que boa parte do longa fosse focar no desenvolvimento dos personagens. A tentativa de criar uma empatia deles com o publico foi ate bem sucedida, porém desgastante. Praticamente dois atos inteiros do longa foram destinados a basicamente a relação pessoal e a aproximação dos protagonistas. É cansativo ver por mais de uma hora o crescimento de cinco jovens sem praticamente ação nenhuma. Quando finalmente temos combate, dão apenas 10,15 minutos de luta e só... Isso mesmo... Só isso. Como eu já disse, é aceitável que tenham focado na introdução dos personagens por ser um filme introdutório, mas por conta do fracasso na bilheteria, é provável que não tenha um segundo longa... Ate porquê estamos em dezembro de 2018 e ate agora nenhuma continuação foi confirmada. Se o único vestígio dessa nova franquia de Power Rangers for ser esse longo acompanhamento do crescimento de cinco jovens, infelizmente teremos uma péssima experiencia para contar.


O elenco sim merece um destaque memorável. A galera que atua é muita boa e o filme serviu praticamente como uma especie de "Malhação" para esses talentos. O Dacre Montgomery (Stranger Things) fez um Jason ótimo, o RJ Cyler (Sierra Burgess é  uma loser) é excepcional fazendo o Billy, O Ludi Lin (Aquaman) manda muito bem na pele do Zack, a Becky G (A.X.L) se solta no papel da Trini, e a Naomi Scott (Aladdin) arrebenta fazendo a Kimberly. Além dessa galera mais nova, nós ainda temos os veteranos Bryan Cranston (Breaking Bad) que destrói mais uma vez em seu papel de Zordon e a Elizabeth Banks (Jogos vorazes) que é sem duvida a melhor do filme fazendo um trabalho perfeito interpretando a Rita Repulsa. Fechando o elenco, ainda temos participações especiais de Jason David Frank e Amy Jo Johnson que interpretam respectivamente o Tommy e a Kimberly na versão original.


Bom jovens, agora que a marca Power Rangers foi comprada pela Hasbro, a esperanças de termos uma continuação foi renovada. Espero de coração que realmente tenha os sete filmes e que não só foquem em MMPR, mas sigam para ZEO, turbo, espaço e etc... Porque ver croosover de duas temporadas juntas na tela do cinema, isso sim seria MOFENOMENAL.

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